Diretor-Geral do IBC: João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial: Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hyléa de Camargo Vale Fernandes Lima João Batista Alvarenga Maria Cecília Coelho Rachel Ventura Espinheira Colaboração: Carla Maria de Souza Daniele de Souza Pereira Regina Celia Caropreso Cauã -- Criador dos personagens: Furinho e SuperBraille Leida Maria de Oliveira Gomes -- Ilustradora da História em Quadrinhos do SuperBraille Revisão: Carla Dawidman
¨ I Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Pátria Amada Brasil Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~,
¨ III
¨ V
Sumário
Viva a paz! ::::::::::::: 18
O toque da sorte :::::::: 20
Seção Juvenil
Leio, logo escrevo
O dinheiro :::::::::::::: 25
Parente mandado ::::::::: 25
Ler para compreender :::: 27
A pracinha mais bonita do
mundo :::::::::::::::::: 29
IBC do coração ::::::::: 31
O nosso município de
Maricá :::::::::::::::: 32
Amigos Unidos do
IBC :::::::::::::::::: 33
Amor entre felicidade e
ilusão ::::::::::::::::: 34
A menina unicórnio :::::: 45
Quebra-Cuca
Caça Palavras :::::::::: 49
Desafios :::::::::::::::: 50
Vamos Rir?
Exemplo vem de casa ::::: 54
Presente de Natal :::::: 54
Olhos bem fechados :::::: 55
Pesquisa de mãe ::::::::: 56
¨ VII
Historiando
PONTINHOS: 60 anos
recreando, divertindo,
esclarecendo ::::::::::: 57
Leitura Interessante
Acróstico A Revista
Pontinhos ::::::::::::: 64
Tirinhas
História em quadrinhos
do SuperBraille :::::: 67
Ana Beatriz de Souza
Emmerick -- Turma 301
David Luca -- Turma 301
Pedro
Autor: Pedro Roberto --
Turma 402
Tem um macacão dormindo em um barracão.
E no laçarote de uma mala estava amarrado um serrote.
Na minha mão pintei um coração.
E o limão caiu no meu dedão.
Mengão é pura paixão,
E é festa no coração.
Histórias para Ler e Contar
Elfa troladora
Autora: Júlia Rodrigues --
Turma 302
Era uma vez uma elfa troladora que faz muitas travessuras. Ela e suas amigas voltaram às aulas. A elfa troladora pegou uma cola
transparente, a professora tentou pegar a cola transparente da mão dela, mas ela jogou cola na sua amiga e na sala inteira, depois
disso a professora colocou a elfa troladora de castigo.
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O castelo encantado
Autora: Emily de Souza
Gomes -- Turma 401
Era uma vez um castelo encantado, lá vivia uma linda princesa.
Essa princesa era tão encantadora que todos a amavam; porque só ela tinha um brilho especial.
Essa princesa era tão amada, não porque é uma princesa; mas por ela fazer bem e atrair o bem para todo o castelo.
O castelo era todo encantado e também muito legal. Todas as crianças, como eu, iriam amar conhecê-lo; um lugar cheio de vida, amor
e alegria.
A princesa era muito feliz, mas ela não sabia que seu pai era um bruxo e tinha um plano de acabar com a alegria dela e disse:
-- Quando você fizer quinze anos espetará o dedo em uma agulha e todo mundo irá te achar muito feia!
Mas o que ele não sabia, era que se ela conhecesse um príncipe o feitiço terminaria.
Os anos foram passando e ela completou quinze anos, nesse dia os pais estavam no castelo e Luara, a princesa, foi dar uma volta
pelo reino. Quando estava caminhando encontrou uma agulha no chão e sem querer espetou o dedo e gritou:
-- Ai!
A partir desse dia todos a acharam muito feia, mas graças ao castelo encantado apareceu um príncipe muito lindo e quebrou o
feitiço.
Luara voltou a ser linda como antes.
Eles passaram a ser conhecidos como rainha Luara e rei
Gabriel e viveram felizes para sempre.
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A festa
Autora: Liliane Coutinho
Leal -- Turma 401
Era uma vez duas meninas gêmeas que se chamavam Cla e Dova.
