PONTINHOS Ano LVIII, n.o 361, abril/junho de 2017 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Educação, Cultura e Recreação Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1959 por Renato M. G. Malcher Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478- -4457/3478-4531 E-mail: ~,pontinhos@ibc.~ gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~,

Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial Daniele de Souza Pereira João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Raffaela de Menezes Lupetina Regina Celia Caropreso Revisão Equipe de Adaptação da Divisão de Imprensa Braille-DIB Paulo Felicíssimo Ferreira Colaboração Carla Maria de Souza Silvia Maria Silva dos Santos Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Ordem e Progresso

¨ I Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610 de 19/02/1998. Distribuição gratuita segundo a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.~ brÿpublicacoesÿrevistas~,

¨ III Sumário Seção Infantil Cantigas de Roda ::::::: 1 Trava-Línguas :::::::::: 1 Cordel :::::::::::::::::: 3 Histórias para Ler e Contar A centopeia que sonhava :::::::::::::::: 7 Saladinha de queixas :::: 14 Leio, Logo Escrevo :::: 17 Seção Juvenil A Internet é legal, mas pode ser perigosa :::::: 20 Quebra-Cuca :::::::::::: 24 Você Sabia? :::::::::::: 29 Vamos Rir? ::::::::::::: 34

Historiando Martin Luther King Jr. ::::::::::::::::::: 37 Leitura Interessante A lição do rato ::::::::: 42 Cuidando do Corpo e da Mente O bom humor é o seu melhor amigo! :::::::::: 46 Leio, Logo Escrevo :::: 51 Tirinhas :::::::::::::::: 55 Espaço do Leitor ::::::: 66 Seção Infantil Cantigas de Roda Não atire o pau no gato Não atire o pau no gato (to-to) Porque isso (isso-isso) Não se faz (faz-faz) O gatinho (nho-nho) É nosso amigo (go-go) Não devemos maltratar Os animais Miau! Sai, sai, Lixão Sai, sai, Lixão Da rua do João Se não, se não, se não Vai causar poluição! :::::::::::::::::::::::: Trava-Línguas O gato escondido Com rabo de fora Tá mais escondido Que rabo escondido Com gato de fora Perto daquele ripado está palrando um pardal pardo. -- Pardal pardo porque palras? -- Eu palro e palrarei porque sou o pardal pardo palrador D'el Rei! Vocabulário Palrador: adj. Falador. Palrar: v. Emitir sons desprovidos de sentido, incompreensíveis. Ripado: s. m. Grade feita com madeiras finas e estreitas, como ripas. Lalá, Lelé e Lili E suas filhas, Lalalá, Lelelé e Lilili E suas netas Lalelá, Lelalé e Lelali E suas bisnetas Lilelá, Lalilé e Lelali E suas tataranetas Laleli, Lilalé e Lelilá cantavam em coro Lalalalalalalalá. :::::::::::::::::::::::: Cordel Esse tal de "Zap Zap" É negócio interessante: Eu, que antes criticava, Hoje teclo a todo instante, Quase nem durmo ou almoço; E quem criou esse troço Tem uma mente brilhante. Quem diria que, um dia, Eu pudesse utilizar Calculadora e relógio, Câmera de fotografar, Tudo no mesmo aparelho: Mapa, calendário, espelho E telefone celular.

