Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Diretoria de Políticas de Educação Especial GRAFIA QUÍMICA BRAILLE PARA USO NO BRASIL Impressão Braille em volume único, na diagramação de 28 linhas por 40 caracteres, da 3ª edição, 2017. Impresso no Institito Benjamin Constant. Volume Único Esplanada dos Ministérios, Bloco L, 2º andar, sala 200 CEP: 70047-900 -- Brasília-DF Fones: (61) 2022-9017/2022-9217 Email: ~,secadi@mec.gov.br~, Brasília-DF -- 2017 --

Presidente da República Federativa do Brasil Michel Temer Ministro da Educação José Mendonça Filho Secretária Executiva Maria Helena Guimarães de Castro Secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Ivana de Siqueira Diretora de Políticas de Educação Especial Patrícia Neves Raposo _`[{descrição da imagem da capa: Duas mãos seguram uma estrutura que tem o globo terrestre ao centro e em volta 3 anéis fazendo alusão ao modelo atômico de Rutherford, em que o globo terrestre representa o núcleo e os anéis, a eletrosfera_`] Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Grafia Química Braille para Uso no Brasil / elaboração: RAPOSO, Patrícia Neves... [et al.]. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - Brasília: SECADI, 2017. 3ª edição 73 p. ISBN: 978-85-7994-091-0 1. Educação Especial. 2. Grafia Química Braille. 3. Braille. I. Título. ¨ CDU 376.32

Ficha Técnica Secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Ivana de Siqueira Diretora de Políticas de Educação Especial Patrícia Neves Raposo Elaboração Patrícia Neves Raposo Rejane Ferreira Machado Pires Colaboradores Cleuza Soares Kegler Débora de Sousa Machado Fernando Rodrigues Gerson de Souza Mól Jodoval Farias da Costa Joselaine Sousa Pereira Larine Araujo Pires Marcílio Martins de Morais Maria Glória Batista da Mota Maria Luzia do Livramento Mônica Porciúncula Pernambuco

Paula Márcia Barbosa Roberto Duarte Leite Capa João Matheus Câmara Rios Portales Raposo Jônatas Elienay Pacheco Portugal Valentina Sofia Silva Sandri Revisão Alceu Kuhn Carla Gomes da Rocha Débora de Sousa Machado Edmundo Ribeiro do Nascimento Junior Idalene Aparecida André Larine Araujo Pires Linair Moura Barros Martins Marcelo Lofi Maria da Glória de Sousa Almeida Maria Dinalva Tavares Carneiro Maria do Socorro Belarmino de Souza Patrícia Neves Raposo Rejane Ferreira Machado Pires Tânia Regina Martins Rezende

Sumário Apresentação ::::::::::::::::::::: 1 Introdução ::::::::::::::::::::::: 4 Orientações para transcrição ::::: 15 1. Representação dos elementos químicos :::::::::::::::::::::::: 19 2. Número de átomos nas fórmulas das substâncias químicas :::::::: 20 2.1. Fórmula geral para cálculo da fórmula molecular dos compostos orgânicos ::::::::::::: 20 3. Número atômico e número de massa de elementos químicos ::::: 23 4. Coeficientes estequiométricos em equações químicas :::::::::::: 30 5. Estado de agregação das substâncias ::::::::::::::::::::: 31 6. Cargas elétricas de espécies químicas :::::::::::::::::::::::: 32 6.1. Cátions ::::::::::::::::::: 33 6.2. Ânions :::::::::::::::::::: 37 6.3. Elétrons :::::::::::::::::: 41 6.4. Dipolo de uma molécula :::: 43 7. Setas :::::::::::::::::::::::: 47 7.1. Seta de reação para a direita ::::::::::::::::::::::::: 47 7.2. Seta de reação para a esquerda :::::::::::::::::::::::: 47 7.3. Seta de reversibilidade ::: 49 7.4. Seta de reversibilidade favorecendo a reação para a direita ::::::::::::::::::::::::: 51 7.5. Seta de reversibilidade favorecendo a reação para a esquerda :::::::::::::::::::::::: 51 7.6. Emprego de setas com símbolos acima e/ou abaixo ::::: 53 7.7. Seta curva para a direita ::::::::::::::::::::::::: 59 7.8. Seta curva para a esquerda :::::::::::::::::::::::: 61 7.9. Representação de estruturas de ressonância :::::::::::::::::: 63 8. Ligações químicas :::::::::::: 71 8.1. Ligações horizontais :::::: 71 8.2. Ligações verticais :::::::: 71 8.3. Ligações na posição oblíqua ::::::::::::::::::::::::: 71 8.4. Ligação de hidrogênio ::::: 77 8.5. Ligação dativa :::::::::::: 79 8.6. Ruptura de ligação química ::::::::::::::::::::::::: 83 9. Notação de Lewis :::::::::::: 85

10. Radical livre ou grupo funcional ::::::::::::::::::::::: 95 11. Níveis de energia ::::::::::: 96 12. Cadeias carbônicas :::::::::: 103 12.1. Cadeia carbônica de tamanho determinado ::::::::::::: 103 12.2. Cadeia carbônica de tamanho determinado com heteroátomo ::::::::::::::::::::: 107 12.3. Cadeia carbônica muito longa ou polímero ::::::::::::::: 108 13. Estruturas cíclicas ::::::::: 109 13.1. Benzeno :::::::::::::::::: 109 13.2. Anéis benzênicos múltiplos (com dois átomos unindo os anéis) ::::::::::::::::::::::::: 109 13.3. Anéis benzênicos com ramificações :::::::::::::::::::: 110 13.4. Algumas estruturas cíclicas não ramificadas :::::::: 123 14. Estruturas tridimensionais de fórmulas químicas ::::::::::::::: 127 15. Símbolo braille delimitador :::::::::::::::::::: 131 16. Abreviaturas de funções orgânicas ::::::::::::::::::::::: 132