Elas completariam 12 anos no mês passado e foram pedir à mãe, que se chamava Joana, uma festa de aniversário. A mãe muito triste
respondeu que não tinha condições de fazer uma festa. As meninas ficaram muito tristes. Passado uns dias, sua tia Maria, vendo-as
assim, perguntou:
– Por que estão tão tristes?
Então responderam:
-- Queríamos uma festa de aniversário, mas não podemos ter.
Dias depois, sua tia Maria voltou e procurou sua irmã Joana e disse:
-- Quero dar uma festa surpresa para elas.
Assim a mãe e a tia começaram a preparar a festa. Fizeram tudo sem as gêmeas saberem.
Finalmente chegou o grande dia e a mãe disse:
-- Hoje iremos dar um passeio. As meninas se arrumaram e saíram com sua mãe, foram andando. Quando chegaram em frente ao salão de
festas, a mãe falou:
-- Vamos entrar. Quando entraram, lá estava uma linda festa! As meninas ficaram muito felizes!
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O pássaro que enganou o gato
Sugestão da aluna: Júlia
Rodrigues -- Turma 302
Certo dia, um gato muito sabichão caminhava sobre o telhado de uma casa, quando avistou um canarinho assobiando em um fio da rede
elétrica.
“Ei! Belo pássaro cantor, já sabe da novidade?” -- disse o bichano olhando para o alto.
“Que novidade?” -- perguntou o passarinho já desconfiado.
“Uma nova lei foi aprovada... Agora todos os bichos terão de ser amigos, não haverá mais rivalidade, nem presas, nem predadores e
todos terão que viver em harmonia”.
“Sério?!!” -- questionou o canário.
“Sim, e para comemorar, voe até aqui e venha me dar um abraço. Sejamos amigos!”.
“Tudo bem” -- disse o canário. -- “Vou pousar próximo à casinha do Rex, aquele grande pastor-alemão ali no quintal, e então nos
abraçaremos e comemoraremos os três juntos”.
Ouvindo isto, o felino saltou tentando agarrar o pássaro, que voou rapidamente e gargalhou do gato.
“Lei nova… ha, ha, ha, ha!!!"
O gato saiu frustrado e resmungando, pois não contava com a astúcia do pequeno pássaro.
Byron Barton
Fonte: ~,https:ÿÿwww.~
estudokids.com.brÿ~
historias-para-lerÿ~,
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Viva a paz!
Sugestão do aluno: Victor --
Turma 302
Sem ouvir nenhum miado,
a dona, por seu lado,
dos gatinhos teve dó,
e a porta abriu de uma vez só!
Mesmo estando tão gelados,
os dois gatinhos arrepiados
Zás! Bem junto do fogão
surgem, sem reclamação!
E a dona comentou:
tanto faz quem começou!
Uma encrenca boba assim
bom é que tenha logo um fim!
E ela acrescentou, então,
não querem brigar mais, não?
E os gatinhos, enroscados,
esqueceram da briga, aliviados.
Confortados, no quentinho,
com sossego e com carinho,
dormem bem, bichos queridos,
já da briga esquecidos.
Todos nós falamos de sorte... e, cedo ou tarde, a conhecemos.
Para você entender melhor, darei um exemplo simples, que todos nós aprendemos na escola, por várias vezes, porque é algo difícil.
Havia um sábio que se chamava Newton. Estava descansando em um campo cheio de árvores, pensando em complicadas teorias matemáticas
quando... zás! Uma maçã caiu em sua cabeça, e isso fez com que ele pensasse na Lei da Gravidade, que iria revolucionar o mundo da
Ciência.
Quem não conhece essa história? É difícil, mas se não conhece, pergunte ao seu professor ou aos seus pais. Faça isso sempre que
não souber de algo. Isso faz parte de sua educação.
Mas... vamos ao que interessa.
Havia um homem que trabalhava como torneiro e vivia miseravelmente por ter se especializado em cabos e aros de guarda-chuvas, e
era muito pouco procurado por seu trabalho.
-- Não tenho sorte! Até o meu único pé de pera não dá fruto. Pode existir alguém mais sem sorte do que eu?
Como se a natureza quisesse aumentar a má sorte desse homem, uma noite houve um terrível furacão que destruiu as plantações e
arrancou alguns galhos das árvores. O homem pegou os galhos e levou até sua oficina:
-- Já que não deu peras de verdade, farei umas de madeira.