E agora a moda pegou Pelas "Redes Sociais": É no "Face" ou pelo "Zap" Que o povo conversa mais Talvez não saiba o motivo Que esse tal aplicativo É mais lido que os jornais. Eu acho muito engraçado Porque muita gente tem Um Grupo só pra Família, Um do Trabalho também E até aquele contato Que só muda de retrato, Mas não fala com ninguém! Tem o Grupo da Escola, O Grupo da Academia, Grupo da Universidade, O Grupo da Poesia. Tem o Grupo das Baladas, Das Amigas Mais Chegadas E o da Diretoria. Tem quem mande Oração, "Bom-dia!", de vez em quando, Quem só mande figurinhas, Quem só fica reclamando. Nos Grupos é que é parada: Dia, noite, madrugada, Sempre tem alguém teclando. Cada um que analise Se é bom ou se é ruim, Ou se a Tecnologia É o começo do fim. Talvez um voto vencido; Porém o "Zap" tem sido Até útil para mim. Eu acho que a Internet É uma coisa muito boa Tem coisas muito importantes, Porém muita coisa à toa. Usar de forma acertada, Ou por ela ser usada Vai depender da pessoa. Comunicação é bom, Vantagens que hoje se tem; Feliz é quem tem amigos Fora das Redes também. A vida só tem sentido Quando o que é permitido É aquilo que convém. Pra quem meu verso rimado Acabou de receber, Compartilhe esta mensagem Que finaliza a dizer: "Viva a vida intensamente Porque é pessoalmente Que se faz acontecer!" Fonte: ~,http:ÿÿcafofinhodasillas.~ blogspot.com.brÿ2016ÿ08ÿ~ literatura-de-cordel.html~, Vocabulário *Face*: Abreviatura para famosa rede social chamada *Facebook*. *Zap*: É o nome informal dado pelos brasileiros ao aplicativo de mensagens *WhatsApp*. Revisado por Paulo Felicíssimo Ferreira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Histórias para Ler e Contar A centopeia que sonhava Lá ia a centopeia pensando com seus botões. "Mas que vontade de voar", pensou, ao ver a andorinha lá no alto. "Mas que vontade de nadar", pensou ela, quando viu o peixinho vermelho fazer maravilhas dentro da água. "E cantar como o curió, que dobra suas notas que é uma beleza!" "É, mas centopeia não voa, não nada e nem canta", concluiu com tristeza. "Tenho que me conformar e ficar andando com minhas cem perninhas e ainda achar bom". Aí ouviu uma vozinha que chegava do alto de uma árvore. Era a andorinha que lhe disse: -- Dona Centopeia, estou vendo que a senhora tem vontade de voar. -- É verdade -- respondeu --, mas não posso, não tenho asas, só tenho perninhas, que servem para andar, mas não para voar. -- Mas a senhora pode voar comigo, nas minhas costas! -- Será mesmo que posso realizar esse sonho, ir lá em cima, nas nuvens, ver tudo do alto? -- É claro que pode, venha! Mais que depressa a centopeia subiu nas costas da andorinha, que saiu voando. Em poucos instantes já estava lá no alto. Era uma maravilha ver tudo ficar pequeno ali embaixo. Como o mundo era grande lá de cima, e bonito, azul, e que ventinho gostoso ela sentia. Nem teve medo, de tão animada que estava com a experiência. "Devo ser a primeira centopeia do mundo a voar", pensou ela com suas perninhas. -- Vamos descer, dona Andorinha, é emoção demais. E desceram. -- Quando quiser voar de novo é só falar -- disse a andorinha, e sumiu no céu como um raio. "Voar foi possível", pensou a centopeia. "Mas nadar não tem jeito, aí só sendo peixe mesmo." Ela, então, ouviu outra vozinha que vinha da água. -- Ei, dona Centopeia, a senhora tem vontade de nadar? Ir lá no fundo e descobrir um outro mundo colorido? -- Mas como, seu Peixinho? Será possível? Não vou morrer afogada? -- Não -- disse o peixinho --, a senhora sobe nas minhas costas, se agarra direitinho e prende a respiração por uns minutos. Boca fechada e olhos bem abertos. Vai dar certo -- E deu mesmo. A centopeia subiu nas costas do peixinho, prendeu a respiração e... foi outra maravilha! Como era bonita a água azul, limpa, cheia de outros peixinhos coloridos. A centopeia levou um susto enorme quando apareceu um peixão. "E se ele pensar que sou uma minhoca?" Mas não pensou. Nadar era uma maravilha. A vida debaixo da água é outra coisa. Mas só para quem consegue prender a respiração por bastante tempo, e ela já estava aflita para subir. E subiram. -- Obrigada, seu Peixinho, foi uma beleza! -- Quando quiser nadar de novo é só falar -- disse o peixinho -- Mas tenho outra surpresa para a senhora. O peixinho pegou uma conchinha, amarrou num barbante fino e disse: -- Suba, dona Centopeia, vamos correr por cima da água! -- E saiu nadando, puxando a centopeia a uma velocidade incrível. Foi o máximo! É, a coisa estava ficando boa. Ela, uma simples centopeia, já havia voado e nadado, e não tinha asas nem era peixe! Mas cantar como o curió, isso sim que não podia nem deveria haver jeito. Não tinha voz, não sabia produzir uma melodia. Mas de novo a centopeia ouviu uma voz, que desta vez vinha lá do alto de uma laranjeira. Era o curió, que dizia: -- Olha, dona Centopeia, cantar a gente aprende. Tem gente que sabe educar a voz e canta que é uma beleza. Mas eu tenho uma coisa melhor que cantar: é tocar uma flautinha. -- Como pode ser isso, seu Curió? -- Eu faço uma flauta de bambu bem feitinha, ensino as notas para a senhora e aí podemos tocar e cantar juntos. -- Essa eu nem acredito. -- Mas vai acreditar. E o curió fez uma flautinha com um som muito doce e bonito. A centopeia ficou tão entusiasmada com as aulas que aprendeu logo. Ela tocava bonito, e todos os bichos da floresta iam ouvir a centopeia flautista. A centopeia agora tinha um último desejo: pular de galho em galho lá no alto das árvores da floresta. Mas como, se não conseguia nem dar uns saltinhos aqui na terra? Foi quando chegou o macaco, com um riso bem esperto nos lábios. -- Se a senhora quiser saltar, é só subir aqui nas minhas costas e se segurar bem. -- Claro que quero! Vai ser muito divertido ir saltando por aí de galho em galho!

E foi uma algazarra. O macaco pulando, gritando e rindo, com a centopeia agarradinha nas suas costas. Parecia um circo, o macaco era mestre no salto. A noite foi chegando e a centopeia estava muito feliz com todas as aventuras daquele dia. De repente se deu conta do que havia acontecido: ela não sabia que tinha tantos amigos na floresta e que tudo o que ela não conseguia fazer sozinha ela podia fazer com a ajuda dos outros bichos. Podia voar sem ser pássaro, nadar sem ser peixe, cantar sem ter voz e pular sem ter pernas e braços de macaco.