17. Translineação de fórmulas químicas :::::::::::::::::::::::: 134 18. Unidades de medidas e aplicações :::::::::::::::::::::: 137 18.1. Unidades básicas de medidas ::::::::::::::::::::::::: 143 18.2. Representações específicas ::::::::::::::::::::: 144 Referências :::::::::::::::::::::: 149 Anexo -- Alfabeto Grego :::::::: 155 Apresentação As políticas públicas criadas com o objetivo de possibilitar a inclusão pautada no reconhecimento da diversidade mostram um avanço democrático que vai ao encontro da justiça social ao promover a equidade. O reconhecimento da diversidade, a promoção da equidade e o fortalecimento da inclusão de todos nos processos educativos conferem pertinência e qualidade à educação básica e superior e promovem a justiça social para acesso e participação plenos à educação. O ensino da Química, na perspectiva de formação de cidadãos críticos e conscientes, deve possibilitar aos alunos a aquisição de conhecimentos que lhes permitam representar fenômenos e substâncias e comunicar-se com outras pessoas conhecedoras dessa linguagem, além de possibilitar a interação consciente com os produtos gerados tecnologicamente, como medicamentos, alimentos, cosméticos, entre outros. Essa é a ideia norteadora da educação científica para todos os alunos e, aos alunos com deficiência visual, o Ministério da Educação (MEC) disponibiliza a Grafia Química Braille para Uso no Brasil com vistas a concretização da meta de normatizar a simbologia braille utilizada em Química. A atual versão da Grafia Química Braille para Uso no Brasil dispõe de símbolos representativos para transcrição em braille do componente curricular de Química, suas entidades em diferentes posições, diagramas, notações específicas, determinadas figuras e estruturas, permitindo maior e melhor acesso das pessoas cegas aos textos científicos da Educação Básica e do Ensino Superior. Com a publicação dessa Grafia, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC se alinha ao desenvolvimento integral das pessoas com deficiência

visual, à garantia de direitos humanos e ao desenvolvimento inclusivo dos sistemas de ensino. Ivana de Siqueira Secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão -- MEC

Introdução A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 preconiza no título II, art. 3º que o ensino será ministrado com base em princípios, entre os quais destacamos os incisos: I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais (BRASIL, 1996). O direito e a necessidade de conhecimento são pertinentes a todas as pessoas que vivem em nossa sociedade. Reconhecer e respeitar a diversidade humana é essencial para uma educação que inclua todos. No ensino das ciências verifica-se a necessidade de adaptações de materiais e de estratégias metodológicas para a educação do aluno com deficiência visual. Essas exigências são compatíveis com as aquisições e o desenvolvimento de habilidades e competências pertinentes aos diversos componentes curriculares, com vistas à formação acadêmica, pessoal e profissional dos alunos. A complexidade do currículo e o gradual aumento quantitativo e qualitativo das aprendizagens exigem linguagens e recursos específicos nas áreas de conhecimento contempladas, a exemplo de Física, Química e Matemática (RAPOSO e CARVALHO, 2005). Na representação das linguagens específicas, o aluno cego vale-se das grafias braille correspondentes às disciplinas, acrescentando-se ainda, o uso de gráficos, tabelas, diagramas e outros, cuja transcrição para o sistema Braille e adaptação em relevo demandam recursos humanos e materiais adequados (RAPOSO e CARVALHO, 2005). A ciência Química é caracterizada pelo uso e pela aplicação de teorias e modelos específicos. Além disso, utiliza uma linguagem própria que permite a comunicação entre cientistas e técnicos de diferentes áreas que empregam conhecimentos químicos. Essa linguagem específica também informa pessoas leigas sobre substâncias químicas presentes em produtos, a exemplo de remédios e cosméticos (PIRES, 2010). O ensino da Química, na perspectiva de formação de cidadãos críticos e conscientes, deve possibilitar aos alunos a aquisição de conhecimentos que lhes permitam interagir conscientemente com os produtos gerados tecnologicamente. Segundo Mortimer, Machado e Romanelli (2000), para a completa aprendizagem da Química, o seu ensino deve contemplar os três diferentes níveis de abordagem: fenomenológico ou macroscópico, o teórico ou microscópico e o representacional. O nível macroscópico aborda os fenômenos estudados pelas químicas. Nesse nível concreto acontecem as transformações e se observam as propriedades de substâncias e de materiais. Quando observamos a combustão de uma amostra de álcool comercial (etanol), por exemplo, ou verificamos a formação de um precipitado, estamos abordando a Química de forma descritiva e funcional. De forma geral, o ensino de Química se ocupa pouco desse nível, embora busque explicá-lo. Ele aparece mais no ensino formal por meio de propostas de atividades experimentais realizadas por alunos ou demonstradas por professores. O nível microscópico corresponde às teorias e modelos que os químicos utilizam para descrever e justificar os fenômenos observados macroscopicamente. Assim, quando observamos a formação de um precipitado pela mistura de soluções aquosas de nitrato de prata com cloreto de sódio, por exemplo, afirmamos que este precipitado é formado pela ligação entre íons prata e íons cloreto, constituindo o sal cloreto de prata, praticamente insolúvel em água. A compreensão do nível microscópico exige grande abstração, o que implica no desenvolvimento da capacidade de elaboração de ideias e da articulação de conceitos. Nesse nível estão as teorias que explicam a constituição da matéria e seus comportamentos em diferentes condições. Como exemplo de teoria de explicação da constituição da matéria podemos citar as que descrevem a estrutura dos átomos (teorias atômicas) e das substâncias (modelos de ligação química). O nível representacional, empregado pelos químicos desde os primórdios dessa ciência, utiliza uma simbologia própria que permite a representação das substâncias, suas propriedades e suas transformações. Por meio dessa simbologia, os químicos podem representar fenômenos e substâncias e comunicar-se com outras pessoas conhecedoras dessa linguagem. Ao desenvolver o conteúdo em sala de aula, o professor de Química deve distinguir e contemplar esses três níveis, além de trabalhar a compreensão de gráficos e diagramas utilizados para explicação de conceitos e fenômenos.

