PONTINHOS Ano LX, n.o 370, julho/setembro de 2019 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Educação, Cultura e Recreação Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1959 por Renato M. G. Malcher Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 E-mail: ~,revistasbraille@ibc.~ gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Brasil Pátria Amada

Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial: Carla Maria de Souza, Heverton de Souza Bezerra da Silva e João Batista Alvarenga Colaboração: Daniele de Souza Pereira e Regina Celia Caropreso Revisão e Copidesk: Carla Dawidman Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~,

¨ I Pontinhos: revista infantojuvenil para cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n. 1 (1959) -- Rio de Janeiro: Divisão de Imprensa Braille, 1959 --. V. Trimestral Impressão em braile ISSN 2595-1017 1. Infantojuvenil -- Cego. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Pontinhos. II. Revista infantojuvenil para cegos. III. Ministério da Educação. IV. Instituto Benjamin Constant. CDD-028.#ejhga Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

¨ III Sumário Seção Infantil Cantigas de Roda ::::::: 1 Trava-Línguas :::::::::: 3 Cordel :::::::::::::::::: 3 Histórias para Ler e Contar Pique-esconde ::::::::::: 6 Dormir fora de casa ::::: 8 Lenda das rosas ::::::::: 10 A menina e o vampiro :::: 15 Leio, Logo Escrevo :::: 19 Seção Juvenil Quebra-Cuca :::::::::::: 22 Você Sabia? O segredo do camaleão ::: 27 O mundo é dos ratos ::::: 29 As grandes famílias das moscas domésticas :::::: 30 Curiosidade sobre o calendário ::::::::::::: 31

Vamos Rir? ::::::::::::: 33 Historiando Museu Nacional do Rio de Janeiro :::::::::::: 36 Leitura Interessante A Carta da Terra -- Como surgiu e o que é este documento ::::::::: 43 Fascinante história do McDonald's ::::::::::: 46 Cuidando do Corpo e da Mente Coma com consciência :::: 53 Leio, Logo Escrevo :::: 58 Tirinhas :::::::::::::::: 60 Espaço do Leitor ::::::: 66 Seção Infantil Cantigas de Roda A barraquinha Vem, vem, vem Sinhazinha Vem, vem, vem Sinhazinha Vem, vem para provar Vem, vem, vem Sinhazinha Na barraquinha comprar Pé de moleque queimado Cana, aipim, batatinha Ó quanta coisa gostosa Para você Sinhazinha. :::::::::::::::::::: Vai abóbora Vai abóbora vai melão de melão vai melancia Vai jambo sinhá, vai jambo sinhá, vai doce, vai cocadinha

Quem quiser aprender a dançar, vai na casa do Juquinha Ele pula, ele dança, ele faz requebradinha. :::::::::::::::::::: Vamos maninha Vamos maninha vamos, Lá na praia passear Vamos ver a barca nova que do céu caiu no mar Nossa Senhora está dentro, Os anjinhos a remar Rema rema remador, que este barco é do Senhor O barquinho já vai longe E os anjinhos a remar Rema rema remador, que este barco é do Senhor (bis). õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Trava-Línguas Fia, fio a fio, fino fio, frio a frio. A naja egípcia gigante age e reage hoje, já. Ao longe *ululam* cães lugubremente à lua. A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada. Vocabulário Ulular: v. Uivar. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Cordel O cordel que você vai ler pode ajudar a esclarecer algumas dúvidas de ortografia. O autor encontrou um jeito divertido de fazer você prestar

atenção ao que escreve e ao que lê. Será que você consegue encontrar o erro antes de ele mostrar? Matemática *nóis* não sabe *mais* Português *nóis distrói* Autor: Janduhi Dantas “*Espasso* de beleza” Escrito desse jeitinho ficou a maior feiura Esse espasso de beleza só gente feia procura! Botar em vez de *ss* *c* cedilhado é a cura. “Aluga-se uma casa, dois quartos, sala, cozinha e *banhero*. Tel.: 8723... (água e *luiz* já incluso)” Quem alugar essa casa espero seja feliz: tem água, não tem banheiro,

não tem luz, mas tem *Luiz*... Me deram de graça a casa pra eu morar e eu não quis! “Corto cabelo e pinto” Escrever de nós exige atenção, cuidado, zelo. Aí, nessa barbearia, pra não haver atropelo, melhor seria escrever “Eu corto e pinto cabelo”. “*Lonbada*” Chofer bom de ortografia, vendo *n* na lombada talvez com o susto que leve dê uma brusca freada, pois antes de *p* e *b* não *n*, *m* é colocada. “Marcelo *taxi*. Cel: 9135... *Viage* com segurança” Na *viage* desse *taxi* não creio haver segurança pois só viagem com *m* pode inspirar confiança; e táxi bom tem acento sabe disso uma criança. “*Ágoa* R$1,00” Nessa *ágoa* desse jeito eu não vou dar um real: se não beber água boa, com certeza passo mal e talvez seja o meu fim cemitério ou hospital. “Respeito! *Prezerve* a natureza” Respeitar e preservar a nossa mãe natureza são atitudes que todos devemos ter com certeza, mas também que se preserve nossa língua portuguesa. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Histórias para Ler e Contar Pique-esconde O macaco brincalhão, fazendo palhaçada, quer brincar de pique-esconde com toda a bicharada. O coelho bem ligeiro foi para trás de um coqueiro mas, e agora? deixou as orelhas de fora! A girafa encolhidinha atrás do galho, ficou quietinha, mas, e agora? deixou o pescoço de fora! O filhote de elefante atrás do matinho ficou bem escondidinho, mas, e agora? deixou a tromba de fora! O gambá entrou numa toca e se escondeu bem direitinho, mas, e agora? espalhou o cheirinho lá fora! A arara depois de muito trabalho conseguiu se esconder... não deixou nada de fora mas, e agora? ah, que pena! a matraca fez barulho o seu bico não calou e num instante o macaco a encontrou. :::::::::::::::::::: Dormir fora de casa Ronaldo Simões Coelho A menina ficou entusiasmada com o convite. Ia passar o dia na casa de uma colega e dormir fora de casa pela primeira vez. Preparou sua bagagem. Encheu uma sacola que a mãe examinou. Havia camisola, escova de dentes, brinquedo. A mãe tirou umas coisas e colocou outras. Bem feliz, carregando sua boneca preferida, a menina

partiu. Passou um dia muito bom. (...) A noite foi chegando... Dormir fora de casa não estava lhe parecendo agora, tão bom como havia pensado. Estava com vontade de chorar, ficou meio triste, meio sem graça. Queria a mãe perto, queria sua cama, suas coisas. Fez uma carinha boa e pediu: -- Posso telefonar para a mamãe? Mamãe havia saído. O jeito era aguentar firme. Distraiu-se com os brinquedos. O sono veio devagarzinho. Dormiu abraçada com a boneca falando baixinho no seu ouvido: -- Pode dormir sossegada que eu estou aqui com você. ::::::::::::::::::::