-- Quem tem esses amigos pode tudo -- concluiu ela -- Juntos vamos muito longe! Herbert de Souza -- Betinho Fonte: ~,http:ÿÿportaldoprofessor.~ mec.gov.brÿ~ fichaTecnicaAula.html?~ aula=12885~, :::::::::::::::::::::::: Saladinha de queixas Vindos do supermercado estão juntos, lado a lado, como velhos companheiros os hortifrutigranjeiros: a banana e a laranja, um bonito ovo de granja, uma ameixa, um caqui, um dourado abacaxi, uma uva, um pepino, um mamão bem pequenino (mas bem caro), e outros mais respeitáveis vegetais. Então, frutas e legumes expuseram seus queixumes, discutiram e falaram e muito se lamentaram: Não é justo que os homens utilizem nossos nomes uns c'os outros pra brigar e entre eles se insultar! Quem falou foi a laranja: -- Ser laranja não é canja, quando o meu nome dão a quem acham que é bobão! E o abacaxi graúdo reclamou choroso: -- A tudo quanto é ruim e complicado, duro de ser “descascado”, dão meu nome! É isso aí! Não é um abacaxi?

¨ E o pepino: -- Toda encrenca, e amolação em penca, chamam logo de pepino, seja grosso ou seja fino! -- É comigo que a inana é pior, diz a banana, a quem é um moleirão o meu nome logo dão! E o mamão gemeu: -- Uai! Sabem que em Minas Gerais o meu nome -- já se viu? é um xingo pra imbecil? Mas a uva disse então: -- Eu não tenho queixa não! Digo e não faço fita: Uva é moça bonita! Fim de papo! E assim a conversa teve fim. Fonte: BELINKY, Tatiana. *Saladinha de queixas* -- São Paulo: Moderna, 1991.

Vocabulário Inana: s. f. Dificuldade. Queixumes: s. m. Queixas, lamúrias. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leio, Logo Escrevo -- textos dos alunos do IBC Primeira fase Nome: Isadora Conceição da Silva Local de nascimento: Rio de Janeiro Turma: 501 Água valiosa A água é muito importante para todos os seres vivos, tanto que, sempre que o homem procura ver se tem vida em outro planeta, a primeira coisa que ele procura é água. Só que, mesmo assim, não estamos cuidando bem da nossa água. As indústrias têm que parar de poluir, os turistas não podem jogar lixo e nós, em casa, temos que economizar. Eu tento fazer a minha parte. Não escovo os dentes com a torneira aberta, não deixo a água do chuveiro caindo à toa e as torneiras da minha casa não ficam abertas sem necessidade. Isso é importante para que os meus filhos, no futuro, também tenham água. Nome: Maria Paula dos Santos Mesquita Local de nascimento: Rio de Janeiro Turma: 501 Discriminação Quero contar sobre uma situação que aconteceu em um *shopping* nobre, no Rio de Janeiro: uma funcionária acusou o *shopping* de praticar discriminação. Alguns especialistas dizem que isso é um caso de preconceito. A funcionária ficou angustiada porque ficou presa no banheiro dos funcionários, que vive sempre sujo, enquanto os outros banheiros são limpos. Então, a funcionária acusou o *shopping* de cometer discriminação. Eu acho que isso é preconceito, pois os funcionários são gente como os clientes, e a atitude do *shopping* não leva a lugar nenhum. Revisado pela Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Seção Juvenil A Internet é legal, mas pode ser perigosa Ainda que seja considerada o maior meio de comunicação criado pelo homem, a Internet não permite o controle da troca de informações pelos internautas. Ela é capaz de eliminar as fronteiras, promover a inclusão social e é conveniente pela rapidez e facilidade que proporciona às pesquisas e brincadeiras das crianças. No entanto, nem tudo é vantagem no mundo virtual e os problemas não se resumem a vírus e ataques de *crackers* (pro- gramadores maliciosos e *ciberpiratas* que agem com o intuito de violar ilegal ou imoralmente sistemas cibernéticos). Na Internet muitas pessoas ficam expostas e com isto acabam sendo vítimas de golpes, roubos, entre outros crimes. As crianças também estão sujeitas aos perigos na rede. Por isso, nossos amiguinhos devem ter muito cuidado com os *sites* em que brincam, e os pais precisam estar atentos aos conteúdos acessados pelos filhos. Para evitar a invasão de privacidade é preciso ter cuidado ao expor fotos, vídeos e informações pessoais. Dados como endereços, números de telefone, sobrenome, escola onde estuda jamais devem ser fornecidos. As redes sociais como *facebook* e *twitter*, e os *sites* com sala de bate-papo (*chats*) merecem atenção dos familiares, pois muitos se escondem atrás de um suposto anonimato para cometer crimes contra as crianças, como o *cyberbulling*, que é uma prática realizada na Internet que busca humilhar e ridicularizar as pessoas. E, infelizmente, ferramentas para melhorar e facilitar a vida de muita gente estão sendo usadas para insultar e menosprezar os internautas. A pedofilia e o *cyberbulling* não são os únicos crimes cometidos pela Internet. Os adultos precisam ter extremo cuidado ao realizar compras *online*, pois os prejuízos ao informar dados bancários podem ser imensos. Os usuários também correm risco quando recebem mensagens estranhas prometendo dinheiro fácil ou histórias comoventes de crianças morrendo e que precisam apenas de uma pequena doação para realizar uma cirurgia ou comprar remédios. Este tipo de prática denomina-se *Spamming* e é considerada a maior praga na Internet. As crianças também ficam sujeitas a receber *e-mails* inconvenientes. Sem ter noção do que é ou não perigoso, elas correm o risco de abrir *e-mails* com material pornográfico. Para evitar o assédio ou o abuso sexual na Internet, não deveriam navegar sem a supervisão do responsável ou de um adulto. Então, amiguinhos, peçam sempre autorização e orientação aos pais, pois vocês podem conhecer pessoas perigosas enquanto navegam. A Internet é muito legal para brincar, jogar, estudar, conversar com amiguinhos da escola e parentes que estão longe, conhecer mais sobre desenhos e personagens preferidos, ouvir músicas e ver filmes. Mas lembrem-se: ficar muito tempo em frente ao computador não é bom. Além de