E cortou, torneou mais de dez, em vários tamanhos. Fez algumas bem pequenas, muito perfeitas.
Um dia, o guarda-chuva caiu do cabideiro, partindo-se em dois o cabo e o suporte das varetas, como se tivesse um botão que as
prendessem. Então resolveu substituir a parte quebrada por uma pera grande e uma pera pequena, tendo bom resultado.
-- Nossa! -- disse -- Mandarei como amostra para a capital. É provável que gostem, por sua originalidade.
O pacote chegou à cidade e os fabricantes viram que as pequenas peras fechavam melhor que os botões, quando colocadas no suporte e
cruzadas. Quanto ao cabo, todos os clientes queriam.
Aumentou muito seu trabalho.
De vários lugares lhe pediam peras de vários tamanhos para o cabo e pequenas para fechar o suporte. O dinheiro chegou de maneira
inesperada.
A sorte não tem hora amigos; cedo ou tarde surge para cada um. O importante é estar com os olhos bem abertos para não deixá-la
escapar.
Para Newton foi uma maçã. Para o torneiro foi um pé de pera sem frutos e seus galhos arrancados pelo furacão.
E para você? Fique alerta e não perca a ocasião, a sorte chegará na hora certa. Palavra...
Irmãos Grimm e Andersen
Livro: *Contando histórias*
Editora DCL
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Seção Juvenil
Leio, logo escrevo -- textos
dos alunos do IBC
O dinheiro
Autora: Juliana Gonzaga --
Turma 901
É minha tia.
É minha tia doida.
É minha tia que adora mandar.
É minha prima.
É minha prima louca.
São as duas que adoram mandar.
Não dá nem pra aturar
Essa parentada
Que gosta de mandar
É meu cunhado
É meu cunhado pamonha
É meu cunhado que adora mandar.
É o meu sogro
É o meu sogro pudim de cachaça.
Os dois juntos que adoram mandar.
Não dá nem pra aturar.
Essa parentada que gosta de mandar.
É minha sogra
É minha sogra doida
É minha sogra que adora mandar.
É minha cunhada
É minha cunhada pidona
As duas juntas que adoram mandar.
Não dá nem pra aturar.
Essa parentada.
Que gosta de mandar.
É minha sobrinha
É minha sobrinha doida
É meu sobrinho
É meu sobrinho canalha
Os dois juntos que adoram mandar.
Não dá nem pra aturar essa parentada
Que gosta de mandar.
A pracinha mais bonita do
mundo
Autora: Mayara Cristina
Silva Sanches -- Turma
501
Eu moro na Rua Alvarenga Peixoto
Essa rua é muito linda e parece que é rica.
Giovanna Josefa de Melo
Vidigal Barulhento
No Vidigal tem muitos tiros
E muitos bandidos
Muita gente baleada
E povo sofrido.
No Vidigal tem festas
Com povo abusado
Ligam o som no volume máximo
Deixa o povo irritado
No Vidigal tem igrejas
A gente louva ao Senhor
Ficamos felizes por adorá-lo
Meu Senhor é meu amor.
Eu me sinto orgulhosa
De morar neste lugar
Porque minha vó mora lá
O Vidigal é meu lar.
IBC do coração
Autora: Thatyane Chrystyne
da Cruz Leite -- Turma
501
Eu encontro minha mãe nos finais de semana.
Nos outros dias estou na escola
Sinto muita falta dela, mas gosto daqui
A escola é o lugar onde vivo.
E o salão do reino de Jeová Deus.
Maricá é meu amor
Gosto da minha vizinha
Que mora lá
Que é carinhosa e bonitinha.
Aqui eu considero todos os meus amigos
Não importa se são professores ou alunos
Unidos jamais seremos esquecidos.
A escola é o lugar onde eu vivo
Estou aqui desde que nasci
Tudo que sei e que sou
Aprendi aqui.
que acabei perdendo a pessoa por quem me apaixonei.
Foi bom enquanto durou. Eu tinha criado uma bolha, onde um sonho impossível era “realidade”. Eu tentava acreditar que tudo aquilo
era verdade, mas não era; sonhos não se realizam sozinhos, não basta ter fé sem lutar, e mesmo que lute, haverá vezes em que todo o
esforço será em vão.