Lenda das rosas Não sabemos o que, nesta história, é verdade ou lenda; o importante é que ela nos leva a pensar em amor, caridade e no bem que deveríamos fazer uns aos outros, lembrando que ninguém pode ser feliz enquanto houver criaturas infelizes. Ela tem origem em Portugal; o povo português contribuiu muito para a formação do nosso povo, ainda que não tenha feito isso de forma democrática. D. Diniz era um rei perverso. Cobrava cada vez mais impostos de seu povo, sem se apiedar daqueles que não tivessem dinheiro para pagar. Prendia aqueles que se recusassem a pagar os impostos, obrigando as mulheres e seus filhos a trabalharem como escravos.

Isabel, sua esposa, ao contrário, era doce, meiga e delicada. Tratava os empregados com delicadeza e bondade e tinha pena do povo tão maltratado por seu esposo, mas não podia fazer muito, já que o marido não a ouvia. Não podia fazer abertamente, mas à noite, depois que todo o palácio dormia, ela saía, vestindo roupas de camponesa para que ninguém a descobrisse. Levava pão, frutas e vários mantimentos, e distribuía ao povo mais pobre. Muitos imaginavam que era um anjo que descia do céu, mas ninguém sabia que era a rainha. No dia seguinte, quando o rei despertava, Isabel estava *placidamente* deitada ao lado do marido como se nada tivesse acontecido.

Certo dia, porém, um dos *lacaios* do rei descobriu a rainha saindo e foi atrás dela. Entendendo tudo o que era feito, contou ao rei. Furioso, D. Diniz quis dar uma lição na mulher em público. Seria complicado trancá-la numa torre por um ato daqueles. Ela não havia feito uma traição conjugal e a cozinha era tão abarrotada de alimentos que ele não poderia dizer que dera falta. Mas não admitia que sua rainha se misturasse com os plebeus e levasse o alimento de seu palácio. Tinha que expô-la para castigá-la. Sem que ela soubesse, reuniu alguns nobres e ministros altas horas da noite, e quando Isabel ia saindo, com o avental repleto de pão e um cesto cheio de frutas, apareceu no caminho assustando-a.

-- Posso saber onde vai minha esposa e rainha a estas horas da noite, quando deveria estar dormindo? -- perguntou zangado. Apesar do medo e do susto, Isabel pediu, mentalmente, ajuda aos céus, e conseguiu manter a calma. -- Vou à capela da Santa Mãe de Jesus orar pelo meu rei, porque sinto que o povo está muito revoltado e temo por vossa segurança -- respondeu. Aquela mentira deixou-o mais irritado. -- E por que levas o avental fechado como se nele transportasse alguma coisa, e este cesto? -- São rosas que levo para a Santa a fim de conseguir a proteção para o meu rei -- insistiu ela, acreditando que sua vida estava perdida.

-- Pois então, deixe que eu veja se estas rosas estão belas o bastante para o altar da Virgem -- fez o rei com raiva e num puxão só, abriu o avental e derrubou o cesto. Para espanto de todos, inclusive de Isabel, tanto do avental quanto do cesto surgiram apenas rosas. Rosas brancas, amarelas, vermelhas, liberando um perfume maravilhoso e com um *viço* incomum. Nenhum sinal de pão ou frutas. Entendendo o que havia acontecido, D. Diniz concluiu que a mulher tinha a proteção divina e, ajoelhando-se diante dela, disse: -- Sim, minha rainha. Levas rosas. As rosas da humildade, da solidariedade e da justiça que nunca aprendi a cultivar. Daquele dia em diante, D. Diniz tornou-se um rei diferente e o povo não teve mais ódio dele. Isabel ficou conhecida como a rainha santa e as rosas, em Portugal, se tornaram símbolo da humildade e da caridade. Vocabulário Placidamente: adv. Tranquilamente, sossegadamente. Lacaio: s. m. Criado, adulador, bajulador. Viço: s. m. Vida, força, energia, vigor. :::::::::::::::::::: A menina e o vampiro Emílio Carlos Era uma vez uma menina chamada Patrícia, que adorava sair para brincar na rua longe da sua mãe. A mãe sempre avisava:

-- Patrícia, não vá muito longe. Mas não adiantava. Ela não obedecia. Começou a brincar perto de casa, com os vizinhos. Logo estava brincando no fim da rua. Depois no outro quarteirão. E no outro. A mãe saía atrás da filha: -- Patrícia! Hora de fazer tarefa! Às vezes, sabe o que a menina fazia? Escondia-se atrás de uma árvore ou de um muro para que a mãe não a visse, e ela não precisasse fazer a tarefa. Um dia, a garota saiu de casa depois do almoço. Foi brincando e brincando cada vez mais longe, e quando deu por si, estava em outro bairro, sozinha, longe de tudo o que conhecia. Para piorar anoitecia e ela longe de casa. Era a primeira vez que ia tão longe. -- Deixe-me ver: se eu for reto aqui saio na rua do meu bairro. E como tinha descoberto o caminho de casa começou a andar lentamente de volta, brincando pelo caminho. A noite caiu e Patrícia continuava a andar de volta. Passou por um beco escuro e nem percebeu que dois olhos brilhantes a observavam. A menina ia calmamente pela rua. E do beco escuro saiu um vulto que a seguiu. Ela andava tranquila. E o vulto a acompanhava de perto. De repente, o vulto pisou no rabo de um gato, que miou. Patrícia olhou para trás e viu pelo canto dos olhos ele se aproximar. E começou a andar mais rápido. O vulto também começou a andar mais rápido. A menina apertou o passo e o seu seguidor também. A garota olhou para trás e pôde ver o brilho de dois dentes caninos pontiagudos. Agora ela tinha certeza: era um vampiro que estava atrás dela! Começou a correr; o vulto corria também. Só que como ele era adulto corria mais do que ela. E estava se aproximando rápido. Rápido. Cada vez mais rápido. Patrícia corria, mas não conseguia fugir. O vampiro estava bem perto dela agora. A menina estava quase ao alcance de suas mãos. E corria o mais que podia. Ele até deu uma risada enquanto ia pra cima de sua vítima. Por sorte, nessa hora, o vampiro pisou numa casca de banana e caiu de cabeça no chão. Ficou meio tonto e Patrícia conseguiu chegar na rua de sua casa. Entrou em casa como um foguete e fechou a porta atrás dela. Contou toda história para sua mãe e prometeu: -- De hoje em diante só brinco no portão de casa. Fonte com alterações: ~,http:ÿÿwww.qdivertido.~ com.brÿverconto.php?codigo=~ 41~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leio, logo escrevo -- textos dos alunos do IBC Primeira Fase Nome: Eduarda Frade Turma: 503 (redigido em novembro de 2018) Um novo final Na história que nós lemos, os ratos estavam desesperados porque quando saíam para comer, eram perseguidos pelo gato Faro-Fino, que não deixava eles em paz. Eles fizeram uma reunião para encontrar um jeito de se livrarem do gato. Um deles deu a ideia de amarrar um guizo no gato, porque assim, quando Faro-Fino estivesse se aproximando, eles saberiam e correriam, mas quem ia chegar perto para colocar o guizo? Deu ruim!... A história acaba assim, mas acho que ela podia ter outro final. Eles precisavam de uma solução. Não podiam se entregar. Tinha que ter uma lei que protegesse eles. Um dia, então, aproveitando que o gato dormia, duas ratinhas mais corajosas saíram escondidinhas e foram pedir ajuda ao papagaio que era um ótimo advogado. Contaram toda a história e o papagaio disse: -- Quem está há mais tempo na casa? Vocês ou o gato? -- ele perguntou. -- Nós. Aquele gato chegou lá agora e já quer mandar em tudo -- disseram elas. -- Então, é tranquilo. Vamos falar com o juiz, o jabuti, e explicar para ele que o caso não pode demorar. É de solução rápida. As ratinhas foram com ele, falaram com o juiz que logo mandou o cachorro, Oficial de Justiça, para chamar o gato para falar também. Afinal, é preciso ouvir as duas partes. -- Senhor juiz, eu só me alimento. Não posso ser proibido de comer -- protestou o gato. -- Certo, mas você invadiu o espaço deles e agora não lhes dá nenhuma chance. Isto não está certo. Determino que você procure outro canto para viver e lá sim, saia como todo gato deve fazer, para caçar e não fique esperando que a comida apareça com facilidade. Olhe como você está gordo e

estas ratinhas magras! A disputa está desleal -- decretou o juiz. Faro-Fino teve que ir embora e os ratos ficaram tranquilos em sua casa. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Seção Juvenil Quebra-Cuca Desafios 1- Baú das Sílabas Observe as pistas para achar a palavra que você precisa formar com as sílabas do baú. A sílaba pode aparecer em mais de uma palavra, mas não pode haver nas palavras sílabas que não estejam no baú. a) Árvore de onde se tira o material para fazer a borracha b) Capital do estado do Mato Grosso

c) Gado suíno é a criação de... d) Tipo de casa usada pelos esquimós e) Invenção de Santos Dummont Baú: por -- ão -- se -- glu -- guei -- cos -- a -- ra -- cui -- vi -- i -- ba -- rin 2- As letras *e c h o o l*, depois de colocadas em ordem, são o nome de: a) um oceano b) um país c) uma cidade d) um animal e) um estado 3- Depois de ordenadas as letras, uma das palavras abaixo não tem nenhuma relação com as outras. Qual é a palavra?

a) l p a e p b) a l i s p c) e r f o r d) r a h c o b a r e) a c e n a t 4- Um elevador sai do andar térreo com uma pessoa; no andar seguinte entram duas pessoas; no outro, entra uma pessoa e saem duas; no próximo, saem duas e entra uma; no seguinte entram três e, no último, sai uma pessoa. Quantos andares o elevador subiu? 5- A mãe de Alice tem 4 filhas: Xaxá, Xexé, Xuxu. Qual o nome da 4ª filha? 6- No número 1.467, se mudarmos o algarismo das unidades de milhar pelo algarismo das dezenas, obtemos o número:

a) 6.147 b) 4.167 c) 6.417 d) 7.461 7- Quando você pegou o telefone para ligar para sua melhor amiga, eram 12 horas e 23 minutos. Um pouco depois você notou que eram 12 horas e 50 minutos. Quantos minutos você ficou falando ao telefone? 8- Qual é a forma correta? a) Trabalho nesta empresa a dez anos. b) Trabalho nesta empresa há dez anos. 9- Qual é a forma correta? a) A reunião começará ao meio-dia e meia. b) A reunião começará ao meio-dia e meio.

Respostas 1- a) seringueira b) Cuiabá c) porcos d) iglu e) avião 2- Letra d. Coelho 3- letra c (papel, lápis, ferro, borracha, caneta) 4- 5 andares 5- Alice 6- Letra c 6.417 7- 27 minutos 8- Letra b. Explicação: Para indicar tempo passado, usa-se “há”. O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância (A empresa fica a dez minutos do centro). 9- Letra a. Explicação: Devemos utilizar a expressão meio-dia e meia sempre que quisermos nos referir à

décima segunda hora do dia mais trinta minutos, ou seja, o meio-dia mais meia hora. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Você Sabia? O segredo do camaleão O mistério de como o camaleão consegue capturar animais maiores apenas com a língua parece ter sido resolvido. Muitos répteis pegam a presa com a língua usando uma superfície áspera ou um muco viscoso *expelido* pelo órgão que prende o alvo. Entretanto, essa técnica funciona muito bem com pequenas presas, mas não explica como os camaleões conseguem agarrar animais maiores, como um pássaro ou até mesmo um lagarto. Cientistas da Universidade da Antuérpia, na Bélgica, usaram câmeras de alta velocidade para ver como o camaleão faz este truque *estupendo*. A gravação mostrou que a língua muda de formato pouco antes de entrar em contato com a presa. “Em um par de milissegundos, antes da língua atingir o alvo, seu final adquire o formato de uma luva de beisebol", afirmou o pesquisador Anthony Herrel. Depois que a língua se gruda à presa, dois músculos em lados opostos se contraem rapidamente. Isto faz com que a presa fique bem firme. Vocabulário Estupendo: adj. Que causa assombro, espanto e admiração. Expelido: adj. Lançado para fora. ::::::::::::::::::::