causar problemas na postura, prejudica o rendimento escolar. Fonte: ~,http:ÿÿwww.turminha.mpf.~ mp.brÿdireitos-das-~ criancasÿresponsabilidade-~ no-ambiente-digitalÿ~ internet-segura~, Vocabulário Pedofilia: s. f. Prática de atos sexuais de adulto com criança. :::::::::::::::::::::::: Quebra-Cuca Caça-palavras Localize as seguintes palavras: rosa, cravo, jasmim, lótus e lírio. Lembre-se de que a busca deve ser feita horizontal e verticalmente. abcgoirosa japcdfarsb acravorbec slóafbiail móxibkreyí itetuophrr mutehfriai bsabvtrjro :::::::::::::::::::::::: Desafios 1. Um livro tem 394 páginas. Fernando já leu 156. Quantas páginas ele ainda precisa ler para terminar seu livro? 2. Em maio, o valor total da conta de telefone celular de Esmeralda foi R$119,76, sem os impostos. Esse valor corresponde aos itens: chamadas, acesso à internet, envio de mensagens. Se ela gastou R$29,90 com acesso à Internet e R$15,50 com o serviço de envio de mensagens, quanto foi que ela gastou com chamadas? a) R$74,36 b) R$74,46 c) R$84,36 d) R$89,86 e) R$104,26 3. A rã e as letras Raimunda é uma rã. Ela é fã das letras e adora organizar desafios com elas. Dessa vez, Raimunda separou quatro palavras que formam uma sequência: trens -- malas -- maior. Qual das palavras a seguir completa a sequência imaginada pela rã? a) parte b) aulas c) calma d) boião

Vocabulário Boião: s. m. 1. Pote ou vaso bojudo de boca larga, para guardar doces, conservas, etc. 2. Fogão usado pelos seringueiros para defumação do látex. 4. Qual a forma correta de escrever? a) Espero que você seje feliz! b) Espero que você seja feliz! 5. Qual a forma correta de escrever? a) Que pena! Vieram menos pessoas que o previsto. b) Que pena! Vieram menas pessoas que o previsto.

Respostas 1. Fernando ainda precisa ler 238 páginas para terminar seu livro. 394-156=238. 2. Letra a. Ela gastou com chamadas R$119,76- -R$29,90-R$15,50= =R$74,36. 3. Letra d. Todas as palavras têm cinco letras, mas a primeira contém apenas uma vogal (trens), ao passo que a segunda contém duas (malas) e a terceira, três (maior). A quarta deve conter quatro vogais. Então, a resposta é boião. 4. Letra b. A única forma correta é “seja”. “Seje” não existe. A terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo do verbo “ser” é “seja”. Dica: o mesmo vale para o verbo estar: diga “esteja” e nunca “esteje”. 5. Letra a. “Menos”, tanto advérbio quanto pronome, é invariável. Independentemente de vir antes de uma palavra feminina, nunca use “menas”, pois essa palavra não existe. Fontes: ~,http:ÿÿ~ atividadesparaprofessores.~ com.brÿproblemas-de-~ matematica-para-4º-ano~, Revista *Ciência Hoje das Crianças* -- n.o 246. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Você Sabia? História e cultura unidas O Pelourinho, em Salvador (Bahia), já foi ponto de castigo para escravos, mas acabou se tornando um importante centro cultural da cidade. Entenda essa história! Tempos atrás A história de Salvador, capital baiana, mistura-se com a do Brasil: a cidade foi fundada em 1549, por Tomé de Sousa, primeiro governador- -geral do nosso país, foi a primeira capital brasileira. A missão dele era criar uma cidade-fortaleza na Bahia e estabelecer a ordem na colônia. A sede do governo de Tomé de Sousa ficava na região central, local ideal para a defesa da área, por ficar no alto e perto de um porto. Lá também foi instalado o Pelourinho. Atualmente, a região do Pelourinho, em Salvador, abrange as ruas que vão do bairro Terreno de Jesus até o Largo do Pelourinho.

Mas o que é um pelourinho? Durante o período colonial, a escravidão, principalmente de negros trazidos da África, era permitida no Brasil (a abolição da escravatura só aconteceu em 1888). Quando não faziam o que os donos de escravos queriam, os negros eram castigados em uma coluna de madeira ou pedra no centro de uma praça -- ou seja, um pelourinho! O castigo era público para os governantes mostrarem autoridade diante da população e de outros escravos. Exibição de poder No século XVIII, igrejas e casas nobres começaram a ser erguidas em maior quantidade na região do Pelourinho de Salvador. Grandes proprietários rurais queriam mostrar poder, já que a área central da cidade, perto da Câmara Municipal, era mais do que um lugar para castigar escravos: tratava-se de um símbolo da presença da Coroa Portuguesa. Chegada do comércio Aos poucos, durante o século XIX, o comércio foi ocupando a região do Pelourinho e diversos profissionais passaram a trabalhar e até a residir na área. A aristocracia, então, mudou-se para outros pontos da cidade. Muita cultura O Pelourinho é palco de manifestações culturais: há ensaios do grupo Olodum e apresentação de artistas como Caetano Veloso. Restaurantes e lojas também compõem a região. Se for visitar, lembre-se: é proibido circular de carro por essas ruas de Salvador! Outro sentido Hoje, a região não tem mais o Pelourinho em si. Mas abriga igrejas da época de escravidão, como a Catedral Basílica, de 1552. Na área, também está a Fundação Jorge Amado, com acervos do escritor. Desde 1985, o Pelourinho é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Fonte: Revista *Recreio* -- n.o 852. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vamos Rir? O que é, o que é? O que é pior que uma girafa com dor de garganta? R: Uma centopeia com dor nos pés. Por que o cachorro ligou o ventilador? R: Porque estava cansado de ser um cachorro-quente. O que trabalha bastante e descansa em pé? R: Vassoura. Qual era o problema do decorador quando procurou um médico? R: Decoração. Quando ele trabalha, todos ficam boquiabertos. Quem é? R: Dentista. Quando é que um repórter fica bem de vida? R: Quando está na cobertura.