Mesmo tentando seguir em frente e esquecer, não dá certo, isso é mais forte que eu, um sentimento louco que acaba prejudicando
todo o resto. Doente de paixão, isso estava me enlouquecendo a cada dia que se passava.
Ainda me lembro dos bons momentos que tivemos no passado, também tivemos alguns ruins, sei que naquele tempo eu fui uma derrotada,
mas agora é diferente, eu não sou a
mesma de antigamente, sou mais forte do que você pensa.
Não sei se sou o suficiente para você. Tenho medo de não conseguir te fazer feliz e de realizar seus sonhos, sou capaz de fazer o
impossível por você, até mesmo *capturar* a lua e trazê-la até ti.
Tento não pensar em você, pois quando penso, acabo me afogando em lágrimas sem fim.
Nos preocupamos demais em sermos diferentes dos outros, mas não enxergamos que ser diferente nem sempre significa ser melhor.
Cresci acreditando que o coração não mente, não sei se estou certa em pensar assim. Eu tenho uma teoria sobre meu amor *platônico* e
eu quero provar, vou trabalhar e batalhar para chegar ao meu objetivo, pois o trabalho duro vence o dom natural; não irei desistir e
pretendo ir até o final.
Por que as coisas ruins têm que acontecer? Me sinto frágil, estou machucada, meu coração se despedaça, eu quero lutar e ir até o
fim, mas como? Sinto como se minhas forças tivessem indo embora.
Tenho duas escolhas a fazer: ou eu nego tudo e esqueço de sua existência e me machuco ainda mais só para tentar recuperar minhas
energias, ou junto os pedaços que sobraram do meu coração e aposto tudo em uma única jogada; se eu fracassar perco o pouco que tenho
de você.
Universo *distorcido*, mente em conflito, talvez eu esteja cega, por favor, me ajude a enxergar essa triste e amarga realidade que
dói em sentimento perfurante, e afiado como uma lâmina enfeitiçada com chama de dragão, ágil e velocidade sobrenatural.
Não, eu não posso deixar que isso aconteça, não posso deixar você penetrar minha barreira mental. Droga! É tão fácil dizermos e
tão difícil e complicado de cumprir. Eu não aguento mais ficar tão perto, mas ao mesmo tempo bem longe de você. Deixe-me tocá-
-lo, me abrace e me diga que está tudo bem e que me ama, vamos só andar por uma bela floresta que acaba em um lindo mar ao pôr do sol onde
iremos ter uma conversa sobre coisas idiotas e aleatórias, e vamos acabar nos beijando com clima clichê e romântico como nos filmes.
O que eu estou fazendo com a minha vida?! Droga! Eu estou em total *euforia*, pensamentos ruins estão tentando achar alguma forma
de acabar comigo e arruinar minha mente e atormentar minha alma, boa tentativa, mas você não vai acabar comigo tão fácil. Eu posso
não ser a pessoa mais forte, mas eu tenho a ajuda do amor e com toda certeza é uma coisa muito poderosa. Quem estou querendo enganar?
Sou fraca demais para te resistir, mas sinto que todo meu esforço será em vão, não quero lutar mais, pra mim chega, quero te
conquistar, mas da forma certa, acho que eu não preciso mais mudar para você me notar. Ache o que quiser de mim, eu não ligo, talvez
eu não seja a pessoa certa para você, assim como você pode não ser para mim, mas antes de desistir, quero fazer uma última tentativa.
Se não der certo... eu desistirei, não por não ter vontade, desinteresse (para mim isso não existe), ou sei lá quais outros motivos
ridículos, e sim por não ter mais condições de sofrer e chorar e me lamentar, ou até mesmo de ficar meio depressiva enquanto escuto
músicas *melancólicas*, chorando na cama o dia todo.
Se você não me aceitar, eu entenderei ou pelo menos vou tentar. Não sou a melhor pessoa do mundo e muito menos perfeita (na verdade
ninguém é). Eu tenho vários defeitos, mas tento não ver só por esse lado, até porque tudo tem um lado positivo.