A representação de estruturas e fenômenos por meio da linguagem simbólica pode se tornar um obstáculo se o aluno cego ou com baixa visão não tiver como percebê-la. Em Química representamos estruturas de átomos e moléculas por meio de figuras carregadas de informações. Essas representações constituem os textos científicos em livros ou são apresentadas por professores para ensinar os conceitos dessa área. Sem ter acesso às representações ou suas descrições, o aluno com deficiência visual passa a ser excluído do processo de ensino e aprendizagem pela falta de informação. O mesmo acontece quando o professor aborda gráficos e esquemas utilizados para indicar variações que acontecem nos processos em estudo. A transcrição em Braille tem como objetivo atender aos alunos cegos conhecedores desse Sistema, possibilitando a escrita e a leitura do conteúdo textual comum. Para atender às especificidades da linguagem química foi produzida pelo MEC, a Grafia Química Braille para Uso no Brasil (MEC, 2002). Por meio dessa Grafia pode-se representar substâncias e reações e assim permitir o acesso do aluno usuário de Braille ao nível representacional da Química. Além de representar símbolos, fórmulas e equações, a Grafia Química Braille para Uso no Brasil permite, também, a representação de estruturas moleculares. Em 2005 a Secretaria de Educação Especial/Comissão Brasileira do Braille (CBB) aplicou um instrumento para avaliar o uso dessa Grafia no Brasil. As sugestões, necessidades, considerações e contribuições dos sistemas de ensino foram analisadas pelo Grupo Técnico para Estudo e Atualização da Grafia Química Braille. Esse grupo foi organizado pela CBB, professores da Universidade de Brasília e do Instituto Benjamin Constant com conhecimentos específicos do Braille e do componente curricular em questão. Em 2014, verificou-se a necessidade de revisão e a atualização da referida Grafia, que foi realizada pelos membros da CBB juntamente com uma consultora da área de Química, e considerou os seguintes aspectos: -- simbologia definida no Código Matemático Unificado (CMU); -- simbologia braille já convencionada; -- simbologia utilizada em Química que não possui representação correspondente em braille; -- facilidade do uso e aplicação da grafia química, por parte de transcritores, profissionais dos serviços de apoio oferecidos a alunos com deficiência visual e professores de Química em todo o país; -- viabilidade do uso e aplicação da grafia química por pessoas cegas; -- necessidade de orientações e recomendações metodológicas para o ensino de determinados conceitos, estruturas e fenômenos, especialmente, quando sua representação bidimensional (em braille ou em relevo) dificultar a compreensão do tema em estudo; -- adição de novos símbolos braille representativos.

Assim como os demais alunos, aqueles que apresentam deficiência visual devem ter acesso a todos os níveis de abordagem presentes no estudo da Química. Para isso, em alguns casos, necessitamos promover adaptações que permitam tal acesso. É nesse sentido que se exige um empenho complementar do professor e da escola na qual os alunos estão incluídos. É também nesse princípio que temos pesquisado e buscado opções que possam promover esse acesso. A atual versão da Grafia Química Braille para Uso no Brasil dispõe de símbolos representativos para transcrição em braille do componente curricular de Química, suas entidades em diferentes posições, diagramas, notações específicas, determinadas figuras e estruturas, permitindo maior e melhor acesso das pessoas cegas aos textos científicos da educação básica e do ensino superior. Na definição dos símbolos braille muitos sinais representativos das propostas analisadas na versão preliminar foram utilizados. Outros foram convencionados na tentativa de elaborar um trabalho de Grafia Química contendo o maior número possível de símbolos para transcrição de textos em Química, assim como vários e diversificados exemplos ilustrativos que visam favorecer o uso e a aplicação da Grafia por transcritores e usuários do Sistema Braille. Para essa versão, realizamos uma revisão criteriosa dos conteúdos químicos abordados em livros didáticos do Ensino Médio e Superior. Consideramos, também, questões e regras apresentadas pela IUPAC (*International Union of Pure and Applied Chemistry*), simbologias e representações braille adotadas por grafias químicas de outros países, como a da Alemanha, da França, da Austrália, da Espanha e do Reino Unido, e verificamos as convergências linguísticas adotadas nas demais grafias químicas com a grafia que é adotada no Brasil. Optamos pela inclusão de novos símbolos, utilizados no Ensino Médio e Ensino Superior, a exemplo, da seta de duas pontas inteiras e da simbologia braille representacional para a "deslocalização da dupla ligação" utilizadas na representação das estruturas de ressonância; dipolos de uma molécula, representação esquemática de células eletroquímicas, dentre outros. Analisamos ainda, a pertinência de manter determinados itens, cujas representações são relativas a conteúdos com frequência reduzida ou que já foram suprimidos do ensino de Química. Esses casos estão indicados em cada capítulo como forma de consulta ou uso, se forem necessários, como a representação das ligações dativas e ruptura de ligação. Uma observação importante, em especial para transcritores de braille, é a utilização de um único sinal braille para duas ou mais representações em tinta, como proposto nos capítulos 9 e 13, que indicam a notação de Lewis e a representação do benzeno.

Orientações para transcrição Para facilitar a aplicação dos símbolos da Grafia Química Braille para Uso no Brasil, orientamos professores, transcritores e usuários que observem o seguinte: 1. Nas representações das fórmulas de substâncias químicas não se usa caixa alta (Ver exemplos nos capítulos 1 e 2). 2. Os símbolos convencionados devem ser utilizados de acordo com as orientações específicas e exemplos de aplicação. 3. Em ciências, utilizam-se ícones com significados específicos para representar condições que merecem atenção especial. Seu objetivo é transmitir uma informação de modo imediato. Esses ícones, apesar de apresentarem similaridades, não têm representação única. Na transcrição braille, seu significado será apresentado entre colchetes, quaisquer que sejam as representações em tinta.

Exemplos: a) radioatividade `[radioatividade`] b) inflamável `[inflamável`] c) corrosivo ou líquido corrosivo `[corrosivo`] ou `[líquido corrosivo`] d) tóxico `[tóxico`] e) explosivo `[explosivo`] 4. Em textos científicos não se utiliza estenografia para evitar confusões na leitura. 5. Na transcrição de fórmulas inseridas em textos deve-se deixar duas celas vazias antes e duas celas vazias depois de sua representação, exceto nos casos em que fórmulas ou compostos são seguidos de sinais de pontuação (Ver capítulo 15). 6. Recomenda-se, na transcrição de textos científicos, a inclusão de tabelas contendo os sinais utilizados e respectivos significados, assim como a representação da signografia e dos gráficos adotados no sistema comum (em tinta). 7. Em relação à Tabela Periódica recomenda-se a adaptação em relevo. A simbologia específica para representação dos elementos químicos, bem como o seu número de massa e número atômico, devem seguir a simbologia braille descrita nos capítulos 1 e 3. 8. Quando se representa uma equação/reação química, os sinais operatórios e os símbolos de relação numérica do CMU são antecedidos e seguidos de cela vazia (Ver exemplos no capítulo 7). 9. As setas são representadas entre espaços, inclusive aquelas que possuem símbolos abaixo e/ou acima (Ver exemplos no capítulo 7). 10. O corte de equações químicas é feito antes ou depois de símbolos operatórios, símbolos de relações numéricas ou setas, não sendo necessária a repetição destes símbolos na linha seguinte (Ver capítulos 5 e 7). 11. Nos casos especificados no capítulo 17, em que a translineação é feita após uma ligação química, torna-se necessário repetir o símbolo na continuidade da representação. 12. Na continuação de fórmulas, de equações ou no caso de translineação, deixam-se duas celas em branco na linha seguinte. Nos demais casos, deve-se seguir as Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille. 13. A nota de transcrição é delimitada pelos sinais compostos _`[ `(456#abcef`) para abertura e _`] `(456#bcdef`) para fechamento. O texto da nota deve sempre iniciar com letra maiúscula (Ver exemplos no capítulo 16).