Aula de boas maneiras Numa aula de boas maneiras, a professora argumentava com seus alunos: -- Joãozinho, suponha que somos convidados para almoçar na casa de um amigo. Acabado o almoço, o que devemos dizer? Diz o menino: -- Cadê a sobremesa? Um pequeno detalhe Uma jovem senhora, acompanhada da filha pequena, pegou um ônibus que a levaria ao centro da cidade. Para economizar dinheiro, já que criança com menos de cinco anos não pagava tarifa, orientou a menina para dizer que tinha apenas quatro anos e meio. -- Quantos anos você tem, minha pequena? -- perguntou o condutor. -- Quatro anos e meio -- ela respondeu. -- E quando irá completar cinco? -- perguntou outra vez o condutor. -- Logo -- ela respondeu -- Assim que a gente descer do ônibus! Uma pergunta oportuna O pequeno aluno pergunta ao seu mestre: -- Professor, o senhor seria capaz de punir alguém por algo que ele não fez? Responde o professor: -- Evidentemente que não. Responde o aluno: -- Ah, bom, fico aliviado com isso, porque eu não fiz minha tarefa de casa. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Historiando Martin Luther King Jr. "Infelizmente, a História transforma algumas pessoas em oprimidas e outras em opressoras." Martin Luther King Jr. Essas palavras foram ditas em 1964 por um dos maiores oradores que a humanidade já escutou. Dez anos antes, a simples atitude de uma senhora negra, a negar-se oferecer seu lugar do ônibus a um homem branco, desencadeou uma grande revolução histórica pelos direitos humanos de igualdade entre brancos e negros. Isso aconteceu em uma pequena cidade do Alabama, ao Sul dos Estados Unidos da América. Um pastor, recém-chegado à cidade, teve a responsabilidade de liderar o movimento que surgiu desse impasse. Um boicote ao transporte público foi articulado sob a liderança do então desconhecido Martin Luther King Jr. Martin Luther King tinha o poder de usar as palavras de forma intensa e de tal entusiasmo, que cativava, motivava e inspirava os que as escutavam. Ele “bradava” justiça, igualdade, liberdade e paz. Martin fazia parte dos oprimidos. Nasceu negro, em 1929, no Sul dos Estados Unidos da América. Os negros, mesmo após abolir-se a escravatura, sofriam com a segregação racial, protegida por lei naquela época, e foi justamente essa lei que King ajudou a extinguir. Filho de um pastor, encontrou na Bíblia sua vocação, também se tornou líder religioso e a "palavra de Deus" o acompanhou por toda a vida. Após a primeira vitória, na qual a segregação em transporte público se tornava ilegal nos EUA, King ganhava cada vez mais força em sua luta por igualdade. Passou a fazer parte e a liderar a fundação da Conferência da Liderança Cristã do Sul (CLCS), uma liga composta principalmente por comunidades negras ligadas a igrejas batistas. Luther King era adepto às ideias de desobediência civil preconizadas pelo líder indiano Mahatma Gandhi e aplicava essas ideias nos protestos organizados pelo CLCS. Recebeu o prêmio Nobel da Paz, em 1964, tornando-se a pessoa mais jovem a receber o prêmio. Organizou manifestações pelo direito ao voto, pelo fim da segregação, das discriminações no trabalho e por outros direitos civis básicos. O desenrolar dos fatos não foi fácil, muitos morreram e/ou foram violentados. Todavia a maior parte desses direitos foram depois agregados à lei estadunidense. Assassinado em 4 de abril de 1968, King foi alvejado na sacada de seu aposento no Lorraine Motel, em Memphis, Tennessee. Meses após o ocorrido, James Earl Ray, um fugitivo da Penitenciária Estadual do Missouri, foi capturado no Aeroporto de Londres Heathrow e extraditado para os Estados Unidos, onde foi acusado pelo assassinato. Em 1969, Ray assumiu o crime e recebeu uma sentença de 99 anos de regime fechado no Tennessee. Morreu na prisão em 1998, aos 70 anos de idade. Luther King se tornou um mártir. Hoje é consagrado universalmente. Em sua homenagem foi instituído, nos Estados Unidos, um feriado,