Isso pode parecer, ou ser dramático e clichê, mas não posso fazer nada, quem está escrevendo, na verdade não sou eu, e sim meu
coração, que está gritando por você na esperança de ser ouvido. Ele não te dirá a quantidade e a frequência de seus batimentos;
aposto que nem ele mesmo sabe o que realmente quer lhe dizer, mas não consegue, pois está preso em si: “eu te amo”.
Estou morrendo de medo, mas dane-se!
Namora comigo?
Talvez esse seja o pior jeito de pedido de namoro, mas não vejo outra forma.
Não.
Verídico: s.f. Que fala ou demonstra a verdade. Que é constituído pela verdade; autêntico, verdadeiro: fato verídico.
Desvencilhando: Do verbo desvencilhar. O mesmo que libertando, soltando, desatando, desenvencilhando, solucionando, desenvincilhando.
Capturar: v. Prender algo ou alguém; deter, aprisionar; apreender: capturar malfeitores.
Platônico: É um adjetivo utilizado para fazer referência ao filósofo e matemático grego Platão. Popularmente tem o significado de
algo ideal ou casto, sem interesses materiais.
A menina unicórnio
Autora: Silvana Martins
Sebastião -- Leitora da
Revista Pontinhos
Era uma vez uma rainha muito linda e poderosa, que vivia num palácio. Seu nome era Win. Era tão linda com cabelos tão longos e
lisos e tinha tanto poder que as pessoas morriam de medo dela! A Win toda manhã ia ao jardim passear e apanhar algumas flores para
pôr nos seus vasos.
Não muito longe dali havia um outro reino.
Um dia a rainha Karem, que era desse outro reino, e que também era linda, resolveu fazer uma reunião e convocou as meninas do
reino! E disse: “Quem tiver coragem de ir ao reino da rainha Win, colher as flores de lá e trazer para
mim, vai ganhar um lindo colar de brilhante!”.
As pessoas todas disseram ao mesmo tempo, “mas rainha Karem, a rainha Win é muito brava e poderosa. Nós já sabemos bem do que ela
é capaz”. Mas a rainha Karem tanto insistiu que apareceu uma menina dizendo que topava. Então ela disse:
-- Qual é seu nome querida?
A menina respondeu:
-- Amanda, tenho dez anos de idade e sou muito corajosa.
A rainha Karem disse:
-- Então venha amanhã aqui para você receber as instruções de como fazer.
No dia seguinte Amanda foi ao lugar combinado conversar com a rainha Karem. Depois de tudo acertado, a menina foi pro outro reino.
Com seu patinete demorou bastante até chegar lá, mas assim que chegou, nem prestou atenção, foi logo vendo as flores e dizendo:
“Que lindas flores! Vou logo tratar de apanhá-las”. E pegou duas cestas.
De repente, a rainha apareceu no jardim e viu a menina apanhando as flores.
-- Que petulante você é, apanhando minhas flores! Vai ver o que vou fazer com você.
Amanda quis dizer alguma coisa, mas não deu tempo.
A rainha pegou e disse: “Flinn!” -- e de repente a garota se transformou em um unicórnio.
A menina unicórnio, muito triste, foi correndo para o palácio e logo chegou porque foi voando. Lá procurou a rainha Karem e a
encontrou em seu jardim!
A menina unicórnio se aproximou da rainha e começou a chorar. A rainha que nunca tinha visto no palácio um uni-
córnio, logo desconfiou e perguntou:
-- Por que chora, unicórnio?
A menina unicórnio disse bem baixinho:
-- Rainha! Sou eu, Amanda. A rainha me transformou em um unicórnio. E continuou a dizer: -- O que será da minha vida viver assim
em forma de unicórnio?
A rainha Karem disse:
-- Não se preocupe, também tenho poder. Vou torná-la humana. Falou umas palavras: “Lanndrmi cli” e a menina voltou à forma humana.
A rainha e a menina viveram felizes para sempre!
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
Quebra-Cuca
Caça Palavras
Autor: Guilbert -- Turma
901
contos -- texto -- livros --
artes -- poema -- redação
3- Ele está no seu bolso, mas se você repetir sua primeira letra no final, você se deita nele. Quem é?
4- Qual a estação do ano que está sempre no futuro?
5- Qual a semelhança entre a cidade do Rio de Janeiro e o coco?
