õieieieieieieieieieieieieieieo õ PONTINHOS o õ o õ Ano XLIV -- n.o 318 o õ Julho-Dezembro de 2004 o õ Sesquicentenário do o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral o õ do IBC o õ Sr.a Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador de Pontinhos o õ Prof. Renato o õ M. G. Malcher o õ Responsável por o õ Pontinhos o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca, Rio de Janeiro, o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ tel: (0xx21) 2543-1119 o õ Ramal 145 o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o

Sumário Seção Infantil A Vovó Conta História: Como o Dromedário Ganhou uma Cor- cova ::::::::::::::::::: 1 O Sapo e a Cobra :::: 6 Dorotéia, a Cento- péia ::::::::::::::::::: 8 Divertimentos: O que É o que É? :::: 10 Só Rindo ::::::::::::: 13 Vamos Aprender: Estados Brasileiros: O Maior e o Me- nor :::::::::::::::::::: 15 Para você Recitar: As Gêmeas :::::::::::: 16 Zoologando: Vida de Golfinho ::::: 17 Historiando: A Teia Mitoló- gica ::::::::::::::::::: 19 Seção Juvenil O Vovô Narra a História: Cabum ::::::::::::::::: 20 As Guerras do Chá ::::::::::::::::::: 22 Conhecendo Nossos Escritores :::::::::::: 23 Uma História Mile- nar :::::::::::::::::::: 24 A Face de Deus :::::::: 25 Não Custa Saber: Prefixos Gregos :::::: 28 Passo Errado ::::::::: 28 A Origem do Choco- late ::::::::::::::::::: 29 A Caixinha ::::::::::::: 30 Nosso Brasil: A Ilha Fiscal ::::::: 32 Sábia Natureza ::::::::: 35 Cachorrinhos à Ven- da ::::::::::::::::::::: 37 Curiosidades :::::::::::: 40 Símbolo do Amor :::::::: 43 Chá com Semente de Mostarda :::::::::::::: 45 Ecoando: Enfim, o Plástico :::: 46 Deixe a Raiva Se- car :::::::::::::::::::: 48 Ordem no Tribu- nal :::::::::::::::::::: 52 Conhecendo o Mundo: A Cidade dos Român- ticos :::::::::::::::::: 53 Seja Frio ou Calor :::: 55 Túnel do Tempo ::::::::: 57 Ameno e Instrutivo: O maior Deserto do Planeta ::::::::::::::: 58 Animal Prático ::::::::: 59 Refúgio entre as Águas ::::::::::::::::: 60 É Útil Saber: A Parte mais Impor- tante do Corpo :::::::: 63 Folclore :::::::::::::: 67 Manifesto Verde :::::: 69 Dia Nacional do Li- vro :::::::::::::::::::: 70 Dia da Bandeira :::::::: 74 Ano Novo ::::::::::::::: 76 O Dicionário Esclarece ::::::::::::: 79 Fontes de Pesquisa ::::: 81 Ao Leitor :::::::::::::: 82 :::::::::: Seção Infantil A Vovó Conta Histórias Como o Dromedário Ganhou uma Corcova Há muitos anos, logo depois que o mundo foi criado, os animais começaram a trabalhar para o homem. Havia, porém, um dromedário que vivia num deserto e não queria trabalhar, passando os dias na mais completa vadiagem. Era também um animal muito triste. Comia folhagem, espinhos de plantas e até mesmo alguns arbustos. Quando lhe perguntavam qualquer coisa, sempre respondia: “Bolas”! Numa segunda-feira, pela manhã, antes de começar a trabalhar, o cavalo resolveu despertar o dromedário. -- Dromedário, venha trotar comigo, disse-lhe. "Bolas"! Respondeu o dromedário. O cavalo, aborrecido, contou ao homem o que lhe dissera o dromedário. Logo depois, o cachorro decidiu persuadir o dromedário a trabalhar. -- Dromedário, venha farejar comigo, disse-lhe. "Bolas"! Respondeu o dromedário. O cachorro foi-se embora e contou ao homem o que lhe dissera o dromedário. O boi, em seguida, tentou convencer o dromedário de que devia trabalhar. -- Dromedário, venha lavrar a terra comigo, disse-lhe. "Bolas"! Respondeu o dromedário. O boi, zangado, contou ao homem o que lhe dissera o dromedário. No fim do dia, quando o trabalho terminou, o homem chamou o cavalo, o cachorro e o boi: -- O mundo acaba de nascer e preciso do auxílio de todos os animais e, no entanto, aquele preguiçoso do deserto não quer trabalhar. Não posso esperar mais; embora aborrecido, vou dividir entre vocês a parte que lhe havia destinado. Os três animais ficaram irritados com a decisão do homem. Por isso, discutiram e resolveram ir ao deserto pedir ao dromedário, mais uma vez, que fosse trabalhar. Ao tomar conhecimento do que eles queriam, o dromedário deu de ombros e disse: "Bolas"! Em seguida, desapareceu. Três dias depois, chegou àquele lugar, para conferenciar com os três animais, o Gênio de Todos os Desertos. -- Gênio, perguntou o cavalo, é justo que alguém não trabalhe quando o mundo está tão novo ainda? -- Certamente que não, respondeu o Gênio. -- Pois bem, continuou o cavalo: há um animal no deserto que não quer trabalhar. -- Caramba! Exclamou o Gênio. Que responde ele quando lhe dizem que precisa trabalhar? "Bolas", disse o cachorro. -- Que mais diz ele? -- Somente “Bolas” respondeu o boi. -- Muito bem, disse o Gênio. Esperem um momento que vou dar um jeito nisto. O Gênio enrolou-se numa capa de poeira e dirigiu-se para o deserto; encontrou o dromedário mirando-se numa poça de água. -- É verdade que não quer trabalhar? Logo agora que o mundo está começando e todos devem ajudar! -- Bolas! Disse o dromedário. -- Eu não repetiria esta palavra se fosse você. O dromedário, porém, não fez caso daquele conselho e disse, novamente: "Bolas"! No mesmo instante, o dromedário começou a sentir que suas costas estavam estufando, estufando como uma bola de borracha. -- Veja o que lhe aconteceu, disse o Gênio: suas palavras ajudaram-me a castigá-lo. Por não gostar de trabalhar, carregará esta bola nas costas. Faz três dias que não trabalha e, como não trabalhou esses dias, deverá trabalhar três dias sem comer. O dromedário, carregando a incômoda bola, foi reunir-se aos outros três animais. Desde aquele dia, os dromedários trazem, às costas, uma bola. Nós a chamamos de corcova pa- ra não ferir seus sentimentos. ***

O Sapo e a Cobra Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido, deitado no caminho. -- Alô! Que é que você está fazendo estirada na estrada? -- Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma cobrinha; e você? -- Um sapo. Vamos brincar? E eles brincaram a manhã toda no mato. -- Vou ensinar você a pular. E eles pularam a tarde toda pela estrada. -- Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando pelo tronco. E eles subiram. Ficaram com fome e foram embora, cada um para sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte. -- Obrigada por me ensinar a pular. -- Obrigado por me ensinar a subir na árvore. Em casa, o sapinho mostrou à mãe que sabia rastejar. -- Quem ensinou isso para você? -- A cobra, minha amiga. -- Você não sabe que a família Cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com co- bras. E também de rastejar por aí. Não fica bem. Em casa, a cobrinha mostrou à mãe que sabia pular. -- Quem ensinou isso a você? -- O sapo, meu amigo. -- Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu com a família Sapo? Da próxima vez, agarre o sapo e... bom apetite! E pare de pular. Nós, cobras, não fazemos isso. No dia seguinte, cada um ficou na sua. -- Acho que não posso rastejar com você hoje. A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: “Se ele chegar perto, eu pulo e devoro ele." Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho. Suspirou e deslizou para o mato. Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos. Mas ficavam sempre ao sol, pensando no único dia em que foram amigos. *** Dorotéia, a Centopéia Ana Maria Machado Os insetos que moravam lá, naquele canteiro do jardim, eram muito amigos e viviam alegres e felizes. Bem, nem todos... Dorotéia, a centopéia, andava muito estranha ultimamente; só sabia resmungar... E todos se preocupavam: -- Que será que ela tem? Mas ninguém descobria. Mas ninguém adivinhava. -- Ela anda de mau humor -- disse a formiga Tita. -- O sorriso dela era tão doce -- disse a abelha Zizi – Mas ela não sorri mais. -- Quem sabe se ela não está doente? -- perguntou a joaninha. E todos gritaram: -- Isso mesmo! Vamos chamar um médico. Quando ele chegou perto, Dorotéia botou a língua de fora e fez careta. Ele logo abriu a maleta: -- Obrigado; assim posso examinar melhor. Ela ficou envergonhada e parou de ser malcriada. Todos os amigos de Dorotéia estavam preocupados e queriam notícias dela. Doutor Caracol explicou: -- Topadas com os pés da frente dos dois lados. Unha encravada no pé número 18 do lado esquerdo e no 27 do lado direito. Calos nuns 35 pés do lado direito e nuns 42 do outro lado. -- Que horror! Coitadinha! E por quê? -- Sapatos apertados. Ela até hoje calça os sapatos que botou no dia em que aprendeu a andar. Já deixei com ela uma receita de sapatos novos. Bem, até logo. E foi embora. :::::::::: Divertimentos O que É, o que É? 1. Qual era o problema do decorador quando procurou um médico? R: De coração. 2. Dois litros de leite atravessaram a rua e foram atropelados. Um deles mor- reu, e o outro, não; por quê? R: Porque um deles era Longa Vida. 3. O Flamengo e o Vasco terminaram o jogo em 0 a 0. Quem fez o gol? R: A *Volkswagen*. 4. O que o cavalo foi fazer no orelhão? R: Passar um trote. 5. O que dá o cruzamento de pão, queijo e um macaco? R: Um X-panzé. 6. Por que a plantinha não fala? R: Porque ainda é uma mu- dinha. 7. O que o tomate foi fazer no banco? R: Tirar um extrato. 8. Por que o médico que tra- balha à noite se veste de verde? R: Porque ele está de plantão. 9. O que a galinha foi fazer na igreja? R: Assistir à Missa do Galo. 10. Por que a Coca-Cola e a Fanta se dão muito bem? R: Porque se a Fanta quebra, a Coca-Cola! 11. Por que não é bom guar- dar o quibe no *freezer*? R: Porque lá dentro ele esfirra. 12. Estavam dois caminhões voando. Aí um disse: -- Peraí! caminhão não voa! Um caiu no chão, mas o outro continuou voando. Por quê? R: Porque era um caminhão- -pipa. 13. Estavam dois frangos voando. Aí um disse: -- Peraí! frango não voa! Um caiu no chão, mas o outro continuou voando. Por quê? R: Porque era um frango à passarinho. 14. O que um canibal vegeta- riano come? R: A planta do pé e a ba- tata da perna. 15. Como se faz omelete de chocolate? R: Com ovos de páscoa! 16. O que o advogado do frango foi fazer na delega- cia? R: Soltar a franga. 17. Por que a mulher do Hulk largou dele? R: Porque ela queria um homem mais maduro. 18. Qual é a parte do carro que se originou no Antigo Egito? R: Os "faraóis". 19. Qual é o fim da picada? R: Quando o pernilongo vai embora. 20. Qual o sonho de toda cobra? R: Serpente. *** Só Rindo A professora ralhava com o Joãozinho: -- Joãozinho, a que distância você mora da escola? -- A dois quilômetros, professora! -- E que horas você sai de casa? -- Às sete e quinze, professora! -- Então, se você tem quarenta e cinco minutos para percorrer apenas dois quilômetros, por que é que chega todo dia atrasado? -- É que tá cheio de placas escrito: "Devagar, Escola". -- Minha filha, você sabe por que os pintinhos saem dos ovos? -- Sei, sim, mãe. Eles saem para não acabar na frigideira também. O vizinho chega para a mãe do Toninho e reclama: -- Quer fazer o favor de pedir pro seu filho parar de me imitar?! E a mãe... -- Toninho, quer parar de bancar o idiota?! O Doca chegou ao bar e perguntou: -- Quanto é o café? E o balconista respondeu: -- Um real. -- E o açúcar? -- É de graça. -- Ah, então me dá 2 qui- los de açúcar. :::::::::: Vamos Aprender Estados Brasileiros: O Maior e o Menor O maior estado brasileiro é o Amazonas, com um milhão, quinhentos e setenta e sete mil, oitocentos e vinte quilômetros quadrados. O menor estado é Sergipe, com vinte e dois mil e cinqüenta quilô- metros quadrados. :::::::::: As Gêmeas Tereza Noronha Uma é Joana, outra, Margarida. São tão parecidas como gotas d'água. Mandei Joaninha arrumar sua cama. -- A cama é de Joana, eu sou Margarida... Dei um doce à Joana, outro à Margarida. Mas esta reclama bem desconsolada: -- Ganhou dois a mana, eu não ganhei nada! São tão parecidas como gotas d'água! Depois vem a hora triste da palmada... Joaninha chora, a irmã dá risada. Foge para longe e faz caçoada: -- Duas para a Joana! E para mim nada? Ai, como são parecidas... Como gotas d'água... :::::::::: Zoologando Vida de Golfinho Entre as várias espécies de golfinhos que existem, o mais conhecido e estudado é o flíper, como é chamado em outros países. No Brasil, ele recebe o nome de boto-da-tainha ou golfinho nariz-de-garrafa. O golfinho nariz-de-garrafa tem esse nome porque o seu rosto é curto e grosso, enquanto o dos outros golfinhos é longo. Os cientistas o chamam de *Tursiops truncatus*, que significa "animal golfinho de face truncada ou cortada". Os golfinhos têm corpo alongado e apresentam diversas nadadeiras. A dorsal, localizada nas costas do animal, por exemplo, serve para dar equilíbrio. A nadadeira caudal impulsiona o golfinho e permite que ele nade em alta velocidade. Já as peitorais auxiliam no direcionamento do golfinho durante o nado e também no seu equilíbrio. Os golfinhos têm dentes e se alimentam de peixes, lulas e crustáceos. Muitas vezes, eles caçam juntos para obter melhores resultados. Esses animais gostam de viver em grupos. Quando um filhote nasce, ele precisa ser amamentado e protegido pela sua mãe. Depois, ela o ensina a capturar seu alimento, a se orientar no ambiente e a se relacionar com outros golfinhos. Aposto como você sempre se perguntou por que os golfinhos gostam tanto de brincar, pular na água e namorar. É dessa forma que os filhotes aprendem, sabia? E ainda se diver- tem a valer. :::::::::: Historiando A Teia Mitológica Conta a mitologia grega a história de uma jovem tecelã, de nome Aracne. De beleza inigualável, suas tapeçarias eram conhecidas e admiradas em toda a Grécia. Orgulhosa de suas obras, um dia a jovem Aracne alegou possuir talento superior ao da deusa Athena. Ao saber de tais pretensões, Athena procura Aracne que, confiante, a desafia então para uma competição, a fim de revelar a mais talentosa tecelã. As mais belas e perfeitas tapeçarias jamais vistas foram confeccionadas. Cores exuberantes, texturas variadas e inspirados desenhos se misturavam entre os tecidos. Compararam-se então os feitos: de fato, Athena havia sido derrotada por Aracne. A deusa se enfurece: transforma Aracne em um pequeno animal de oito longas patas, cuja seda sai do próprio corpo, condenando-a a tecer suas obras por toda a eternidade. Surge a primeira aranha. Se na história mitológica as tapeçarias de Aracne causavam admiração, nos tempos atuais as teias de aranha não ficam atrás. :::::::::: O Vovô Narra a História Cabum Poderia ter levado séculos cavar o lago da Hidrelétrica de Itaipu ou os 148 quilômetros de adutoras que fornecem água para Los Angeles se Alfred Nobel não tivesse inventado a dinamite, em 1867. Levou apenas alguns anos. Com a dinamite, construíram-se represas, ferrovias e estradas, abriu-se o Canal do Panamá e a Terra fendeu para entregar suas riquezas minerais. A invenção de Nobel -- misturar nitroglicerina, um líquido volátil, a uma areia absorvente e moldar isso em bastões -- tornou possível despachar o explosivo para frentes de combate e canteiros de construção. De repente, o homem podia alterar seu am- biente ou, depois, destruir sua obra. A ironia atingiu também Nobel, cujo irmão morreu numa explosão acidental em sua fábrica sueca. Chamado por alguns de "mercador da morte", Nobel deixou sua fortuna para os prêmios que têm seu nome. Tardio consolo: morreu triste e sozinho, tratando-se com nitroglicerina para o coração doente. *** As Guerras do Chá Desde 1610, quando foi trazido pela primeira vez da ilha japonesa de Hirado para a Europa pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, o chá teve poucos rivais como catalisadores de eventos no mundo. Na metade do século XVIII, o chá era a bebida da Inglaterra. Tomá-lo estimulava os trabalhadores, aumentava a produtividade -- e terminou acelerando a Revolução Industrial. Os ingleses im- portavam tanto chá no final do século, que decidiram vender ópio à China para equilibrar a balança comercial. Em 1839, o governo Ch'ing, preocupado com a desintegração social e econômica da China, destruiu o ópio armazenado em Cantão, provocando a primeira das duas Guerras do Ópio. Os juncos chineses não foram páreo para foguetes Congreve ingleses. No final da guerra, a China cedeu o controle de Hong Kong. Do outro lado do mundo, colonos americanos recusaram-se a pagar um imposto de 3 pences por libra de chá importado. Tomaram três navios carregados atracados no Porto de Boston em 16 de dezembro de 1773 e jogaram ao mar 342 caixas de chá. Protestos iguais em Charleston, Filadélfia e outras cidades foram o estopim da revolução ameri- cana. *** Conhecendo Nossos Escritores Quem Foi Érico Veríssimo? Escritor gaúcho, nascido em Cruz Alta, autor de "Clarissa" (1933), "Olhai os Lírios do Campo" (1938), "O Tempo e o Vento" (1949), Érico Veríssimo é um dos brasileiros com mais obras traduzidas em todo o mundo. Morreu em Porto Alegre, aos 69 anos. :::::::::: Uma História Milenar O bambu é usado há milênios na produção de objetos decorativos e na construção. Na Ásia, em templos japoneses, chineses e indianos, encontram-se os exemplos vivos mais antigos da arquitetura feita com bambu. A China por exemplo, tem pontes espetaculares construídas com este material. Na África, também encontram-se muitas habitações populares construídas com ele. Na América do Sul, foi utilizado, primeiramente pelos povos indígenas. Hoje já pode ser encontrado em cercas, barricadas, aquedutos e até prisões em países como a Colômbia e o Equador. Existem recentes programas de habitação que utilizam bambu em países como o Equador, Colômbia e Costa Rica. No Brasil, só mais recentemente o bambu começou a ser valorizado. No meio acadêmico não são raras as pesquisas e trabalhos voltados para o desenvolvimento da técnica de cultivo do bambu. :::::::::: A Face de Deus Havia um menino que queria se encontrar com Deus. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente. Um dia, encheu sua mochila com pastéis e guaraná e saiu para brincar no parque. Quando andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça olhando os pássaros. O menino sentou-se junto a ele, abriu sua mochila e ia tomar um gole de guaraná, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome; então lhe ofereceu um pastel. O velhinho, muito agradecido, aceitou e sorriu. Seu sorriso era tão incrível, que o menino quis ver de novo; então ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho sorriu. O menino estava tão feliz! Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto da tarde, sem falar um com outro. Quando começou a escurecer, o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas, antes de sair, voltou-se e deu um grande abraço no velhinho. Aí o velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido. Quando o menino entrou em casa, sua mãe, surpresa, perguntou, ao ver a felicidade estampada em sua face: “O que você fez hoje que o deixou tão feliz assim?” Ele respondeu: “Passei a tarde com Deus", e acrescentou: "Você sabe? Ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi!" Enquanto isso, o velhinho chegou em casa com o mais radiante sorriso na face, e seu filho perguntou: “Por onde você esteve que está tão feliz?”. E o velhinho respondeu: "Comi pastéis e tomei guaraná no parque com Deus" e, antes que seu filho pudesse dizer algo, falou: “Você sabe que ele é mais jovem do que eu pensava?... A face de Deus está em todas as pessoas e coisas, se forem vistas por nós com os

olhos do amor e do coração. :::::::::: Não Custa Saber Prefixos Gregos. Os prefixos gregos A e An significam negação, falta, privação; logo: anormal (não normal); anêmico (sem sangue); afônico (sem voz). Observe: usa-se o prefixo A antes de consoante (apolítico -- não político) e *an* antes de vogal (anarquia – sem governo). Passo Errado. "O Passo da Praça 15 é um lugar ótimo para ser visitado e conhecer um pouco do Rio antigo". "Quem gostaria de visitar o Passo? esta palavra é inadequada ao texto. Observe: passo -- passada; paço -- palácio. Período correto: "O Paço da Praça 15 é um lugar ótimo para ser visitado e conhecer um pouco do Rio antigo". :::::::::: A Origem do Chocolate Chocolate também é história. A civilização asteca, no México, foi a primeira a provar dos prazeres de uma bebida preparada com a fervura em água da pasta resultante da moagem de grãos de cacau. O navegador Fernando Cortês, após desembarcar naquela região, escreveu para o rei espanhol Carlos V, enaltecendo as vantagens energéticas daquela nova bebida. Para tirar o sabor amargo desse preparado, os espanhóis introduziram o açúcar, e levaram a saborosa fórmula para a Espanha. A bebida só se tornou conhecida no resto da Europa em meados do século XVII. A Inglaterra também deu a sua contribuição para incrementar a gostosura. Foram os ingleses que apostaram na mistura irresistível do leite com o cacau. Estava concluído o sa- bor do pecado. :::::::::: A Caixinha Glaucia C. Silva Há um tempo atrás, um homem castigou sua filhinha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado. O dinheiro andava escasso naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina envolvendo uma caixinha com aquele papel dourado e colocá-la debaixo da árvore de Natal. Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente ao seu pai e disse: -- Isto é para você, paizinho! Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reação, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia. Gritou, dizendo: -- Você não sabe que, quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa? A pequena menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse: -- Oh, Paizinho, não está vazia. Eu soprei beijos dentro da caixinha. Todos para você... O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse. Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos e, sempre que se sentia triste, chateado, de- primido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali... De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós humanos tem recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos de nossos pais, filhos, irmãos e amigos... Ninguém poderá ter uma propriedade ou posse mais bo- nita e importante que esta! :::::::::: Nosso Brasil A Ilha Fiscal A Ilha Fiscal foi palco do último grande baile do Império, um acontecimento de proporções grandiosas, ocorrido em 9 de novembro de 1889, e que deixou marcas na História do Rio de Janeiro. É um de seus mais bonitos cartões-postais. O palacete em estilo gótico-provençal foi restaurado e aberto ao público. Originalmente, a Ilha Fiscal não passava de um amontoado de pedras que, em 1880, foi aterrado. O local passou a ser utilizado por fiscais da Alfândega -- daí o seu nome --, que dali saíam para fazer vistorias em navios fundeados na baía. O castelo, um projeto do engenheiro Adolpho José Del Vecchio, levou dez anos para ser construído e foi inaugurado em 1889, meses antes do famoso baile que marcou o fim do Império. O lugar funcionou como Alfândega até 1913, quando passou a fazer parte do patrimônio da Marinha. Considerada a maior festa da época do Império, o baile também foi o derradeiro: enquanto os cinco mil convidados se divertiam, oficiais do Exército se reuniam no Clube Militar e traçavam a estratégia para proclamar a República. Os visitantes chegam à Ilha Fiscal transportados pelo Rebocador Laurindo Pitta, que parte do cais do Espaço Cultural da Marinha, transportando até 80 passageiros. Durante um pequeno passeio pela Baía de Guanabara, passando ao largo do Arsenal de Marinha do Rio, os visitantes podem observar alguns navios de guerra lá atracados. Após chegar à ilha, o visitante tem uma hora para conhecer os salões com móveis de época, cortinas luxuosas cobrindo os vitrais ingleses e tapetes arraiolos. O castelo surpreende logo na entrada: na fachada, destaca-se o último brasão da família imperial, uma escultura de granito talhada por escravos. No salão do cerimonial, a mesa lembra os banquetes da época do Império, e uma gigantesca tela do pintor Aurélio Figueiredo, retrata o último baile. A restauração do palacete demorou 13 meses para ser concluída e custou à Marinha 1 milhão e meio. Uma boa fonte de consultas sobre a Ilha Fiscal pode ser a Biblioteca da Marinha, que hoje conta com aproximadamente 110 mil volumes, entre livros, folhe- <-> tos, periódicos e mapas. :::::::::: Sábia Natureza Quase todos os animais constroem ninhos. Da mesma forma que a arquitetura projeta os mais diversos modelos de casa, a natureza é sábia em relação à morada dos bichos. Os pingüins envolvem seus ovos numa prega de pele no abdômen, mantendo-os a salvo do frio e de predadores. O ninho de um filhote de canguru é o *marsúpio*, uma bolsa no ventre da mãe. Ele nasce apenas parcialmente formado e se desenvolve nesse compartimento aberto. O mesmo acontece com o coala, cujo filhote permanece na bolsa e, ao sair, ganha um novo lar; é transportado nas costas da mãe por um ano. Os ninhos mais visíveis na natureza são os das aves. Por mais diversificados que sejam, atendem sempre ao mesmo objetivo: proporcionar calor, aconchego e proteção. O veterinário Tarcísio Cianciardi, de São Paulo, lembra que quanto maior o perigo em relação aos predadores, maior é o cuidado ao edificar suas moradas. Existem espécies curiosas, como o coala, cujo macho veda a fêmea e o filhote no interior de um tronco de árvore, deixando apenas um pequeno orifício para que se alimentem e respirem. Depois de um tempo, os filhotes saem crescidos e a fêmea rejuvenescida, pois nesse período ela troca todas as penas. Outro caso interessante é o pássaro-alfaiate, da Índia, que cose duas folhas vivas para formar o ninho. Ele perfura a borda das folhas e, em seguida, as une com nós independentes, feitos de fibras vegetais. O processo torna o ninho imperceptível. :::::::::: Cachorrinhos à Venda O dono de uma loja estava colocando um anúncio na porta: "Cachorrinhos à venda". Esse tipo de anúncio sempre atrai as crianças, e logo um menininho apareceu na loja perguntando: -- Qual o preço dos cachorrinhos? O dono respondeu: -- Entre trinta e cinqüenta reais. O menininho colocou a mão no bolso e tirou umas moedas: -- Só tenho dois reais e trinta e sete centavos. Posso vê-los? O homem sorriu e assobiou. De trás da loja saiu sua cadela correndo seguida por cinco cachorrinhos. Um dos cachorrinhos estava ficando consideravelmente para trás. O menininho imediatamente apontou o cachorrinho que estava mancando. -- O que aconteceu com esse cachorrinho??? perguntou. O homem lhe explicou que quando o cachorrinho nasceu, o veterinário lhe havia dito que ele tinha uma perna defeituosa e que andaria mancando pelo resto de sua vida. O menininho se emocionou e exclamou: -- Esse é cachorrinho que eu quero comprar! E o homem respondeu: -- Não, você não vai comprar esse cachorro, se você realmente o quer, eu lhe dou de presente. E o menininho não gostou; e olhando direto nos olhos do homem lhe disse: -- Eu não quero que você me dê de presente. Ele vale tanto quanto os outros cachorrinhos, e eu pagarei o preço completo. Agora vou lhe dar meus dois reais e trinta e sete centavos e, a cada mês, darei cinqüenta centavos, até que o tenha pago por completo. O homem respondeu: -- Você não quer de verdade comprar esse cachorrinho, filho. Ele nunca será capaz de correr, saltar e brincar como os outros cachorrinhos. O menininho se agachou e levantou a perna da sua calça para mostrar sua perna esquerda, cruelmente retorcida e inutilizada, suportada por um grande aparato de metal. Olhou de novo o homem e lhe disse: -- Bom, eu também não posso correr muito bem, e o cachorrinho vai precisar de alguém que o entenda. O homem estava agora envergonhado e seus olhos se encheram de lágrimas... sorriu e disse: -- Filho, só espero que cada um destes cachorrinhos tenha um dono como você. Moral da história: Na vida não importa como você é, mas que alguém o aprecie pelo que você é, e o aceite e o ame incondicionalmente. Um verdadeiro amigo é aquele que chega quando o res- to do mundo já se foi. :::::::::: Curiosidades O escritor Monteiro Lobato era um apreciador