sempre na terceira segunda- -feira do mês de janeiro. Fonte, com alterações: ~,http:ÿÿwww.infoescola.~ comÿbiografiasÿmartin-~ luther-king~, Vocabulário Agregado: Que se juntou a, que está junto, reunido ou anexo. Boicote: s. m. Ato ou efeito de boicotar. Impedir ou recusar, em geral coletivamente, a realização de determinada atividade como forma de pressão ou represália, a fim de conseguir certos direitos ou benefícios. Estadunidense: adj. 2 g. Referente aos Estados Unidos da América. Impasse: s. m. Situação que impede ou dificulta algo; embaraço. Mártir: s. 2 g. Quem se sacrificou, ou foi morto, em nome de uma crença ou de um ideal. Preconizada: adj. Aconselhada, recomendada. Segregação racial: Prática coletiva ou socialmente disseminada, ou ação político- -administrativa, que trata de modo diferenciado os diferentes grupos raciais ou étnicos de um país ou sociedade, geralmente isolando fisicamente indivíduos ou grupos e restringindo, oficialmente ou na prática, direitos de minorias; discriminação racial. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leitura Interessante A lição do rato Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos: -- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!! A galinha disse: -- Desculpe-me, Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda. O rato foi até o porco e disse: -- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! -- Desculpe-me, Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas orações. O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse: -- O quê? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não! Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo. Moral da história: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se de que, quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos! Fonte: ~,http:ÿÿwww.artedavida.~ netÿa-licao-do-ratoÿ~,

Vocabulário Cutelo: s. m. Espécie de faca de lâmina larga, usada em açougues e frigoríficos. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Cuidando do Corpo e da Mente O bom humor é o seu melhor amigo! Nosso organismo funciona de formas diferentes conforme o humor de cada momento. E não há dúvidas: é melhor ficar de bem com a vida! Bom humor Quando você está de bom humor, a hipófise (glândula localizada no cérebro) produz uma substância chamada de endorfina, que ajuda a relaxar. Assim, você fica tranquilo, com sensação de conforto no corpo e dorme muito melhor, sem acordar várias vezes à noite. A sensação de bom humor funciona como um ciclo: Quanto mais de bem com a vida você estiver, mais endorfina será liberada no sangue e a sensação de bem-estar aumentará. Ou seja, você fica cada vez mais bem-humorado! Outra vantagem é que dar risada reduz os hormônios que levam ao estresse. Rir faz a pressão sanguínea baixar, além de aumentar a quantidade de oxigênio no sangue, o que só faz bem ao coração. Como muito ar é inalado nos momentos de empolgação, os pulmões são bem ventilados e ficam mais limpinhos. Dar risada também aumenta a quantidade de células protetoras no corpo. Assim, o risco de ficar doente é menor. Além disso, a endorfina produzida em momentos de alegria faz você sentir menos dor. Uma boa gargalhada movimenta os músculos do abdômen, do rosto, das pernas, das costas... É uma ginástica e tanto! Para completar, os dutos lacrimais, que ficam nos olhos, são ativados e você acaba chorando de tanto rir. O que é uma delícia! Mau humor Quando você está mal-humorado, o corpo entende que está ameaçado e produz substâncias relacionadas ao estresse para enfrentar o perigo -- mesmo que ele não seja real. Um exemplo é a adrenalina, que aumenta a tensão e a irritabilidade, e piora o sono. Mau humor gera mau humor. Quando você está assim, acaba tratando mal os amigos. Aí, se sente culpado e fica pior ainda. Outra coisa que não dá certo é tentar disfarçar dando uma risadinha falsa. Cientistas já descobriram que esconder emoção pode deixar você ainda pior. Para que você tenha mais energia em momentos de estresse, a adrenalina acelera o coração, aumentando a pressão sanguínea. É uma sensação desagradável! Os músculos também se contraem e podem fazer você sentir dor. Se bom humor aumenta as defesas do organismo, o mau humor piora tudo! Isso porque o estresse faz o corpo liberar uma substância chamada cortisol que, se produzida muito frequentemente, prejudica os glóbulos brancos do sangue. O resultado é que o risco de ficar gripado, por exemplo, é maior. O estresse causado pelo mau humor faz alguns vasos sanguíneos se contraírem. Assim o sangue é dirigido para os órgãos mais importantes. O resultado é que outras partes do corpo, como a pele, as mãos e os pés têm a circulação de sangue reduzida e ficam supergeladas! Não há nada de errado em ficar mal-humorado de vez em quando. Afinal, ninguém dá pulos de felicidades o tempo todo. Os cientistas dizem que se sentir assim de manhã, no início da tarde e antes de dormir é supernormal! Melhore o humor õo Faça refeições saudáveis (ajuda ter energia). õo Pratique exercícios. Eles estimulam a produção de substâncias que nos deixam felizes.