O mundo é dos ratos Há mais de 1.700 espécies de ratos distribuídas pelo mundo, dentre as quais cerca de 125 estão classificadas como pragas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima, para o desespero das mulheres, que haja cerca de três ratos por habitante no mundo, o que resultaria em cerca de 21 bilhões. Todo estrago que os roedores fazem não se deve apenas à disputa por comida com os humanos, mas também ao fato de que eles precisam gastar seus dentes de alguma forma, pois os mesmos crescem incessantemente, por isso eles acabam roendo borracha, isopor e qualquer outra coisa que caia em suas patas. ::::::::::::::::::::

As grandes famílias das moscas domésticas Uma mosca doméstica vive cerca de três a oito semanas. Neste meio tempo, ela produz de 400 a 1.000 ovos. Toda essa fertilidade faz com que uma fêmea possa ter seu número de descendentes, enquanto viva, escrito com 13 dígitos (ou seja, cerca de um quatrilhão de parentes, entre filhos, netos e bisnetos). Além de ter famílias muito grandes, a mosca também é muito suja para alguém do seu tamanho. Um único *espécime* pode carregar consigo aproximadamente 1.250 milhões de bactérias. Vocabulário Espécime: s. m. Amostra, exemplar, modelo, tipo. ::::::::::::::::::::

Curiosidade sobre o calendário O primeiro calendário foi criado por Rômulo no ano 753 da fundação de Roma. O ano tinha 304 dias e dividia-se em 10 meses. Rômulo começava o ano em 1º de março. Numa Pompílio, sucessor de Rômulo, estabeleceu o ano de 155 dias, dividido em 12 meses. Mais tarde, Júlio César reformulou o calendário, com a ajuda do astrônomo Sosígenes. Decidiu que o ano comum seria de 365 dias e que, para ajustar o ano solar ao ano sideral, se acrescentasse um dia de quatro em quatro anos. O ano de 366 dias recebeu o nome de "bissexto". Esse calendário passou a ser usado a partir de 45 a.C. e foi batizado de "juliano" em homenagem a Júlio

César. Acontece que ao arredondar o ano para 365 dias e seis horas, Júlio César arrumou outra confusão. Em 1582, por conta desse erro de 11 minutos e 14 segundos, a diferença entre o ano e o ano solar era de 13 dias. O papa Gregório XIII corrigiu o calendário. Para isso tirou 10 dias do ano, ordenando que após 4 de outubro de 1582 se passasse para 15 de outubro. Estabeleceu também que o último ano dos três próximos séculos, ou seja, 1700, 1800, 1900, não seriam bissextos. Já 2000 foi bissexto. A intenção era ajustar o calendário da Terra ao movimento de translação. O calendário gregoriano é quase universal. Mesmo em alguns países não cristãos, ele foi adaptado às próprias tradições ou adotado apenas para uso civil, mantendo-se outro

calendário para fins religiosos. Fonte: *Guia dos curiosos*: ~,http:ÿÿplantaodaeducacao.~ blogspot.comÿ2009ÿ06ÿ~ curiosidade-sobre-o-~ calendario.html~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vamos Rir? Certo dia, uma menina estava sentada observando sua mãe lavar a louça na cozinha. De repente, percebeu que ela tinha vários cabelos brancos em sua cabeleira escura. Ela olhou para a mãe e lhe perguntou: -- Por que você tem tantos cabelos brancos, mamãe? A mãe respondeu: -- Bom, cada vez que você faz algo errado e me faz chorar ou me deixa triste, um de meus cabelos fica branco. A menina pensou um pouco e logo disse: -- MÃEEEEE! O que você fez pra vovó que ela está com todos os cabelos brancos???? A professora pergunta para o Paulinho: -- Onde fica a América? E o Paulinho responde apontando com o dedo no mapa. A professora, então, pergunta para o Pedro: -- Quem descobriu a América, Pedro? E Pedro responde, sem pestanejar: -- Foi o Paulinho, professora! O irmão e a irmã entram em casa machucados. A mãe ficou preocupada e quis saber o que tinha acontecido. A irmã disse: -- É que eu escorreguei em uma casca de banana e caí. A mãe perguntou: -- E você, meu filho, como se machucou? -- Eu ri do tombo dela. Fonte: ~,http:ÿÿwww.piadas.~ com.br~, O que é, o que é? O que é, o que é? Feito para andar e não anda. A rua. O que uma impressora disse para a outra? Essa folha é tua ou é impressão minha? O que é, o que é? Quanto mais rugas tem, mais novo é. O pneu. O que é, o que é? Nunca volta, embora nunca tenha ido. O passado.

O que a esfera disse para o cubo? Deixa de ser quadrado. O que é, o que é? Todo mês tem, menos abril. A letra "o". Por que algumas crianças colocam açúcar debaixo do travesseiro? Para ter doces sonhos. Fonte: ~,https:ÿÿwww.todamateria.~ com.brÿadivinhas~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Historiando Museu Nacional do Rio de Janeiro Criado por D. João VI (1818), e instalado no antigo Palácio Imperial de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, o Museu Nacional do Rio de Janeiro comemorou seu bicentenário em junho de 2018 e, alguns meses depois, em 2 de setembro, foi destruído por um incêndio de grandes proporções. Era o maior museu de História Natural e *antropológico* da América Latina, com mais de 20 milhões de peças e uma biblioteca com 537 mil livros, incluindo obras raras, como um exemplar de História Natural (1481), e um importante centro de pesquisa e estudo integrado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desde 1946. Recebia, em média, 150 mil visitantes por ano. De 1889 a 1891, o edifício *Neoclássico* sediou a Assembleia Constituinte do Brasil antes de receber o Museu Real (1892), localizado até então no centro do