de içá, formiga-mestra do formigueiro, e comparava seu gosto ao ca- viar. *** São necessários 10 litros de leite para fazer apenas 1 quilo de queijo. *** Apesar de saboroso e bastante recheado, o cachorro quente, um dos *fast foods* mais vendidos, é apontado como fonte de intoxicação alimentar, devido ao armazenamento e preparo inadequados. *** Os índios tupinambá do Rio de Janeiro criavam patos, mas não comiam a carne, com medo de ficarem lentos como aquelas aves. *** A maior melancia do mundo pesa 188 kg, cresceu no Tennessee, Estados Unidos. Daria para servi-la em pedaços para mais de 500 pessoas. *** Jenipapo, em tupi-guarani, significa fruta que serve para pintar. Os índios usavam o suco da fruta para pintar o corpo. A pintura permanecia vários dias e ainda protegia contra os insetos. *** O sapotizeiro fornece a goma para a fabricação do chiclete. Segundo a medicina popular, o sapoti tem sementes milagrosas, que ajudam a dissolver cáculos renais e ainda abrem o apetite. *** Curiosidades Nipônicas. Os japoneses consideram falta de educação abrir um presente na frente de quem o deu. Além de significar "tudo bem", o sinal de "positivo" quer dizer "namorado", no Japão. Para se referir à namorada, basta levantar o mindinho. Eles nunca entram de sapatos em casa. No Japão do século XVI, nenhum cidadão podia deixar o país sem permissão do governo. Os infratores eram executados. Até há algum tempo atrás, a mulher japonesa tinha que expressar sua submissão andando a três passos do marido, para não pisar na sombra dele. No Japão, os carros são dirigidos da maneira inglesa, o volante fica posicionado do lado direito. Os pedágios japoneses cobram pela distância que o motorista percorreu. Existem cerca de 260 mil brasileiros morando no Japão. A migração foi estimulada pelo mercado de trabalho para *nisseis*, como são chamados os filhos de japoneses, quando nascidos na América. :::::::::: Símbolo do Amor De onde surgiu a idéia de que o coração é o órgão responsável pelos sentimentos, e como surgiu o formato para representá-lo? Essa história começa por volta do século V A.C., na Grécia, em uma discussão entre filósofos sobre a localização da alma. Para Platão, a alma continha três partes: a primeira ficava na cabeça e estava associada ao intelecto; a segunda situava-se no coração e relacionava-se à raiva, ao medo, ao orgulho e à coragem; a terceira ficava no fígado e intestinos e tinha a ver com a luxúria, a ganância e as paixões em geral. Já para Aristóteles, o coração era a sede da inteligência e das emoções, porque era quente e se movia, enquanto o cérebro era frio e imóvel. A primeira imagem transmitindo a idéia de “sede da alma” teria sido desenhada há cerca de 12 mil anos em uma caverna de Oviedo, na Espanha. Lá, há um mamute retratado, com um coração pintado no centro. O homem que lá habitava estava certo ao considerá-lo como o “centro da vida”, local que deveria atingir com sua lança para abatê-lo. O desenho do coração, até chegar ao que é hoje, mudou à medida que se sabia mais sobre suas fun- ções e anatomia. :::::::::: Chá com Semente de Mostarda Uma mulher, desesperada com a morte do pai, procurou Buda. Pedia que a curasse da dor que tal perda provocava. -- A cura é simples -- disse Buda. -- Chá com sementes de mostarda. Mais tranqüila, a mulher se preparava para ir ao mercado comprar as sementes, quando Buda advertiu: -- Mas as sementes têm que ser colhidas no jardim de uma casa onde seus habitantes nunca tenham perdido alguém que amavam. Dois anos depois, a mulher voltou. -- Então, encontrou as sementes de mostarda? Perguntou Buda. -- Eu estava fechada em minha dor, não entendia que a morte é parte da vida -- disse ela. -- Mas descobri que tal jardim não existe, todo mundo já perdeu uma pessoa querida. E todos sobreviveram ao sofrimento. Meu coração está em paz. Sei que posso conviver com a dor, e seguir adiante. :::::::::: Ecoando Enfim, o Plástico Quem mais lucrou com a invenção do plástico foram os elefantes. Por séculos, o marfim foi um material usado para quase tudo, de cabos de faca a bolas de bilhar. A partir de 1880, o baixo estoque de presas combinou-se com a popularidade do bilhar e disso resultou uma crise. A maior fabricante de bolas dos Estados Unidos, a Phelan e Collender, ofereceu dez mil dólares em ouro – uma bela fortuna na época -- para o “gênio inventivo” que criasse o substituto sintético do marfim. Suspense entre os paquidermes do mundo inteiro. E em suspense ficariam por muito tempo. Só um quarto de século mais tarde, em 1907. Leo Baekeland, inventor de origem belga que amealhara uma fortuna com o papel fotográfico de revelação rápida, fez a combinação certa de fenóis e aldeído fórmico. Surgiu assim o primeiro plástico sintético, o baquelite. Ele era impermeável, resistia ao calor, à eletricidade e aos ácidos. Era ótimo para fazer bolas de bilhar e adequado também às nascentes indústrias automobilísticas e eletrônicas. Uma grande vantagem era a versatilidade do novo material, e ele passou a ser usado em tudo, de telefones a banheiros, de cinzeiros a peças de avião, por décadas. muitos profissionais técnicos recém-formados, em busca de um campo de trabalho seguro tinham na indústria do plástico a melhor opção. Trinta anos depois, o material miraculoso transformou-se num mercado mundial de 260 bilhões de dólares, que emprega, 1,4 milhão de pessoas. Vivemos num mundo plástico e ele não é tão ruim assim. :::::::::: Deixe a Raiva Secar! Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Júlia, sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar. Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia então, pediu à coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial. Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: -- Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações. Mas a mãe, com muito carinho ponderou: -- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar em casa, você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. -- Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. -- Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa. Deixe a raiva secar primeiro. Depois, fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando: -- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua, que fica correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe, ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. -- Não tem problema, disse Mariana; minha raiva já secou. E, dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro. Nunca tome qualquer atitude com raiva. A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são. Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta diante de uma situação difícil. Lembre-se sempre: Deixe a raiva secar. :::::::::: Ordem no Tribunal Para que serve aquele martelo usado por juízes? Os juízes usam o martelo para pedir ordem na sessão ou para dar o veredito de um julgamento. No Brasil, ele nunca foi usado, ao contrário do que parte da população imagina. Por aqui, o martelo é substituído por uma espécie de campainha, evolução da sineta. Representa – como nos navios -- a disciplina e a ordem que devem predominar no ambiente. O martelo se popularizou nos Estados Unidos e é um costume copiado da Inglaterra. O martelo de juiz deve sua origem à mitologia escandinava, em uma referência a Thor, o deus dos trovões. Reza a lenda que Thor é dono de um martelo mágico chamado *Mjollnir*, que nunca erra seu alvo. Thor possui luvas de ferro para segurar o martelo e um cinturão que duplica sua força. O juiz, por meio do martelo, faz lembrar aos pre- sentes sua autoridade máxima. :::::::::: Conhecendo o Mundo A Cidade dos Românticos Foi em Verona que o poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare ambientou, no início do século XVI, uma das mais belas histórias de todos os tempos -- "Romeu e Julieta". De certa forma, o enredo desse amor impossível tem influenciado milhares de namorados italianos e estrangeiros, algo como um pretexto de viagem para estar em Verona e poder exibir seus sentimentos, seja passeando de mãos dadas por ruas e becos, seja trocando olhares de ternura diante do balcão da Casa de Julieta Capuletto – exatamente aquele em que os personagens de Shakespeare teriam trocado o primeiro beijo. E não é só: milhares de noivos, vindos de todos os cantos da Itália ou do exterior, fazem questão de reservar, com enorme antecedência, a data da cerimônia em que dirão "sim!", a ser realizada em uma das históricas igrejas de Verona. Essa cidade serve mesmo de moldura para o romantismo. Basta dar uma caminhada pelo centro histórico para sentir-se personagem de outros tempos. Ali estão reunidos exemplos primorosos da arquitetura gótica, como a Casa de Romeu Montecchio (hoje residência particular), que mantém intacta a fachada da época medieval. Verona também tem um castelo e uma fortaleza que datam do século XVI, passeio ideal para os amantes, às margens do rio Ádige. Dali, seguindo o percurso da Via Roma, chega-se à Arena, espécie de minicoliseu construído há quase mil anos. Durante a primavera e o verão europeus, ela se transforma em palco ao ar livre de espetáculos de música popular e erudita, lazer garantido para mais de 20 mil espectadores. :::::::::: Seja Frio ou Calor Desde tempos imemoriais, os nômades do deserto, sejam azenegues, tabus ou tuaregues, usam trajes amplos e escuros de lã de camelo. Essa atitude pode parecer estranha no Brasil, onde a lã é usada para proteger do frio. Porém essas roupas protegem os tuaregues do sol e do calor. Isso porque a lã é um bom isolante térmico – mantém a temperatura interna do corpo e impede que o calor ou frio de fora chegue ao seu interior. A diferença entre seu uso no deserto e em países tropicais, como o Brasil, é que aqui usamos roupas apertadas, atreladas ao corpo, enquanto lá as roupas são extremamente largas, com espaços suficientes para criar o isolamento térmico. Os homens tuaregues ainda usam turbantes azuis, representando sinal de maioridade, que escondem a face, mas também a protege dos violentos

ventos do deserto. :::::::::: Túnel do Tempo Ao longo da história, os brinquedos retratam usos, costumes, moda e tecnologia de cada período. Boneca – 40 mil A.C. As estatuetas de barro surgiram na África e na Ásia, com fins ritualísticos. Em túmulos de crianças egípcias foram encontradas bonecas de madeira com cabelos feitos de cordões ou contas. Bola – 4.500 A.C. Redondas ou ovais, eram feitas de fibra de bambu no Japão e de crinas de animais na China. Romanos e Gregos usavam tiras de couro, penas de aves ou bexiga de boi na confecção das bolas. Quebra-cabeça – 1763. A obra é de um entalhador inglês que fazia gravuras. Ele criou um mapa dividido em peças de madeira para ajudar professores a ensinar geografia. Alguns anos depois, o invento virou jogo. Trenzinho – 1835. As réplicas apareceram quase junto com os trens verdadeiros. A primeira miniatura a usar eletricidade foi feita com demonstração de que a tecnologia poderia ser adotada pelas fer- rovias. :::::::::: Ameno e Instrutivo O Maior Deserto do Planeta – Saara é o maior e o mais famoso de todos os desertos, situado na região interna da África setentrional entre os Estados barbarescos e o Sudão, 1600 quilômetros. Estende-se como um braço gigante do Egito ao Atlântico por 4.500 quilômetros. Ocupa uma área aproximada de 7 milhões de quilômetros quadrados. Seu solo, terrivelmente seco, é coberto por dunas consideráveis e uma areia fina, cuja profundidade varia entre 15 e 20 metros. Durante o dia a temperatura é de 70 graus centígrados; à noite, pode chegar a 3 graus abaixo de zero. :::::::::: Animal Prático Por que os camundongos são geralmente usados em experiências científicas? O camundongo é o animal mais próximo do ser humano que os cientistas podem manipular no laboratório. Além do baixo custo de manuntenção, a cada gestação o animal dá origem a ninhadas de dez a 15 filhotes. Em média, um gene do camundongo é 90 por cento idêntico ao gene equivalente humano. Como é possível fazer com esses animais uma série de experimentos inviáveis em seres humanos, eles são uma ferramenta fundamental para as pesquisas científicas. :::::::::: Refúgio entre as Águas Como e quando foi construída a cidade de Veneza? – Tudo começou no ano 452, quando habitantes do nordeste italiano se refugiaram nas ilhas de uma grande lagoa de água doce, à beira do Mar Adriático, para escapar das invasões bárbaras que puseram fim ao Império Romano. Nesse local, parte de uma região chamada Veneto, havia 120 ilhotas, cortadas por 177 canais, e os primeiros moradores ocuparam justamente as áreas secas, de terra firme. Quando as ilhas já estavam completamente tomadas, a cidade começou a avançar sobre as águas. Foram construídas passarelas suspensas ao lado das fachadas e 40 canais deixaram de existir, conforme os moradores foram construindo anexos às suas casas. Os aterros tornaram-se comuns, com os canais ficando cada vez mais estreitos, à medida que a cidade crescia. O crescimento desordenado em aterros revelou-se, inclusive, responsável pelo maior problema que a cidade enfrenta hoje: as enchentes. Essa etapa inicial de construção foi excepcionalmente lenta, devido à dificuldade em firmar fundações em solo tão instável, à escassez de materiais de construção, trazidos de longe, e à incapacidade de manter os trabalhadores fixos nas obras em circunstâncias tão desfavoráveis. No princípio, a cidade foi toda edificada em madeira, com as fundações das casas fincadas entre 2 e 5 metros de profundidade. Alguns séculos depois, as pedras passaram a ser o principal material de construção, utilizadas também, a partir do século X, para forrar as margens dos canais. Essa medida foi especialmente útil para dar maior estabilidade às fundações das casas e facilitar o embarque e o desembarque nos barcos. Até então, esse era o único meio de transporte da população e quase não havia pontes. As raras existentes