6- O que é que não se quebra com uma pedra, mas se quebra com um ovo?
7- Qual o mês que pode se tornar maior?
8- Qual a casa que proíbe a entrada de cachorro?
9- Qual o mês que nos deixa à vontade?
10- Qual a lã preferida do cachorro?
11- O que é que tem os dentes na cabeça?
12- O que é que anda com os pés na cabeça?
13- Qual o bairro carioca que está nas árvores?
14- Qual o bairro carioca que, sem a primeira letra, vira comida?
15- Com que está preocupado o burro do lavrador?
16- Por que eu sei que choco é um cachorro?
17- Qual a mulher que sempre tem certeza de onde está o marido?
18- Um homem desce o morro transportando um porquinho; qual o nome do homem?
Respostas
1- O pão, você morde; o cão morde você.
2- Na tampa
3- Lenço
4- Verão
5- Ambos têm casca dura.
6- O jejum
7- Maio; basta colocar-se o *r* no final.
8- Barracão
9- Agosto
10- A lambida
11- O alho
12- O piolho
13- Ramos
14- Bangu
15- Ca roça, uai!
16- Porque o chocolate.
17- A viúva
18- Décio Leitão
Historiando
PONTINHOS: 60 anos
recreando, divertindo,
esclarecendo
FIRMEZA -- SERIEDADE --
COMPROMISSO
Maria da Gloria de Souza
Almeida
“O destino destina e eu faço
o resto” (Miguel Torga)
Ao chegarmos à marca das seis décadas do lançamento da *Revista Pontinhos*, um sentimento salta de nós: o reconhecimento. Era
setembro de 1959. À época, já findando os anos de 1950, o mundo via crescer, com grande vigor, o interesse pelo público
infantojuvenil. A indústria do entretenimento ampliava-se em diferentes áreas -- revistas, gibis, filmes em série criavam heróis e
aventuras, traziam jogos e brincadeiras, transmitiam informações e conhecimentos, incentivavam a curiosidade e a imaginação de
crianças e adolescentes. Os produtos multiplicavam-se, movimentando com encanto e vitalidade, a vida de meninos e meninas daqueles
tempos.
E a criança e o adolescente cegos?
Mais uma vez percebia-se a existência de uma enorme lacuna. Como de hábito, essa criança ou esse adolescente passavam invisíveis
frente aos largos avanços e mudanças de uma sociedade que buscava o estabelecimento de novos rumos e comportamentos.
Cumprindo sua natureza pioneira, o Instituto Benjamin Constant corrigiu mais esse esquecimento danoso que provocava exclusão. Pelas
mãos sensíveis do Professor Renato Monard da Gama Malcher nascia *Pontinhos*; primeiramente, apenas um suplemento da *Revista
Brasileira para Cegos*. Mais tarde, na década de 1970, transformou-se em publicação independente. Então, desde aquele antigo
suplemento, o menino cego brasileiro, estivesse ele em qualquer recanto do país, agora tinha acesso a uma leitura que supria, ainda
que de maneira inicial, sua visão expandida de mundo, sua formação cultural, sua necessidade de aprender sem cobranças,
*descompromissadamente*. A *Pontinhos* ensinava brincando, ensinava com leveza longe do rigor da sala de aula.
Renato Malcher nasceu em 11 de junho de 1916 na cidade de Belém do Pará. Aos 12 anos transferiu-se com a família para o Rio de
Janeiro, onde construiria sua trajetória acadêmica e profissional e escreveria sua história de homem *íntegro*, competente; homem que
soube enfrentar as reviravoltas do destino, que soube reverter os danos do imprevisível, que soube -- acima de tudo -- reerguer-se e
traçar para si próprio um outro caminho a percorrer.
Em 1942, foi vítima de uma explosão no laboratório no qual atuava como químico. A um só tempo, perdia a visão e a carreira.
Em 1950, sua vida dava um passo decisivo para uma mudança definitiva. Malcher encontrava o Instituto Benjamin Constant.
Reabilitou-se. Preparou-se para os desafios de uma nova realidade que o afetava. Na mesma ocasião, prestou *exame de suficiência* na
Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, atual UFRJ, universidade em que anos antes fizera o curso de Química. Licenciou-se
em Matemática. Em 1952, foi nomeado professor de Matemática do IBC, cargo que exerceu por três décadas.