Rio de Janeiro. O Palácio de São Cristóvão estendia-se por 11.400 mâ2 dos quais 3.500 mâ2 eram destinados às salas de exposição, abrigando, por exemplo, a coleção egípcia (com múmias de três mil anos de idade). O museu era particularmente conhecido por seu departamento de *Paleontologia*, com mais de 26 mil fósseis, incluindo o esqueleto de um dinossauro descoberto em Minas Gerais (MG), além de exemplares de espécies extintas, como preguiças gigantes e tigres- -dentes-de-sabre. Sua coleção de antropologia biológica incluía o mais antigo fóssil humano descoberto no Brasil, conhecido como “Luzia”. Graças à perícia dos especialistas, um mês após o incêndio o fóssil pôde ser recuperado. Com 6,5 milhões de espécimes, o departamento de zoologia contava com uma coleção excepcional de peixes (600 mil) e anfíbios (100 mil), além de moluscos, répteis, conchas, corais e borboletas. Já o *herbário* (1831) possuía 550 mil plantas. Dedicado à pesquisa e ao ensino desde 1927, o Museu Nacional do Rio de Janeiro é a instituição científica mais antiga do país com pesquisadores e laboratórios que ocupavam grande parte do seu espaço. Ao longo do século passado, desenvolveu-se uma política de intercâmbio internacional, o que permitiu que importantes personalidades científicas do século XX visitassem o museu, como Albert Einstein e Marie Curie. No entanto, em agosto de 1995, o prédio já havia sofrido danos extensos após tempestades que danificaram o

departamento de *Arqueologia*. Os danos também foram significativos no setor dos *paleovertebrados*; algumas partes de um esqueleto de um Tiranossauro se dissolveram com o temporal. Também passou por significativas dificuldades orçamentárias, sendo fechado temporariamente, em 2015, “por falta de recursos para sua manutenção”, segundo reconheceu o então ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. Atualmente, o Museu Nacional oferece cursos de pós- -graduação (*stricto e lato sensu*) aos quais se vinculam projetos, grupos de pesquisa e a Extensão Universitária, a despeito das dificuldades encontradas. Esperamos que novos investimentos ajudem a resgatar o que for possível, possibilite um trabalho cada vez melhor, e

mais amplo, para que boa parte de nossa história seja resgatada. Fonte com alterações: ~,https:ÿÿistoe.com.brÿ~ museu-nacional-do-rio-de-~ janeiro-o-maior-museu-de-~ historia-natural-da-~ america-latina~, Nota da Comissão Editorial Albert Einstein (1879-1955): Físico e matemático alemão, entrou para o rol dos maiores gênios da humanidade ao desenvolver a Teoria da Relatividade. Recebeu o Prêmio Nobel de Física por suas descobertas sobre a lei dos efeitos fotoelétricos. Marie Curie (1867-1934): Cientista polonesa. Descobriu e isolou os elementos químicos, o polônio e o rádio. Foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física e a primeira mulher a lecionar na Sorbonne. Vocabulário Antropológico: adj. Relativo à Antropologia, ciência que estuda a espécie humana, tendo em conta a sua origem, desenvolvimento (físico, social, cultural), modo de agir, peculiaridades raciais, costumes, crenças. Arqueologia: s. f. Ciência que, utilizando processos como coleta e escavação, estuda os costumes e culturas dos povos antigos através de materiais fósseis, artefatos e monumentos que restaram da vida desses povos. Herbário: s. m. Coleção de plantas dessecadas, conservadas e organizadas segundo uma sistemática, para fins de pesquisa científica. Neoclássico: s. m. Movimento cultural que se desenvolveu entre meados do século XVIII e nas primeiras décadas do século XIX. Paleontologia: s. f. Ciência que estuda as formas de vida existentes em períodos geológicos passados, a partir dos seus fósseis. Paleovertebrado: s. m. Fóssil de animal vertebrado. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leitura Interessante A Carta da Terra -- Como surgiu e o que é este documento Desde 1987, vários grupos da ONU (Organização das Nações Unidas) têm se mostrado preocupados com a questão do desenvolvimento sustentável e da sobrevivência no

planeta. A partir daí, surgiram grupos para discutir o assunto envolvendo representantes de vários países do mundo, inclusive o Brasil; depois de discussões, modificações e estudos chegou-se ao documento, hoje conhecido como Carta da Terra, aprovada pela ONU no ano 2000. A Carta da Terra é a reunião de princípios que devem ser seguidos pelos países que a aprovaram para que se garanta a vida do planeta e no planeta. Ela nos dá a esperança de uma vida mais justa e melhor para todos os povos, onde os mais favorecidos devem pensar nos menos favorecidos para que possamos viver da forma mais equilibrada possível. Não reúne leis, pois cada país tem autonomia para fazer as suas, concordando ou não com ela, mas apresenta ideias que devem orientar as leis dos países que quiserem adotá-la como princípio para seus cidadãos. É uma tentativa de valorizar, enriquecer e garantir o que ainda temos. Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo se torna cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta cada vez mais perigos. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no mundo, no meio de uma magnífica diversidade de criaturas e formas de vida, somos uma família humana, uma comunidade terrestre com um destino em comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável, global, baseada no respeito pela natureza, pelos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. Para chegar a esse propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade, uns para com os outros, com a grande comunidade e com as futuras gerações. Fonte: ~,www.onu.org~, :::::::::::::::::::: Fascinante história do McDonald's Atualmente, o McDonald's é uma das principais redes de *fast food* do mundo. A hamburgueria já atendeu cerca de 68 milhões de pessoas nos mais de 100 países em que atua, desde 1940, com os mais diversos cardápios de hambúrguer, que agradam a muitos. Porém, a história por trás do McDonald's é desconhecida e surpreendente.