õo Durma pelo menos 8 horas por noite para relaxar. Fonte: Revista *Recreio* -- n.o 844. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leio, Logo Escrevo -- textos dos alunos do IBC Segunda fase Nome: Carina Domingos de Souza Turma: 601 A importância das Paralimpíadas A importância das Paralimpíadas é a união de deficientes com os esportes, para lembrar o amor e demonstrar que as pessoas com deficiência também fazem atividades físicas como, por exemplo, *goalball*, basquete de cadeira de rodas e vôlei sentado. Conheço muitas pessoas que fazem sucesso com esportes e eu acho muito legal. Meu sonho é ir para os jogos escolares, mas eu já tenho 17 anos e não fui classificada. Nome: Patrick Paulo Arruda, “MC Trick” Local de Nascimento: Nova Iguaçu-RJ Turma: 702 Se eu não te amasse tanto assim Quem ama verdadeiramente não desiste do seu amor Me dê uma chance! Estou lhe pedindo Estarei pra sempre ao seu lado Nada vai nos separar Aconteça o que acontecer Custe o que custar O que eu mais tenho que fazer pra lhe provar o meu amor? Eu te amo tanto!... E lhe quero tanto... Com sinceridade É a realidade Não sei como ainda não percebeu isso Não vou decepcioná-la Confia em mim Tu és inesquecível, Tu és insubstituível Será que eu mereço Um amor não correspondido? Ninguém merece um amor não correspondido! Se eu não te amasse tanto assim, Não lhe traria cartão Se eu não te amasse tanto assim, Não lhe traria bombom Se eu não te amasse tanto assim, Não lhe traria *bouquet* Se eu não te amasse tanto assim, Não me preocuparia com você. Nome: Thiago Luiz Vieira Theotonio Local de nascimento: Rio de Janeiro Turma: 602 Paralimpíadas Para mim, as Paralimpíadas são importantes porque existem algumas pessoas que não respeitam os deficientes e, assim, elas aprendem a conviver e a viver a vida sem reclamar dela. Conheço alguns esportes que se destacam neste evento, como: basquete de cadeira de rodas, atletismo, natação, judô, *goalball*, futebol de 5 e futebol de 7.

Eu faço judô e espero ir para as Paralimpíadas de 2020. Revisado pela Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Tirinhas Menino Maluquinho O livro *O Menino Maluquinho*, fruto da imaginação do célebre e genial Ziraldo, desenhista e cartunista de origem mineira, das terras de Caratinga, já se tornou um clássico da literatura infantojuvenil. Lançado em 1980, consagrou a trajetória literária de seu criador. Seu protagonista é um garoto levado, travesso, arteiro, que traz em si uma felicidade contagiante. Ele inventa histórias, compõe pequenos versos, algumas melodias, cria sempre novas brincadeiras e traquinagens. Em sua casa, ele é a própria encarnação da alegria e da agitação; entre os amigos, um líder nato, metido a saber tudo, e um companheiro para todos os momentos. Na escola, surpreendentemente, é um dos melhores alunos, pois tira dez em todas as disciplinas. Este personagem vive sua meninice no fim da década de 60, ao lado dos companheiros de traquinagem, como o fofinho Bocão, Junim, Lúcio, Herman, Julieta, Carol e Nina. Juntos eles desfrutam de prazeres que não voltam mais, de deliciosas brincadeiras que mais tarde permanecerão para sempre na memória de cada um. Entre uma arte e outra, o garoto trava longas conversas com Irene, sua empregada e melhor amiga. Por seu jeito de ser, é considerado “maluquinho”, mas na verdade é alguém que conquistou o dom de ser feliz. Ziraldo criou, com este personagem, vários cartuns, ou seja, narrativas bem-humoradas tecidas com palavras e desenhos, tiras de histórias em quadrinhos e diversas atividades infantis protagonizadas pelo garoto que é a mais pura tradução da infância. Saiba mais sobre os personagens Menino Maluquinho -- Este todo mundo conhece. Alegre, agitado e criativo, o Maluquinho não para nunca. Sua mãe, Naná, e seu pai, Carlinhos, têm muito trabalho com ele, mas o adoram. Dona Naná está sempre pedindo a ele que arrume a bagunça do quarto, e seu Carlinhos já se acostumou a emprestar aquele paletó azul que o Maluquinho gosta de vestir. Mas ninguém sabe por que ele gosta tanto de usar uma panela na cabeça. Pode arriscar um palpite. O Junim acha que ela é mágica, mas nunca conseguiu provar. Julieta -- É a namoradinha do Maluquinho, mas daquele jeito: às vezes separa, depois volta, separa de novo... Espertíssima e decidida, é a líder das brincadeiras, além de ser a maior fofoqueira da área. Para ela, nada é impossível de fazer. Ela tem um gatinho azul chamado Romeu, muito manhoso, igual à dona. Bocão -- É o melhor amigo do Maluquinho. Muito fiel, corajoso e simpático, o único problema dele é que ele só fala besteira, coitadinho. Entende tudo errado, confunde as coisas e é um sufoco para ele aprender o que a professora tenta ensinar. Mas talvez seja isso que faz todo mundo gostar dele. Carolina -- É uma menina muito certinha. Ainda se veste como as meninas de antigamente, fala baixinho e é muito romântica. Mas não pensa só em príncipes, não. O romantismo dela é um tipo de idealismo. Ela quer melhorar o mundo. Por isso, tornou-se ecologista e vegetariana. Isso quer dizer que ela nunca come carne. Prefere a “alimentação natural”. Lúcio -- É o “cérebro” da turma. Como adora ler e vive com livros embaixo do braço, tem sempre uma informação preciosa para dar aos amigos. Também por isso é sempre o primeiro da classe, o “exemplo” que a professora mostra para a turma. O único problema é que, como ele é um intelectual, vive “encucado”. Shirley Valéria -- A garota mais bonita da turma, por isso é cobiçada por todos os meninos. Também, ela passa o dia todo fazendo ginástica e se embelezando. Para falar a verdade, é uma autêntica “perua”. Deve ser por influência da mãe dela, que sonha em torná-la uma modelo-atriz- -*socialite* cheia da grana. O resultado é que a Shirley esquece um pouco de pensar. Junim -- Por ser o mais novinho e o mais baixinho da turma, além de usar óculos, fica chateado com as caçoadas dos colegas e tenta descontar de qualquer maneira. Acaba se tornando um “cri-cri”. Pessimista, desconfiado, mal-humorado, sempre fala alguma coisa chata só para contrariar. Mas todo mundo sabe que isso é apenas uma máscara dele. É um dos maiores amigos do Menino Maluquinho. Sugiro Fernando -- É um dos vizinhos do Menino Maluquinho. Sugiro é descendente de japoneses e, como a maioria deles, é muito obediente, quietinho e aplicado nos estudos. A sua maior paixão é o computador. Passa tanto tempo na Internet que a mãe dele precisa arrastá-lo para fora do quarto. O único que consegue fazê-lo brincar na rua é o Maluquinho. Herman -- É o oposto do Menino Maluquinho. Machão, mal-humorado e tapado, fica irritado com a alegria do Maluquinho e está sempre querendo dar uns tabefes nele. Mas, como o nosso amigo é muito mais esperto, sempre engana o grandalhão. O Herman lidera uma outra turminha de meninos como se fosse um general. Isso é influência do pai e do avô dele, que são militares. Nina -- É a irmãzinha do Bocão. Apesar de ser a menor da turma, faz questão de participar de todas as aventuras. Se o Bocão não quer levá-la, ela ameaça contar tudo para a mamãe. O que é bom, pois ela é muito mais inteligente e madura que o irmão. Adaptado de: ~,http:ÿÿ~ portaldoprofessor.mec.~ gov.brÿfichaTecnicaAula.~ html?pagina=~ espaco%2Fvisualizar{-~ aula&aula=21260&secao=~ espaco&request{-locale=es~, ~,http:ÿÿmeninomaluquinho.~ educacional.com.brÿ~ personagens~, Vocabulário Célebre: adj. 2 g. Famoso. *Socialite*: s. 2 g. Pessoa que pertence à classe alta e que geralmente figura nas colunas sociais.