A ação docente não o impediu de realizar outras tarefas. *Conciliava* suas aulas com a chefia da Seção de Educação e Ensino, setor
que nos dias correntes, equivale ao Departamento de Educação (DED); mais adiante, passou a chefiar a *Revista Brasileira para Cegos*;
sua caminhada administrativa *culminou* com a nomeação em 7 de janeiro de 1970 para diretor-
-geral do Instituto Benjamin Constant.
Renato Malcher foi o primeiro profissional cego a dirigir a primeira instituição especializada na educação de pessoas com deficiência
visual na América Latina.
Químico, professor e autor de livros de Matemática, gestor. Podemos dizer ter sido ele um homem múltiplo, mas de ideias e de
iniciativas sólidas e equilibradas. Sua presença serena e discreta punha à mostra uma personalidade transparente, que lhe conferia
proximidade, confiabilidade; o respeito de todos.
Senso de justiça, preocupação com o aluno que demonstrasse dificuldades em sua disciplina, amabilidade irrestrita, conduta
refinada e *irrepreensível* são características que preservam a memória de um dos mais fortes, entre tantos pilares que sustentam a
força de nossa história.
Em 7 de junho de 1983 desaparecia nosso eterno professor de Matemática. Um homem ímpar, um educador na essência da palavra.
A adversidade torceu o destino do homem que, em princípio ligado à Ciência, converteu-se em grande professor.
Firmeza, seriedade, compromisso: eis o trinômio que define Renato Monard da Gama Malcher.
É justo, pois, celebrá-lo nas comemorações dos 60 anos da *Pontinhos*, uma de suas realizações mais delicadas e educativas.
Exame de suficiência: Vestibular da época.
tre e pessoa muito respeitada,
No ano de 1959 criou a Pontinhos, que pelo IBC passou a ser publicada.
Textos curtos, trazendo-nos cultura e recreação,
Importante ela se mostrou no decorrer da sua jornada,
Não somente pras crianças e pros jovens, mas também para nós de outra geração,
Homens e mulheres maduros, que não dispensamos a sua apreciação.
Os que a conduziram em diferentes épocas, por sua dedicação merecem ser lembrados.
Somos gratos então ao seu criador, pelo Educar recreando, Convencer esclarecendo e Instruir divertindo,
Servindo sempre como lema e como lição.
mas a pessoa não está mais ali.”
Q10: Narrador: “Luís segura aquela bengala com o ar mais pensativo que já teve na vida. Não consegue entender o que aconteceu, mas
se sente feliz porque pôde salvar uma vida. Sendo ele como é, preocupado com tudo e com todos, isso era muito importante."
Q11: Narrador: “Ao chegar em casa, coloca a bengala no cabideiro, prepara-se para jantar e depois dormir.”
Q12: Narrador: “Porém não consegue pregar o olho. ~“Que coisa intrigante! Fiquei cego, e $"vi$" coisas que não vi enxergando...~””
Q13: Narrador: “Não aguentou de curiosidade, pegou a bengala (com a mão direita) e foi até a biblioteca do avô. Começou a folhear
os livros em busca de uma explicação científica para o ocorrido.”
Q14: Narrador: “Mas, de repente, sem que percebesse, passou a bengala para a mão esquerda e tudo virou ~"noite~" novamente.”
Q15: Narrador: “Com a mão direita livre, ele tateou e virou a página. Qual não foi sua surpresa ao perceber que as letras do livro
tinham virado pontinhos em relevo, ou seja, sua mão tinha transformado o texto impresso em tinta, em braille.”
Q16: Narrador: “Luís ficou encantado com o que estava acontecendo, mesmo sem visão, ele poderia continuar lendo!!! Mas precisaria
aprender braille. Aprenderia!!!"
Q17: Narrador: "Só então percebeu que a bengala na mão esquerda o tornava uma pessoa cega, mas neste momento a sua mão direita
tinha o superpoder de fazê-lo ~"enxergar~". Poderia salvar pessoas com sua bengala e ler tudo que quisesse, mesmo estando cego. Por
isso, Luís disse: ~"Eu serei o SUPERBRAILLE!~""
“Fim”_`]