1. Representação dos elementos químicos São transcritos conforme o sistema comum. Exemplos: C -- carbono He -- hélio Mg -- magnésio Na -- sódio O -- oxigênio Po -- polônio W -- tungstênio

2. Número de átomos nas fórmulas das substâncias químicas Em Química, os índices inferiores à direita, representativos do número de átomos nas fórmulas das substâncias químicas, são transcritos na parte inferior da cela braille, sem indicativo de posição e sem sinal de algarismo. Exemplos: a) Fe b) N; c) O: d) H;O e) H;S{oÿ f) Li:P{oÿ g) Al`(O{h`): 2.1. Fórmula geral para cálculo da fórmula molecular dos compostos orgânicos Para representação em Braille da fórmula geral utilizada para determinar a fórmula molecular de compostos orgânicos, usa-se o símbolo indicador de posição de índice inferior í (34), como na representação do índice "n" ou "2n". E para a representação de expressão matemática, por exemplo "2n+1" ou "2n+2" utiliza-se o indicador de posição de índice inferior í (34) com essa expressão matemática entre parênteses auxiliares braille ? * (26 35). Quando houver a necessidade de realizar a translineação, deve-se observar os itens 9 e 11 das Orientações para transcrição. Os índices inferiores são colocados após a representação do carbono ou do hidrogênio, tal como aparecem nos seguintes exemplos: Exemplos: a) fórmula geral dos alcanos CínHí?2n+2* b) fórmula geral dos alcenos, cicloalcanos CínHí2n

c) fórmula geral dos alcinos, alcadienos, cicloalcenos CínHí?2n-2* d) fórmula geral dos álcoois CínHí?2n+1*O{h ou CínHí?2n+2*O

3. Número atômico e número de massa de elementos químicos Na representação em braille dos números atômicos e de massa utilizam-se os indicadores í (34) para a posição inferior e â (16) para a posição superior. Da mesma forma que em tinta, o número atômico em braille, deve ser representado à esquerda do símbolo do elemento químico. A representação do número de massa é feita à esquerda do símbolo do elemento químico, de acordo com recomendação da IUPAC, independentemente da posição em que aparecer em tinta.

Exemplos:

Outros exemplos de representações de número atômico e de número de massa, contendo números e letras: a) íZâA{x b) í4âA{x Quando a representação do número de massa ou do número atômico for uma expressão matemática, esta ficará entre parênteses auxiliares braille ? * (26 35). a) íZâ?p+n*X b) í20â?p+18*X

4. Coeficientes estequiométricos em equações químicas São os números que precedem as fórmulas das substâncias em equações químicas. Em Braille, *não se deixa* cela vazia entre o coeficiente e o elemento que o segue, exceto na representação de elétron (ver item 6.3). Exemplos: a) 2H;`(g`) + O;`(g`) :r 2H;O`(l`) b) N;`(g`) + 3H;`(g`) :r 2N{h:`(g`) Nota: a simbologia braille utilizada na representação do estado de agregação das substâncias e da seta de reação para direita são apresentadas respectivamente nos capítulos 5 e 7 (item 7.1).

5. Estado de agregação das substâncias O estado de agregação é representado por abreviatura correspondente, entre parênteses simples `( `) (126 345), colocada imediatamente após a fórmula da substância, ou seja, em braille *não se deixa* cela vazia antes da abertura dos parênteses. aquoso -- `(aq`) gasoso -- `(g`) líquido -- `(l`) sólido -- `(s`) Exemplos: a) CaC{o:`(s`) :r CaO`(s`) + C{o;`(g`) b) CaC{o:`(s`) + H;S{oÿ`(aq`) :r CaS{oÿ`(s`) + C{o;`(g`) + H;O`(l`) Nota: a simbologia braille utilizada na representação da seta de reação para direita é apresentada no capítulo 7 (item 7.1).

6. Cargas elétricas de espécies químicas As cargas elétricas de espécies químicas são representadas antepondo-se a elas o ponto é~ (5). (a letra *é* é só referência para o ponto 5) _áA letra *é* trata-se apenas de um símbolo referencial de posição para o ponto 5_ú

6.1. Cátions

Exemplos:

6.2. Ânions

Exemplos: Exemplos de cargas elétricas de espécies químicas em equações: a) H~+`(aq`) + O{h~-`(aq`) :r H;O`(l`) b) H;C{o:`(aq`) :r 2H~+`(aq`) + C{o:~2-`(aq`) Nota: a simbologia braille utilizada na representação da seta de reação para direita é apresentada no capítulo 7 (item 7.1).

6.3. Elétrons O elétron é representado em textos de química por e~- `(15#e#cf`). Na representação braille de um número indicando coeficiente estequiométrico seguido do símbolo de elétron, *deixa-se uma cela* vazia entre eles. Trata-se de uma exceção a regra do item 4. Exemplo: a) MnOÿ~- + 8H~+ + 5 e~- :r Mn~2+ + 4H;O Nota: a simbologia braille utilizada na representação da seta de reação para direita é apresentada no capítulo 7 (item 7.1).

6.4. Dipolo de uma molécula É representado em tinta pelas cargas ¨ (delta minúsculo com sinal positivo) e (delta minúsculo com sinal negativo). Independentemente da posição em que apareça o símbolo em tinta, em braille utiliza-se a seguinte representação: símbolo do elemento químico sinal indicativo de carga elétrica -- é~ (5) delta minúsculo -- ^d `(4#ade`) sinal positivo -- + (235) ou sinal negativo -- - (36)

Exemplos: a) H~^d+~,Cl~^d- b) H~^d+ H~^d+ â í â í O~^d- ^^ Nota: as simbologias braille utilizadas nas representações das ligações químicas e do par de elétrons são apresentadas respectivamente nos capítulos 8 (itens 8.1 e 8.2) e 9.