eram apenas tábuas suspensas sobre pilares, unindo uma ilha à outra. As primeiras pontes feitas de pedra surgiram em 1170; mas, até o século XIII a cidade tinha apenas 11 delas. Em 1500, entretanto, já contava com 166. Devido à sua posição geográfica estratégica, Veneza lucrou muito com o comércio entre Oriente e Ocidente, tornando-se, a partir do século XIII, a principal potência comercial da Europa. Mas, com a descoberta, por Vasco da Gama, de outra rota de navegação para as Índias, a cidade começou a perder importância e a sofrer derrotas em seguidas guerras. Em 1797, Veneza acabou sendo conquistada por Napoleão e, em 1866, passou a pertencer ao reino da Itália. :::::::::: É Útil Saber A Parte Mais Importante do Corpo Quando eu era muito jovem, minha mãe me perguntou qual era a parte mais importante do corpo. Eu achava que o som era muito importante para nós, seres humanos; então disse: -- Minhas orelhas, mãe. Ela disse: -- Não. Muitas pessoas são surdas. Mas continue pensando sobre este assunto. Em outra oportunidade eu volto a lhe perguntar. Algum tempo se passou, até que minha mãe me perguntou outra vez. Desde que fiz minha primeira tentativa, eu imaginava ter encontrado a resposta correta. Assim, desta vez eu lhe disse: -- Mãe, a visão é muito importante para todos, então devem ser nossos olhos. Ela me olhou e disse: -- Você está aprendendo rápido, mas a resposta ainda não está correta porque há muitas pessoas que são cegas. Dei mancada outra vez. Eu continuei a minha busca por conhecimentos ao longo do tempo e minha mãe me perguntou várias vezes e sempre sua resposta era: -- Não, você está ficando mais esperto a cada ano. Então, um dia, meu avô morreu. Todos estavam tristes. Todos choravam. Até mesmo meu pai chorou. Eu me recordo bem porque tinha sido apenas a segunda vez que eu o via chorar. Minha mãe olhou para mim quando fui dar o meu adeus final ao vovô. Ela me perguntou: -- Você já sabe qual a parte do corpo mais importante? Eu fiquei meio chocado por ela me fazer aquela pergunta naquele momento. Eu sempre achei que isto fosse apenas um jogo entre ela e mim. Observando que eu estava confuso, ela me disse: -- esta pergunta é muito importante. Mostra como você viveu realmente a sua vida. Para cada parte do corpo que você citou no passado, eu lhe disse que estava errado e eu lhe dei um exemplo que justificava. Mas hoje é o dia que você necessitava aprender esta importante lição. Ela me olhou de um jeito que somente uma mãe pode fazer. Eu vi lágrimas em seus olhos. Ela disse: -- Meu querido, a parte do corpo mais importante é seu ombro. Eu perguntei: -- É porque eles sustentam minha cabeça? Ela respondeu: -- Não, é porque pode apoiar a cabeça de um amigo ou de alguém amado quando eles choram. Todos precisam é de um ombro para chorar em algum momento de sua vida. Eu espero que você tenha bastante amor e amigos e que você sempre tenha um ombro para chorar quando precisar. Então eu descobri que a parte do corpo mais importante não é egoísta. É ser “simpático” à dor dos outros. E, para completar, em algum lugar eu li: “As pessoas se esquecerão do que você disse... as pessoas se esquecerão de como você as fez sentir. Os bons amigos são como estrelas... que você nem sempre as vê, mas você sabe que sempre estão lá.” Dia do Amigo -- 20 de julho. *** Folclore Folclore são os festivais, encontros e eventos comemorados em todo o país, mostrando a força, a criatividade e a resistência da cultura popular nacional. Vamos buscar na tradição oral de nosso povo quadrinhas, provérbios, trava-línguas, trovas-adivinhas, cantigas de roda e parlendas. Para recordar, eis um exemplo de cada um: a. Quadrinha: Queria ser uma lágrima Para em seus olhos nascer Correr em sua face E em sua boca morrer. b. Provérbio: Água mole em pedra dura, tan- to bate até que fura. c. Trava-línguas: O peito do pé do Pedro é preto. Um tigre, dois tigres, três tigres, quatro tigres. d. Trova-adivinha: Só vês de mim fino traço que prontamente se vai. Ao penetrar neste espaço, morta sou por quem me atrai. R: Estrela cadente. e. Parlenda: Hoje é domingo Pé de cachimbo O cachimbo é de barro Que bate no jarro O jarro é de ouro Que bate no touro O touro é valente Que bate na gente A gente é fraco Cai no buraco O buraco é fundo Acabou-se o mundo. f. Cantiga de roda: Ciranda, cirandinha Vamos todos cirandar Vamos dar a meia-volta Volta e meia vamos dar. O anel que tu me deste Era vidro e se quebrou O amor que tu me tinhas Era pouco e se acabou. Dia do folclore -- 22 de agosto *** Manifesto Verde As árvores, meus meninos, desde o início do mundo tiveram o mais importante dos sentidos: o de representar a vida. Alguns povos da antigüidade escolhiam certas espécies tornando-as sagradas: como o carvalho para os celtas, a figueira para os indianos, a tília para os alemães. (...) A Bíblia diz que, no centro do Jardim do Éden – o Paraíso -- havia, a árvore da Vida e a árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Sabe-se também que, na milenar Babilônia, havia no portão oriental do céu, duas árvores: a da Verdade e a da Vida. Dia da árvore -- 21 de setembro *** Dia Nacional do Livro Dia 29 de outubro é o Dia nacional do Livro. Nesta data, comemora-se a fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca Portuguesa para o Brasil. O acervo tinha 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., tudo acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro. Em 29 de outubro de 1810, a biblioteca foi transferida e esta passou a ser a data oficial de sua fundação. Até 1814, os estudiosos precisavam de autorização prévia para consultá-la. Tempos depois foi aberta para consultas de qualquer pessoa interessada. Àquela época, grande parte da população brasileira não sabia ler. Hoje isso está bem mudado, principalmente porque alguns eventos como a Bienal do Livro acontecem e resultam em verdadeiro sucesso de venda de exemplares expostos, o que mostra que o hábito de ler e o interesse por livros já é constante no dia-a-dia das pessoas. No Brasil, ocorreram três fases relacionadas à edição de livros: a primeira começou com a chegada de Dom João VI, em 1808, que imediatamente criou a imprensa Régia e um público leitor que começava na Corte e partia para as províncias. Depois, as tipografias se multiplicaram por todo o Império, espelhando a demanda do mercado e, a partir da metade do século XIX, alguns europeus começaram a se instalar no Brasil e fundar as chamadas casas editoras. Logo em seguida, aconteceu a dificuldade de comunicação entre o Brasil e a Europa, no decorrer da Primeira Guerra Mundial. Nesse período, a indústria editorial brasileira se firmou, conseguindo se libertar. Na década de 70, surgiram os cursos de editoração gráfica, que permanecem até hoje. Sem dúvida alguma, ler é muito importante, pois assim podemos ampliar nosso conhecimento e nos abastecer de informações importantes. Mas devemos ter cuidado com estes nossos amigos, para que estejam sempre bem