Tirinha em quatro quadrinhos Quadrinho 1 -- Maluquinho e seu pai conversam: “Qual o tipo de música de que você gosta, filho? *Rock*?” Quadrinho 2 -- Maluquinho: “Não, *Rap*!” Quadrinho 3 -- O pai: “Mas *Rap* não é música de marginal?” Quadrinho 4 -- Maluquinho: “Ué? O *Rock* também não era?” Tirinha em três quadrinhos Quadrinho 1 -- Bocão: “Não fica triste, Junim! Toda turma de garotos tem um *líder*! O nosso é o *maluquinho*! Quadrinho 2 -- Junim: “Mas *quem é ele* pra mandar em mim? Ele não é minha mãe...”

Quadrinho 3 -- Bocão: “Aí já é demais, Junim! Você quer que *a sua mãe* seja a *chefa* da nossa turminha?" Tirinha em quatro quadrinhos Quadrinho 1 -- Maluquinho e Junim estão de pé, lado a lado. Maluquinho parece tirar algo de dentro do seu paletó. Junim, assustado, aponta para frente e diz: “Olha!” Quadrinho 2 -- Carol e Julieta chegam. Julieta pergunta: “O que vocês estão fazendo aí?” Os dois meninos, agora agachados, parecem estar cavando. Maluquinho responde: “Catando minhocas!” Quadrinho 3 -- Elas se afastam. Carol: “Ai, credo! Os meninos são tão nojentos!” Julieta: “Que mau gosto!”

Quadrinho 4 -- Os meninos estão novamente de pé e sozinhos. Maluquinho abre o paletó, retira o que estava escondido e diz: “Pronto! Agora já dá pra dividir o chocolate!” Tirinha em três quadrinhos Quadrinho 1 -- Julieta olha assustada para Maluquinho, que está vestindo uma capa preta e com o rosto coberto por uma máscara. Julieta: “Aaai! Um bandido!” Maluquinho: “*Calma! É* eu o Maluquinho!” Quadrinho 2 -- Maluquinho: “De agora em diante eu *era* um *fora da lei*!”

Quadrinho 3 -- Maluquinho: "Quer dizer, fora da *lei gramatical*." Adaptado e Revisado pela Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Caro leitor, agora temos dois números para contato telefônico: (55) (21) 3478- -4457/4531. Um forte abraço! Coordenação das Revistas em Braille :::::::::::::::::::::::: Conto das fadas Há muito e muito tempo, num país encantado chamado Tisori, havia uma cidade bem pequena, onde nevava muito. Caíam tantos flocos de neve que a cidade passou a ser chamada de Floc-Floc. Lá todos eram bastante felizes e alegres. Quem tomava conta do país eram as fadas, e todos viviam em harmonia. Um dia, quando acordaram, a cidade estava muito mais quente e isso assustou os moradores, que estavam acostumados a viver no frio. As fadas acordaram e perceberam que o sol estava bem próximo, muito mais do que o normal! -- Pelas estrelas! O sol está muito próximo de nós! O que fazer? -- Não se preocupem -- disse o sol -- vou voltar para o meu lugar em menos de três horas. -- O que você disse!? -- perguntou uma das fadas.

-- Se você demorar mais uns vinte minutos, nós vamos mor- rer! -- disse a fada mais velha. -- Calminha! -- disse o sol -- é brincadeirinha; vou voltar agora mesmo. Eu vim parar aqui de noite porque sou sonâmbulo. E se despediu: -- Adeus, fadas! Voltou a nevar em Floc-Floc, e todos se sentiram felizes e aliviados. Colaboração da leitora Silvana Martins Sebastião. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da obra Transcrição: Thiago Teixeira Revisão Braille: Abel Ricardo e João Batista Alvarenga