7. Setas As setas são representadas das seguintes formas: 7.1. Seta de reação para a direita ¨ :r `(0#be#abce#j`) Exemplos: a) 2C`(grafite`) + 2O;`(g`) :r 2C{o;`(g`) b) H;`(g`) + Cl;`(g`) :r 2{hCl`(g`) 7.2. Seta de reação para a esquerda ¨ w: `(0#bdef#be#j`) Exemplos: a) 2H;`(g`) + O;`(g`) w: 2H;O`(l`) b) H;S{oÿ`(aq`) w: 2H~+`(aq`) + S{oÿ~2-`(aq`)

7.3. Seta de reversibilidade As setas para equação química são corretamente representadas com meia ponta ( ). Entretanto, alguns livros ainda trazem, de forma equivocada, a representação das setas com pontas inteiras ( ). Para os dois casos utiliza-se a seguinte representação: ÿ:h `(#j#bef#be#abe#j`) Exemplos: a) 2S``{o;`(g`) + O;`(g`) ÿ:h 2S{o:`(g`) b) N;`(g`) + 3H;`(g`) ÿ:h 2N{h:`(g`) c) NaO{h`(aq`) + H{cl`(aq`) ÿ:h NaCl`(aq`) + H;O`(l`) d) N;`(g`) + 3H;`(g`) ÿ:h 2N{h:`(g`)

7.4. Seta de reversibilidade favorecendo a reação para a direita ¨ $:h `(0#ef#be#abe#j`) Exemplos: a) Ca`(O{h`);`(aq`) $:h Ca~2+`(aq`) + 2O{h~-`(aq`) b) H;S{oÿ`(aq`) $:h 2H~+`(aq`) + S{oÿ~2-`(aq`) 7.5. Seta de reversibilidade favorecendo a reação para a esquerda ¨ ÿ:b `(#j#bef#be#ab#j`) Exemplos: a) C{h:C{oO{h`(aq`) + H;O`(l`) ÿ:b H:O~+`(aq`) + C{h:C{oO~-`(aq`) b) 2H;O`(l`) ÿ:b H:O~+`(aq`) + O{h~-`(aq`)

7.6. Emprego de setas com símbolos acima e/ou abaixo Nestes casos, as setas são seguidas pelos símbolos braille íí `(#cd#cd`) para indicar a posição abaixo e ââ `(#af#af`) para indicar a posição acima. Exemplos: a) Aquecimento: ¬d `(#de#ade`) K{cl{oÿ`(s`) :rââ¬d K{cl`(s`) + 2O;`(g`) b) Raio de energia: $j `(#ef#bde`) 2H;`(g`) + O;`(g`) :rââ$j 2H;O`(g`) c) Fatores que deslocam equilíbrios: são representados acima e/ou abaixo das setas, com indicadores de posição.

N;`(g`) + 3H;`(g`) $:híípressãoââcalor 2N{H:`(g`) 2H;O;`(g`) :rââMnO; 2H;O`(g`) + O;`(g`) d) Incidência de luz: ^l `(#d#abc`) C{hÿ + Cl; :rââ^l C{h:Cl + H{cl Observação: Em livros antigos, é comum encontrar em reações químicas a utilização de setas para indicar a formação de precipitados (seta para baixo) ou a liberação de gases (seta para cima). Porém, atualmente, esses casos são representados, respectivamente, pela indicação dos estados de agregação das substâncias, sólido `(s`) e gasoso `(g`).

Exemplos: a) C`(grafite`) + O;`(g`) :r C{o;`(g`) b) NaCl`(aq`) + AgN{o:`(aq`) :r NaN{o:`(aq`) + AgCl`(s`)

7.7. Seta curva para a direita a) representando o movimento de um elétron *:h `(#ce#be#abe`) b) representando o movimento de dois elétrons *:r `(#ce#be#abce`) Exemplo H â â B{ââ*:r + ïH~,C~,X :r í í üH H _ _ Bï~,C~,ïH + X~- _ _ üH

7.8. Seta curva para a esquerda a) representando o movimento de um elétron j:? `(#bde#be#bf`) b) representando o movimento de dois elétrons w:? `(#bdef#be#bf`) Exemplo: H â _ ýý C~+~,C + {Br{ííw:? í _ ^^ Br H _ _ :ríírápida ~,C~,C~, _ _ A transcrição em braille dos símbolos para setas curvas para a direita ou para a esquerda deve obedecer à representação em tinta. Assim, quando necessário as setas curvas para a direita ou para a esquerda são precedidas pelos símbolos braille íí `(#cd#cd`) para indicar a posição abaixo e ââ `(#af#af`) para indicar a posição acima. Nota (itens 7.7 e 7.8): as simbologias braille utilizadas nas representações das ligações químicas, do par de elétrons e da estrutura tridimensional são apresentadas respectivamente nos capítulos 8 (itens 8.1 e 8.2), 9 e 14. 7.9. Representação de estruturas de ressonância Na representação das estruturas de ressonância utiliza-se a seta de duas pontas inteiras ( ). Em braille, esta seta é representada, entre espaços, pelos pontos <:> `(#j#bdf#be#ace#j`). Para representar a "deslocalização da dupla ligação", utiliza-se o símbolo braille ^~, `(#d#e#b`).

Exemplos: a) ozônio O$;O~,O <:> O~,O$;O ou O^~,O^~,O

b) Benzeno H _ C íí â H~,C C~,H _ _l H~,C C~,H ââ í C _ H <:> H _ C í ââ H~,C C~,H _l _ H~,C C~,H â íí C _ H

Para facilitar a transcrição dessa estrutura de ressonância do benzeno sugere-se utilizar os símbolos <> `(#bdf#ace`) para o benzeno da esquerda e >< `(#ace#bdf`) para o benzeno da direita. É importante observar que as "duas estruturas do benzeno" apresentam as ligações duplas em posições "diferentes", indicando a deslocalização das duplas ligações. A seta de duas pontas inteiras ( ) é representada em braille pelos pontos <:> `(#j#bdf#be#ace#j`). Exemplo: <> <:> >< Nota: essa forma de representação do benzeno -- >< `(#ace#bdf`) -- somente será utilizada neste exemplo. Para a estrutura do benzeno ver capítulo 13 (item 13.1). Quando aparecer a representação da "deslocalização da dupla ligação", como apresentado no exemplo em tinta abaixo, utilizam-se os símbolos braille `(#bdf#acdf#ace`). Exemplo: Nota: é necessária a representação da estrutura de ressonância do benzeno em relevo para melhor compreensão.