conservados: 1. Para tirar um exemplar da estante, empurre os volumes que estiverem em suas laterais e depois pegue-o para ler. Isso evita que sua lombada se rasgue; 2. Lave bem suas mãos antes de pegar um livro. Isso evita que você suje as páginas de seu amigão; 3. Comer e beber perto dos livros? Nem pensar! Você corre o risco de manchar ou engordurar seu livro; 4. Nunca deixe seus livros ficarem expostos diretamente ao sol; 5. Não abandone seu livro dentro do carro. Sem perceber, alguém pode se sentar em cima dele e danificar sua estrutura; 6. Evite fazer cópias de livros frágeis ou muito antigos, para que não rasguem; 7. Procure não apoiar seus cotovelos sobre os livros, para não danificar as páginas. Dia Nacional do Livro -- 29 de outubro *** Dia da Bandeira A bandeira é um símbolo que pode representar um time de futebol, uma instituição, um grupo étnico-cultural e muitas outras idéias. Seu significado é tão forte, que todos os países possuem sua própria bandeira, representando a nação e, por isso, deve ser respeitada. A atual bandeira do Brasil foi instituída quatro dias depois da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Por isso, no Brasil comemoramos o dia da Bandeira em 19 de novembro. Todos os anos, nesta data, o hasteamento é realizado às 12 h, em solenidades especiais. Nossa bandeira foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares. Ela é inspirada na do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, com a esfera azul-celeste. A divisa positivista “Ordem e Progresso”, no lugar da Coroa Imperial, deve-se a Benjamin Constant. Dentro da esfera está representado o céu do Rio de Janeiro, com a constelação do Cruzeiro do Sul registrada às 8 horas e 30 minutos de 15 de novembro de 1889. Em 11 de maio de 1992, uma lei n.o 8.421 alterou a bandeira para permitir que todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal estivessem representados por estrelas. Segundo esta lei, ela deve ser atualizada sempre que algum Estado da federação for criado ou extinto. Os novos estados serão representados por novas estrelas, a serem incluídas, sem que afete a disposição estética original do desenho da primeira bandeira republicana. As que forem correspondentes a estados extintos serão retiradas, permanecendo aquela que represente Um novo, mediante fusão. Consta ainda um anexo trazendo uma lista dos estados e sua respectiva relação com as estrelas. Você sabe o significado das cores da bandeira brasileira? O verde são as matas do Brasil; o amarelo representa a nossa riqueza mineral e a aventura dos bandeirantes à procura do ouro; o azul simboliza o nosso céu e é a cor do manto da Virgem Maria, e o branco é a paz. Dia da Bandeira -- 19 de Novembro *** Ano Novo Na China, o Ano Novo é celebrado durante seis semanas entre os meses de janeiro e fevereiro. Tradicionalmente, nesse período os chineses fazem uma bela faxina em suas casas para espantar os maus espíritos e atrair boa sorte. Na noite da véspera da virada do ano, todas as luzes ficam acesas para representar calor humano, amizade e reconciliação. À meia-noite, há uma grande queima de fogos. Os chineses acreditam que o barulho do foguetório espanta os espíritos indesejáveis. Na Escócia, um dos costumes mais tradicionais da festa de Ano Novo é a de homens e mulheres que nunca se viram, beijarem-se na boca. Existe uma superstição sobre a primeira visita que se recebe no ano. Se for um homem moreno, significa um bom presságio. Se for um sujeito ruivo, a visita é considerada um mau agouro. Mas eles acreditam que azar mesmo terá aquele que abrir as portas para uma mulher. Na Dinamarca, depois de uma ceia à base de peixes e batatas, os dinamarqueses aguardam ansiosamente pela meia-noite. Quando o relógio está prestes a soar as doze badaladas, todos da família sobem em cadeiras. Assim que dá meia-noite, pulam da cadeira para o novo ano e brindam com champanhe. Na França, as pessoas costumam preparar ostras e diversos outros frutos do mar para a ceia de Ano Novo. Na Índia, existem mais de 12 calendários religiosos. No Norte, o ano começa a Festa de *Dîwâlî*, no outono. Os indianos colocam luzes por todas as partes. Uma das manias dos portugueses é sair às janelas das casas batendo panelas para festejar a chegada do novo ano. Só não podemos chamá-los de “paneleiros”, já que para eles esta palavra significa “bicha”. Na Tailândia, o Ano Novo começa na metade de abril. Os vietnamitas comemoram o Ano Novo no dia 10 de fevereiro. Todos acordam cedo e vão à igreja. As mulheres vestem vermelho e amarelo, as cores da bandeira do país, e os homens usam roupas pretas. Na igreja, comem um bolo especial, feito com arroz, feijão e carne de porco. Depois de meia hora, são distribuídos envelopes vermelhos para as crianças, cada um com 10 ou 20 dólares dentro. Ano Novo -- 31 de dezem- bro :::::::::: O Dicionário Esclarece ambientou – situou-se em um ambiente; a um lugar catalisador – substância que acelera ou retarda uma ação química; incentivador enaltecendo – elogiando; exaltando; glorificando escassos – raros; parcos estratégia – arte de traçar os planos de uma guerra exuberantes – cheios; reple- tos; vivos; animados; viço- sos; superabundantes fundeados – ancorados no por- to incrementar – promover o de- senvolvimento juncos – barcaças de trans- porte na China luxúria – libertinagem; dis- solução; sensualidade mamute – elefante fóssil que viveu na Europa e na Ásia na era quaternária mitologia – história fabulosa dos deuses, semideuses e he- róis da antigüidade obelisco – monumento em forma de agulha piramidal feito ordinariamente de uma só pedra sobre um pedestal; objeto alto e alongado parlendas ou parlengas – pa- lavreado; bacharelice; dis- cussão importuna; rixa persuadir – induzir; aconse- lhar; levar a crer ritualísticos – referente a cerimônia e fórmulas. setentrional – situado ao Norte típica – que serve de tipo; característica versatilidade -- qualidade ou estado versátil versátil – ágil; flexível; que se move. :::::::::: Fontes de Pesquisa Almanaque Abril Jornal O Dia Jornal O Fluminense Jornal O Globo Livro -- Aventura de Ler Livro -- Lenda Africana Livro -- O Corpo Humano Livro -- Viver e Aprender Revista Bom Astral Revista Ciência Hoje das Crianças Revista Ecologia e Desen- volvimento Revista Galileu Revista Próxima Viagem Revista Superinteressante Revista Veja :::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores abaixo mencionados, que nos enviem seus endereços completos, pois suas revistas voltaram. Alexandre F. Braga Alexandre Xavier do Nasci- mento Associação dos Cegos e Am- blíopes de Portugal Eliseu de Oliveira Souza Escola Especial João Pau- lo II Escola Municipal Aurora Silva Alves Jacson Xavier Jaelson Xavier João Antonio Alves José Maria Roldão José Pinheiro da Silva Luzia Aparecida Corrêa Marcélia Mendes da Costa Maria da Conceição Baião Maria Marins da Cunha Paulo Roberto Rosa Rosane Pereira Sabrina Dolores Buono Tereza Pereira Santana ::::::::::