Tudo começou, em 1937, quando Patrick McDonald decidiu abrir um estande de comida chamado, *The Airdrome*. Três anos depois passou o estande para os seus filhos, Richard e Maurice McDonald, que abriram o primeiro restaurante do McDonald's na Califórnia com um *menu* de 25 itens de churrasco. Na época, os produtos mais vendidos eram os hambúrgueres. Sendo assim os irmãos decidiram vender este produto a nove centavos, o que trouxe enorme sucesso. Em 1952, os McDonald resolveram franquiar o restaurante e a primeira *franquia* foi aberta no Arizona (EUA). O sucesso do restaurante foi tão grande, que levou o vendedor de bebidas batidas, Ray Kroc, pediu aos irmãos que o deixassem fazer a franquia dos restaurantes McDonald's fora da Califórnia e do Arizona. Foi quando ele abriu uma filial na Disneylândia. Em 1958, 18 anos após o início do McDonald's, o restaurante já havia vendido 100 milhões de hambúrgueres. Um ano depois, a empresa começou a fazer anúncios em *outdoor*. Apesar do sucesso feito pela rede de *fast food*, em 1961, os irmãos McDonald resolveram vender os direitos empresariais para Kroc, por mais de dois milhões de reais. Na época, ele decidiu reformular a empresa e alterar o *logotipo*, usando apenas um “M” dourado. Um ano depois, o McDonald's apareceu na revista *Life*, a primeira a ceder espaço para a empresa. Naquela mesma temporada, o restaurante se tornou o primeiro a ter assentos no estado do Colorado (EUA). No ano seguinte, o bilionésimo hambúrguer foi vendido e peixes passam a ser incluídos no cardápio. Já em 1967, o McDonald's abre o primeiro restaurante fora dos EUA. Um ano mais tarde, o famoso Big Mac começou a ser comercializado, e passou a ser o hambúrguer mais vendido da empresa. Trinta e dois anos após o início da história do McDonald's, a empresa havia gerado cerca de um bilhão em vendas através de 2.200 restaurantes. No entanto, o famoso *drive-thru* só foi aberto, pela primeira vez, em 1975, no Arizona. Nessa mesma época, o novo McMuffin foi introduzido. Até o final de 1983, o McDonald's já estava em 32 países com 7.778 restaurantes. Em 1985, a primeira loja do McDonald's foi reaberta como um museu. E, quatro anos depois, o primeiro restaurante coreano e sérvio foram lançados. Além disso, a revista *Fortune* nomeou os hambúrgueres do McDonald's como um dos 100 melhores produtos da América. Em 2001, a empresa McDonald's se envolveu em uma grande polêmica. Na época, o FBI afirmou que a empresa Simon Worldwide, contratada para os serviços de *marketing* de promoção da McDonald's Monopoly, roubou 20 milhões de dólares de peças vencedoras. A crise na imagem resultou em perdas para a rede de *fast food*. Depois disso foi necessário que a rede saísse de alguns países e fechasse várias de suas lojas. Com o objetivo de promover uma imagem mais saudável e de melhor qualidade, em 2003, o McDonald's começou a campanha, "Amo muito tudo isso!".

No cardápio, foram introduzidos novos pratos, como saladas *premium*, McGriddles e frango selecionado. Em 2010, a Subway rouba o título de maior cadeia de marca única e maior operador de restaurante global. Dois anos depois, os *menus* do *drive-thru* começam a expor o número de calorias dos produtos. Recentemente, o McDonald's exibiu um relatório de crescimento dos últimos 10 anos, e ainda trabalharam na campanha, "Siga Nossos Passos Alimentícios", uma história de realidade virtual mostrando cada passo da produção da fazenda até a mesa. Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ fatosdesconhecidos.com.~ brÿessa-e-fascinante-~ historia-mc-donalds~,

Vocabulário Franquia: s. f. Contrato em que o detentor dos direitos de uma marca registrada concede, mediante pagamento ou outras condições, licença para que outra pessoa ou instituição utilize sua marca. Logotipo: s. m. Símbolo que, composto por uma imagem, pela estilização de uma letra ou pelo agrupamento de letras de modo a formar um *design* particular, serve para identificar uma empresa, marca, produto. (Estilização -- letra com desenho diferenciado). *Outdoor*: s. m. Anúncio em forma de cartaz, painel múltiplo, painel luminoso, geralmente de grandes dimensões, exposto à margem de

vias urbanas ou em outros pontos ao ar livre, destacados para tal. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Cuidando do Corpo e da Mente Coma com consciência Estudos realizados com a população brasileira revelam mudanças nos hábitos alimentares. Entre a população vem ocorrendo substituição de alimentos tradicionais, como o arroz e feijão, por alimentos de baixo conteúdo nutricional e alta concentração energética, como *fast food* e as guloseimas. É comum que esta denominação refira-se, com frequência, à comida vendida em lojas de grandes redes de alimentação, como sanduíches, batatas fritas e *pizzas*, porém este conceito também se aplica a outros tipos de refeições preparadas com rapidez. A cultura do *fast food* chegou por intermédio da vida com menos tempo e mais obrigações. Assim, refeições prontas em menos de 10 minutos e extremamente saborosas se tornaram o alvo principal para a população. Antes da *implementação* desse sistema, o momento da refeição, e todo o seu ritual, tinha outro significado. Hoje, comer *fast food* é um novo hábito e ainda exerce, sobre nós, um imenso fascínio social; enquanto uns veem nessa forma de comer uma necessidade, outros encontram o prazer, a realização, o lazer e o *status*. Em 1986, surgiu a denominação *slow food*, para *contrastar* com o conceito de

*fast food*. O movimento prega a melhoria da qualidade da alimentação com um maior tempo para prepará-la e saboreá-la! O princípio básico dessa filosofia de vida é o direito ao prazer na alimentação, utilizando produtos naturais de qualidade especial, produzidos de forma que se respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção dos alimentos. Bom, limpo e justo: é como o movimento acredita que deve ser o alimento. Deve ter bom sabor, cultivado de forma limpa (sem prejudicar a saúde, o meio ambiente ou os animais) e os produtores devem receber o que é justo pelo seu trabalho. Traduzido literalmente do inglês, *junk food* significa, comida lixo. Surpreso com a denominação? Pois é! O conceito é *atribuído* àqueles