8. Ligações químicas 8.1. Ligações horizontais a) Simples ~, `(#e#b`) b) Dupla $; `(#ef#bc`) c) Tripla _l `(#def#abc`) 8.2. Ligações verticais a) Simples _ (456) b) Dupla _l `(#def#abc`) c) Tripla _é `(#def#abcdef`) 8.3. Ligações na posição oblíqua a) Superior direita ou inferior esquerda -- Simples í (34) -- Dupla íí `(#cd#cd`) -- Tripla ííí `(#cd#cd#cd`)

b) Superior esquerda ou inferior direita -- Simples â (16) -- Dupla ââ `(#af#af`) -- Tripla âââ `(#af#af#af`) Exemplos: a) C:H" -- propano H:C~,C{h;~,C{h: b) C;Hÿ -- eteno H;C$;C{h; c) C;H; -- etino H{c_lC{h

d) C;H! -- etano H H _ _ H~,C~,C~,H _ _ H H e) C:H!O -- propanona H:C~,C~,C{h: _l O f) C;HÿO; -- ácido acético O íí H:C~,C â O{h g) S{o; -- dióxido de enxofre S ííââ O O

8.4. Ligação hidrogênio a) na posição horizontal ~~ `(#e#e`) b) na posição vertical { (46) c) na posição oblíqua ã (345) ê (126) Exemplos: a) H{f -- fluoreto de hidrogênio H H ã â ã â F F F F F í ê í ê í H H H

b) N{h: -- amônia H H _ _ H~,N~,H~,N _ _ H H { H~,N~,H _ H 8.5. Ligação dativa O conceito de ligação dativa não é mais utilizado e deve ser evitado. Porém, se aparecer, deve ser representado como a seguir: a) Para a direita -. `(36#c`) b) Para a esquerda ý- `(6#cf`)

c) Para cima _a `(456#a`) d) Para baixo _. `(456#c`) e) Para cima à direita í, `(34#b`) f) Para cima à esquerda ~â `(5#af`) g) Para baixo à direita â, `(16#b`) h) Para baixo à esquerda ~í `(5#cd`)

8.6. Ruptura de ligação química Apesar da baixa ocorrência do uso de ruptura de ligação química no Nível Médio, se aparecer, deve ser representado como a seguir: ¬ (45) Essa simbologia braille deve ser representada antes da ligação a ser rompida. Exemplo: H H _ _ H~,C¬~,H :r H~,C^ + H^ _ _ H H

9. Notação de Lewis Para a notação de Lewis, independentemente da forma utilizada em tinta (bolinhas, pequenas letras x, sinal de mais, asterisco, coloridos ou não), a representação em braille dos elétrons ao redor do elemento químico obedece aos seguintes critérios: a) acima do elemento químico éý éýý `(6 ou 6#f`); b) abaixo do elemento químico é^ é^^ `(4 ou 4#d`); c) à esquerda do elemento químico é^ é{ `(4 ou 46`); d) à direita do elemento químico é^ é{ (4 ou 46).

Fórmula geral: ýý {X{ ^^ Exemplos: a) Boro ^B^ ^ b) Cloro ýý {Cl^ ^^ c) Hidrogênio H^

d) Fósforo ýý ^P^ ^ e) Oxigênio ýý ^O^ ^^ Observação: O compartilhamento de elétrons tem diferentes representações em tinta. Em braille a transcrição é feita com símbolos de ligação química nas distintas posições (Ver capítulo 8).

Exemplos: a) H;O -- água ýý H~,O~,H ^^ Fonte: SANTOS e MÓL, 2005, p.214. b) N{h: -- amônia ýý H~,N~,H _ H

c) C{h:C{oO{h -- ácido acético ýý H {O{ _ íí H~,C~,C _ â H {O~,H ^^ Fonte: SANTOS e MÓL, 2005, p.214.

10. Radical livre ou grupo funcional O radical livre, representado em tinta por uma bolinha cheia (•), é transcrito com o ponto é^ (4) ou o ponto éý (6) de acordo com a sua posição, seguindo a notação de Lewis. Quando representado em tinta por ligação química tem sua transcrição feita pelo símbolo braille correspondente, como descrito no capítulo 8. Exemplos: a) Metil H:C^ b) Metil H:C~, c) Propil H _ H:C~,C{h;~,C^ _ H

11. Níveis de energia Atualmente, esse conteúdo não é recomendado para o Ensino Médio; porém, ainda é encontrado em alguns livros didáticos. De acordo com as teorias atômicas atuais os elétrons estão distribuídos ao redor do núcleo dos átomos em níveis ou camadas que são divididos em subníveis. Nos subníveis, os elétrons ocupam orbitais nos quais se orientam de acordo com seus spins. Os níveis são representados pelas letras maiúsculas: K, L, M, N, O, P, Q; os subníveis são representados pelas letras minúsculas: s, p, d, f. Em braille, o conjunto de orbitais que compõe o subnível é representado entre colchetes `[ `] (12356 23456). Esses orbitais, que aparecem em forma de caixa no sistema comum, em braille são separados por hífen é- (36). Os spins são representados da seguinte forma:

a) Setas para cima e para baixo: ^é. `(4#abcdef#c`) b) Seta para cima: ^l `(4#abc`) c) Ausência de setas no orbital (caixa vazia): é (123456) Exemplos: a) í9F — 1sâ2, 2sâ2, 2pâ5 Representação de orbitais e spins 1sâ2 `[^é.`]

2sâ2 `[^é.`] 2pâ5 `[^é.-^é.-^l`] b) í24Cr — 1sâ2, 2sâ2, 2pâ6, 3sâ2, 3pâ6, 4sâ2, 3dâ4 Representação de orbitais e spins 1sâ2 `[^é.`] 2sâ2 `[^é.`] 2pâ6 `[^é.-^é.-^é.`] 3sâ2 `[^é.`]

3pâ6 `[^é.-^é.-^é.`] 4sâ2 `[^é.`] 3dâ4 `[^l-^l-^l-^l-é`]

12. Cadeias carbônicas As cadeias carbônicas com suas fórmulas estruturais de linha de ligação, são representadas em braille utilizando-se os símbolos de ligações químicas, como descrito no capítulo 8. Na transcrição dessas cadeias: a) as ligações duplas são representadas por: íí `(34#cd`) ou ââ `(16#af`); b) as ligações triplas são representadas por: ííí `(#cd#cd#cd`) ou âââ `(16#af#af`). 12.1. Cadeia carbônica de tamanho determinado Exemplos: a) C"H," -- octano íâíâíâí

b) C,}H;; – di-3,#e-metil-octano ou 3,#e-dimetil-octano íâíâíâí _ _ c) C"H,; -- octa-tri-2,#d,#f-eno ou oct-2,#d,#f-trieno íââíââíââí d) C?H" -- pent-2-ino íâíííâ

12.2. Cadeia carbônica de tamanho determinado com heteroátomo a) C{h:C{oO{c?H,, -- etanoato de 3-metil-butila essência de banana O _l _ íâíâíâ O b) C:H=C{oO{c;H? -- butanoato de etila essência de abacaxi O _l íâíâíâ O Nota: quando aparecerem nas representações de cadeias carbônicas outros elementos químicos que não sejam o carbono, estes são representados abaixo ou acima da estrutura *bond line*. É o que acontece com o oxigênio nas estruturas representadas nas letras a) e b). 12.3. Cadeia carbônica muito longa ou polímero Exemplos: a) `(íâí`)ín onde n é um número inteiro b) `(C{h;C{hCl`)ín

13. Estruturas cíclicas As estruturas cíclicas são transcritas em braille conforme suas representações em tinta. Aquelas que possuem representação específica no sistema comum tem a seguinte simbologia braille: *anel benzênico* õo `(246#ace`) 13.1. Benzeno õo 13.2. Anéis benzênicos múltiplos (com dois átomos unindo os anéis) a) lineares naftaleno õoõo antraceno õoõoõo b) com desvio: mais de dois anéis pode ser representados acima ou abaixo da linha inicial, utilizando-se os indicadores de posição: para cima â (16) para baixo í (34) fenantrenos õoõoâõo e õoíõoõo Nota: embora a estrutura seja a mesma girada em 180°, a representação braille é diferente, pois representa o que está em tinta. benzopireno õoõoâõoíõoâõo Nota: sugere-se a representação da estrutura do benzopireno em relevo para melhor compreensão. 13.3. Anéis benzênicos com ramificações As ramificações são representadas após o símbolo do anel benzênico, utilizando-se o algarismo correspondente ao carbono numerado seguido da ramificação. A numeração do carbono é feita de acordo com a figura abaixo:

1 6 íâ 2 _ l 5 âí 3 4 Exemplos: a) fenol õo1O{h

b) para-hidroxibenzeno ou 1,#d di-hidroxibenzeno õo1O{h4O{h

c) 3-cloro-benzil ou meta-clorometilbenzeno õo1C{h:3Cl õo1Cl3C{h:

d) 1-hidroxinaftaleno ou ^a-naftol õoõo1O{h ou

e) DDT (dicloro-difenil-tricloroetano) Cl Cl Cl â _ í â _ í _ 4Clõoíâõo3Cl

f) Paracetamol (N-4-hidroxifenil)etanamida) O _l H{níâC{h: _ õo4O{h

Nota: Nas representações que apresentam dois ou mais anéis benzênicos ligados (como o exemplo da letra e), pode-se representar o número indicativo da ramificação antes da representação braille do primeiro anel benzênico. Demais representações devem ser transcritas conforme normas indicadas no item 13.3. 13.4. Algumas estruturas cíclicas não ramificadas Representadas por determinadas figuras geométricas são transcritas da seguinte forma: çno `(12346#acde#ace`) onde n representa o número de lados do polígono. Exemplos: a) ciclopropano (triângulo) ç3o

b) ciclobutano (quadrado) ç4o c) ciclopentano (pentágono) ç5o d) ciclohexano (hexágono) ç6o Nota: para as estruturas cíclicas ramificadas sugere-se a utilização de numeração como indicada para o benzeno no item 13.3. Numera-se o carbono superior ou o carbono superior direito com o número 1 e os demais no sentido horário.

14. Estruturas tridimensionais de fórmulas químicas Em tinta, as ligações dessas estruturas são representadas por triângulos isósceles. O triângulo isósceles cheio e com base voltada para o átomo fora do plano de referência indica a posição anterior (ver exemplos); o triângulo isósceles descontínuo e com base voltada para dentro do plano de referência indica a posição posterior (ver exemplos). Em braille, indica-se a posição anterior antepondo-se o símbolo ü (1256) ao elemento químico. Da mesma forma, antepõe-se o símbolo ï (12456) ao elemento em posição posterior.

Exemplos: a) C{hÿ -- metano H _ C í_â í _ â H üH ïH b) N{h: -- amônia ýý N í_â í _ â üH ïH H

15. Símbolo braille delimitador Emprega-se o símbolo @ (156) entre dois símbolos braille, sempre que a representação desses dois símbolos assumir significado diferente do convencionado na Grafia Química Braille para Uso no Brasil. Exemplos: a) representação do carbono assimétrico H _ H:C~,C@*~,C{h;~,C{h: _ O{h b) utilização do símbolo braille delimitador antes de sinais de pontuação Sob ação de raios e relâmpagos, o N; e o O; do ar reagem, dando N{o;@, que dissolvido em água produz H{nO:@;

16. Abreviaturas de funções orgânicas Utiliza-se o símbolo arbitrário à (1246) para abreviar a representação de determinados grupos de átomos repetidos numa cadeia específica. A aplicação deste símbolo é antecedida de nota de transcrição (Ver item 13 das Orientações para transcrição). Exemplos de grupos de átomos representáveis pelo símbolo arbitrário: a) C{h b) C{h; c) C{h: d) C{o e) C{o{o{h f) N{h: g) O{h Exemplos: a) tri-2,#c,#d-metil-pentano ou 2,#c,#d-trimetil-pentano

_`[O símbolo à abrevia o grupo C{h:_`] à~,C{h~,C{h~,C{h~,à _ _ _ à à à b) C!H,;O! – frutose _`[O símbolo à abrevia o grupo O{h_`] H _ H~,C~,à _ C$;O _ à~,C~,H _ H~,C~,à _ H~,C~,à _ H~,C~,à _ H

17. Translineação de fórmulas químicas A translineação, muito frequente nas transcrições para o Sistema Braille, é feita após uma ligação química que é repetida na sequência da fórmula. Exemplo: octano H:C~,C{h;~,C{h;~, ~,C{h;~,C{h;~, ~,C{h;~,C{h;~, ~,C{h: A continuidade de uma fórmula ramificada é determinada por uma série horizontal e vertical de pontos descontínuos. A série horizontal é representada pelo símbolo braille éý (6) e a série vertical pelo símbolo braille é{ (46).