alimentos que são ricos em calorias, gorduras, açúcares, sódio, aditivos alimentares e que, portanto, possuem baixa qualidade nutritiva. Quem não se rende a uma batata frita, um pastel ou um bom sanduíche de vez em quando? O caminho é conscientizar-se de que este tipo de alimento não deve estar presente em grandes quantidades na dieta. Ou seja: consumir este tipo de alimento não é proibido! O ideal é evitá-lo! Comer *pizza*, cachorro-quente e outros tipos de *junk foods* todos os dias é uma baita bomba para a sua saúde, porém há momentos em que podemos, sim, desfrutar desse tipo de alimentação. É importante que você tenha em mente que *fast food* nem sempre é sinônimo de *junk food*. Assim como *slow food* nem sempre é sinônimo de comida saudável. Saber escolher

os alimentos e ter consciência daquilo que se come é um dos primeiros passos para comer bem e fazer as pazes com a comida. Nutricionistas, trabalhem isso com seus pacientes! Faça um trabalho de forma sustentável e acompanhe, com responsabilidade social, as mudanças do mundo. Fonte: ~,http:ÿÿwww.cookie.com.~ brÿfast-food-slow-food-~ junk-food-nutricionista~ -conheca-diferencas~, Vocabulário Atribuir: v. Conceder, conferir. Contrastar: v. Opor-se a; mostrar-se o contrário de. Implementação: s. f. Execução de certas medidas. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leio, logo escrevo Autor: Thiago Portella Ferreira Turma: 901 Vamos nos casar? Por ela sou apaixonado Amá-la nunca é de mais Por ela estou encantado Com ela encontro a paz. Estava com ela no carro E vejo a oportunidade Lhe digo: Em você eu me amarro E saímos pela cidade. A música e eu conversamos Nos entendemos sem brigar Isso é porque nos amamos E pergunto a ela: Vamos nos casar? ::::::::::::::::::::

Autor: Guilbert Granjeiro de Oliveira Pinho Turma: 902 Eu e a música A música me faz chorar. A música me faz voar. A música me traz pra cá. A música me joga pra lá. Mas o que eu quero é sonhar. Quando eu canto me espanto. Canto tanto que encanto. Mas acabo é assustando. E no fim todos correm me arrastando. Pois não gostam do meu canto. Mas me lembro sempre de continuar a cantar. Porque eu sei que não vou parar. Mas por que parar?

Se eu quero continuar a voar. Mas um dia irei parar. Textos classificados no Concurso Literário do Instituto Benjamin Constant de 2017. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Tirinhas do Calvin Com humor fino e cheio de ironia, as tiras de “Calvin & Haroldo”, criadas pelo norte-americano Bill Watterson, começaram a ser distribuídas para publicação em jornais em 18 de novembro de 1985, e foram produzidas até dezembro de 1995, quando o artista anunciou sua aposentadoria da série. No quadrinho, o *sagaz* garoto de 6 anos e seu tigre de pelúcia -- que ganha vida na imaginação do menino -- *protagonizam* diálogos divertidos e *surreais*. Em suas conversas inteligentes e bem-humoradas, debatem o jeito de ser dos humanos, enquanto expõem particularidades do mundo infantil e contradições do mundo adulto. O nome do garoto foi inspirado no *teólogo* Calvino (1509-1564), um dos responsáveis pela Reforma na Igreja Católica. Já o do tigre Haroldo, chamado de “Hobbes” na versão original, deriva do filósofo e cientista político Thomas Hobbes (1588-1679), autor do livro *Leviatã*. Os dois formam uma das mais famosas duplas dos quadrinhos. Durante o período ativo, as histórias de “Calvin & Haroldo” estamparam as páginas de mais de 2.400 jornais no mundo. Hoje, os livros com *antologias* e *coletâneas* da série já venderam mais de 30

milhões de exemplares em todo o planeta. A obra foi multipremiada. Seu autor recebeu os principais prêmios dos quadrinhos. Vocabulário Antologia: s. f. Coleção de textos, em prosa ou em verso, selecionados de forma que melhor representem a obra de um autor. Coletânea: s. f. Conjunto de várias obras. Leviatã: É o livro mais famoso do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicado em 1651. O seu título deve-se ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é *Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil*, trata da estrutura da sociedade organizada.

Protagonizar: v. Interpretar o papel da personagem principal. Sagaz: adj. 2 g. De inteligência e percepção muito aguçadas; perspicaz. Surreal: adj. Que pertence ao domínio do sonho, da imaginação, do absurdo. Teólogo: s. m. Pessoa que estuda teologia, ou seja, que estuda a existência de Deus e questões referentes ao conhecimento da divindade. _`[{tirinha do Calvin em quatro quadrinhos: Q1: Calvin berra: "Cadê o meu casaco?" Q2: Calvin procura embaixo da cama e diz: "Já olhei em toda parte! Embaixo da cama, em cima da cadeira..."

Q3: Com ar desesperado, continua a falar: "Na escada, no corredor, na cozinha... Simplesmente não está em lugar nenhum!" Q4: Com a porta do armário aberta, vê-se o casaco lá dentro. Calvin grita: "Ah, aqui está! Quem pôs dentro desse armário idiota?"_`] _`[{tirinha do Calvin em quatro quadrinhos: Q1: Calvin entra em casa entusiasmado e diz: "Mãe, consegui um papel na peça da escola." Q2: A mãe ajuda Calvin a tirar a roupa da escola enquanto ele diz: "Eu tenho até uma fala!" A mãe responde: "Que beleza, Calvin." Q3: Calvin, com ar dramático, comenta: "É um grande papel dramático! Meu perso-

nagem vai levar todo mundo às lágrimas no fim do segundo ato!" Q4: Enquanto guarda as roupas de Calvin no armário, a mãe pergunta: "Qual é a peça?" Calvin responde: "Nutrição e os quatro grupos de alimentos. Eu faço a cebola."_`] _`[{tirinha do Calvin em quatro quadrinhos: Q1: Calvin, sentado à escrivaninha, comenta com Haroldo: "Viu? O papai me convenceu a fazer o dever de casa!" Q2: Olhando para o livro, Calvin continua: "Ele disse que, quando eu for mais velho, vou descobrir que poucas coisas são mais gratificantes que o estudo."

Q3: Calvin argumenta: "Aí eu disse: Beleza! Então quando eu for mais velho eu aprendo!" Haroldo pergunta: "E o que ele disse?" Q4: Calvin, furioso, responde: "Que se eu não começar a estudar já, ele me mata antes de eu ficar mais velho." Haroldo conclui: "Parece que você já aprendeu alguma coisa."_`] õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Os pichadores Júlia e Júlio eram amigos de longa data. Quando eles tinham em torno de 12 anos, resolveram fazer uma travessura. Estavam conversando pela chamada de vídeo via celular: -- Júlio, vamos à igreja da minha avó hoje à tarde? Estou te convidando!

-- Vamos sim, mas temos que ver o horário. -- Que tal às quatro da tarde? -- Boa ideia! À tarde, os dois se encontram na pracinha movimentada da pequena cidade. Uma menina de apenas 3 anos, acompanhada de sua mãe, compra um algodão-doce de cor-de-rosa. Um casal de crianças brinca em uma gangorra vigiado por duas mulheres sentadas no banco de madeira. Três garotos maiores jogam bola. Júlio chega. Veste camisa azul-piscina, bermuda branca e calça tênis azul-marinho. Sentado em um banco de madeira, assiste aos meninos que jogam bola, e vê Júlia chegando. De vestido lilás, o cabelo castanho-claro amarrado em um rabo de cavalo, com um

par de sapatos roxo, ela se aproxima de Júlio e diz: -- Oi, vamos? -- Claro, bora! Os dois andam lado a lado, saem da praça e vão até uma delegacia. Sem entender, Júlio perguntou: -- Júlia, não íamos para a igreja da sua avó? -- Na verdade, viemos fazer uma coisa bem mais divertida do que assistir à missa. -- Não, não acredito que você vai... -- Shhhhhh! Se você correr vou atrás. Vamos, vai ser divertido! Júlia pega de uma bolsinha rosa, duas latas de *spray* uma azul e outra vermelha. -- Toma, essa azul é pra você -- diz Júlia. -- Mas por que a gente vai... Ela pega a lata da mão de Júlio e diz:

-- Se você não tem coragem, deixa que eu picho. Dane-se se essa delegacia é a que o meu pai trabalha como delegado; só quero me distrair um pouco, posso? -- Estamos ferrados! Olha a polícia vindo aí... -- disse o garoto. Enquanto Júlia picha o muro com tranquilidade, uma viatura policial se aproxima deles. -- Toma, agora corre! -- diz Júlia. Os meninos correm, mas Júlio é pego por um policial. -- Parado garoto! -- Eu sou inocente, foi minha amiga quem pichou o muro, sou inocente, não quero ser preso! Júlio é levado à força, por dois policiais de farda, para a delegacia. Lá o delegado

fica sabendo que o muro foi pichado. Ele manda chamar os pais do menino para resolverem a situação. Na sala do delegado, Júlio diz: -- Mãe, pai, sou inocente, quem pichou foi a Júlia. O delegado, ao ouvir o nome de sua filha, resolveu prestar mais atenção ao menino. -- Meu filho, diga com mais detalhes como ocorreu esse fato. -- Bem, a minha amiga falou para mim de manhã que ia na igreja da avó dela, e me convidou. À tarde nos encontramos na pracinha da cidade. Logo que chegamos aqui, eu não sabia que a gente iria à delegacia. Para mim, íamos até a igreja como ela havia dito. Depois, ela disse que a gente ia se divertir um pouco. Tirou da bolsa duas latas de

tinta tipo *spray* e me deu uma, eu não tive coragem de cometer tamanho crime. Então, ela pegou da minha mão e começou a pichar. Quando falei que um carro da polícia estava chegando perto de nós dois, ela me deu a lata de tinta e disse pra eu correr. Ela foi mais rápida do que eu e me pegaram. Depois de ouvir atentamente a explicação do menino, o delegado pediu a descrição correta da garota, e assim Júlio fez. -- Ela é branquinha, tem cabelos castanhos claros, usava um vestido lilás, sapatos roxos e o cabelo estava como um rabo de cavalo. -- Foi assim que minha filha saiu hoje à tarde... -- disse o delegado. -- Não pode ser...

-- Meu filho, você não poderia ter ouvido sua amiguinha -- disse sua mãe. -- Vocês me perdoem, vou conversar com minha filha hoje quando chegar em casa. Quando o delegado Weliton chegou em casa, conversou com Júlia. -- Filha, precisamos conversar. Hoje um menino me disse que você foi junto com ele até a delegacia para pichar o muro. -- Desculpa, eu fiz isso para me vingar. -- Mas se vingar de quê? -- Me vingar! O senhor não me dá mais atenção, e só fica nesse trabalho chato e sério. Ao dizer isso com lágrimas nos olhos, Júlia deixou seu pai com pena. Ele a abraçou e lhe disse que nunca mais iria deixá-la de lado por causa de trabalho.

-- Filha, isso não se faz, você poderia ter causado um problema enorme para o seu amigo e para os pais dele. Quero que você peça perdão a ele amanhã mesmo. -- Tudo bem papai, estou muito arrependida. No dia seguinte, na hora do recreio, Júlia chamou o colega em um canto e disse: -- Me perdoa Júlio! Eu não queria te meter nessa, mas eu tava com raiva do meu pai, porque ele só trabalha e nunca dá atenção pra mim. -- Promete que nunca mais vai fazer isso? -- Prometo! -- Ok, só espero que você nunca mais faça uma dessas comigo de novo. -- Amigos para sempre? -- Amigos para sempre! Quando Júlio chegou em casa, contou para sua mãe e eles

fizeram as pazes. A menina prometeu nunca mais metê-lo em suas travessuras. Autora: Natália Martins :::::::::::::::::: Nesta edição da Revista Pontinhos, você está recebendo um Livro Falado produzido pelo Instituto Benjamin Constant, para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual, de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. É terminantemente proibida a utilização deste produto para reprodução e comercialização. Título do Livro Falado: 13 Lendas Brasileiras; Autor: Mário Bag. ::::::::::::::::::

Comunicamos aos nossos leitores que já retornamos ao prédio da DIB -- Divisão de Imprensa Braille, o qual se encontrava em obras. Soli- citações, sugestões e outros assuntos poderão ser feitos através do telefone (55) (21) 3478-4531 ou pelo novo E-mail: ~,revistasbraille@ibc.gov.br~, Um forte abraço! Comissão Editorial õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Transcrição: Mônica Corrêa Revisão Braille: Natália Medeiros e João Batista Alvarenga