Exemplo: a) 5-benzil,di-3,#g-metil-decano ou 5-benzil-3,#g-dimetil-decano C{h:~,C{h~,C{h;~,ýýýý _ { C{h; { _ { C{h; { _ { C{h: { { ýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýý{ { {ýýýý~,C{h~,C{h;~,ýýýý _ { õo { { ýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýý{ { { C{h: { _ {ýýýý~,C{h~,C{h;~,C{h:

b) butanoato de butila O íí H:C~,C{h;~,C{h;~,C â O~,ýýý { ýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýý{ { {ýýý~,C{h;~,C{h;~,C{h;~,C{h:

18. Unidades de medidas e aplicações As unidades de medidas são transcritas de acordo com as recomendações da IUPAC; suas aplicações apresentadas por equações matemática seguem as recomendações do CMU. Por isso, é necessário muito cuidado para diferenciar letras maiúsculas e minúsculas, posto que representam símbolos distintos. Exemplos: a) concentração de soluções -- C massa em grama -- m massa do soluto -- mí1 quantidade de matéria em mol -- n Volume em litro -- L Aplicação em equações matemáticas a.1) concentração em quantidade de matéria Cí?nÿV*=n(mol)ÿV(L) a.2) concentração em massa Cí?mÿV*=mí1(g)ÿV(L) b) entalpia -- H ou Hâ0 variação de entalpia -- ¬dH variação de entalpia de combustão -- ¬dHíc Aplicação em equações matemáticas ¬dH=Híprodutos-Híreagentes Dado a margem direita da reação Os exemplos de aplicação a seguir referem-se a representação em braille de um dado a margem direita da reação química. b.1) Apenas uma reação química: o dado que em tinta é representado a margem direita da reação, em braille deve ser representado abaixo da reação.

b.1.1) 2H;`(g`) + O;`(g`) :r 2H;O`(l`) ¬dHâ0=-68 kcal/mol b.1.2) õo :rââH; ç6o ¬dHâ0=-208 kJ/mol b.2) A síntese do metano é exemplo de uma sucessão de reações químicas com um dado correspondente a margem direita (variações de entalpia particulares). Em braille, devemos numerar cada reação. 1. C`(grafite`) + O;`(g`) ÿ:h C{o;`(g`) ¬dHâ0=-94,05 kcal/mol 2. 2H;`(g`) + O;`(g`) ÿ:h 2H;O`(l`) ¬dHâ0=-68 kcal/mol 3. C{o;`(g`) + 2H;O`(l`) ÿ:h C{hÿ`(g`) + 2O;`(g`) ¬dHâ0=+212 kcal/mol

Nota: na continuação, ou seja, na translineação da reação ou de algum dado, deixa-se duas celas em branco na linha seguinte. c) entropia -- S ou Sâ0 variação de entropia -- ¬dS Sâ0í?NaCl*=72,1 J{kâ-1.molâ-1 Aplicação em equações matemáticas c.1) ¬dS=Síprodutos-Síreagentes c.2) energia transferida de forma reversível como calor – qírev temperatura – T ¬dS=qí?rev*ÿT c.3) variação de energia – ¬dE ¬dE=T.¬dS

d) energia livre de Gibbs – G variação de energia livre de Gibbs – ¬dG Aplicação em equações matemáticas d.1) ¬dG=Gíf-Gíi d.2) ¬dG=¬dH-?T.¬dS* e) potencial hidrogeniônico – pH potencial hidroxiliônico – pO{h concentração – [ ] é representada pelo símbolo braille `(12356#c #f#bcdef`), colchetes compostos. concentração do íons -- [H~+] concentração do íons – [O{h~-] Aplicação em equações matemáticas e.1) pH=-log.[H~+] e.2) pO{h=-log.[O{h~-] f) constante de equilíbrio do ácido -- Kía constante de equilíbrio da base – Kíb constante de equilíbrio iônico da água – Kíw Aplicação em equações matemáticas f.1) pKíw=pH+pO{h f.2) Kía=[sal].[H~+]ÿ ÿ[ácido] f.3) Kíb=[sal].[O{h~-]ÿ ÿ[base] f.4) C{h:C{oO{h`(aq`) ÿ:h H~+`(aq`) + C{h:C{oO~-`(aq`) Kía(C{h:C{oO{h)= =[C{h:C{oO~-].[H~+]ÿ ÿ[C{h:C{oO{h] f.5) pH=pKía+log.[sal]ÿ[ácido]

Nota: conforme indicação do CMU, os parênteses auxiliares serão utilizados sempre que necessário. 18.1. Unidades básicas de medidas As sete unidades básicas de medida são: _áOs dados da tabela adaptada referem-se, respectivamente, a: grandeza -- unidade de medida -- símbolo_ú comprimento -- metro -- m massa -- quilograma -- kg tempo -- segundo -- s corrente elétrica -- ampère -- A temperatura termodinâmica -- kelvin -- K quantidade de matéria -- mol -- mol intensidade luminosa -- candela -- cd

18.2. Representações específicas Na representação em braille de medidas deixa-se uma cela vazia entre o número e o símbolo da unidade correspondente. Porém, nas representações especificadas a seguir, não se deixa espaço em razão da leitura tátil. a) Angstron: {} Exemplo: 1{}=10â-10 m b) Grau Celsius: °C Exemplo: 100°C c) Grau Fahrenheit: °F Exemplo: 212°F d) Kelvin: K Exemplo: 180K e) célula eletroquímica: um traço vertical: indica a separação das espécies de cada semi-reação presente em cada eletrodo e também separa o anodo do catodo. _ (456)

dois traços verticais: indica a separação dos eletrodos da pilha por uma ponte salina. __ `(456#def`)

Exemplo: Representação esquemática da Pilha de Daniell ou Zn_Zn~2+__Cu~2+_Cu Nota: independentemente da forma em tinta, traço inclinado ou reto, utilizamos a mesma representação em braille.

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Anexo -- Alfabeto Grego _áOs dados da tabela adaptada referem-se, respectivamente, a: nome da letra grega -- letra minúscula -- letra maiúscula_ú nome -- minúsculo -- maiúsculo alfa -- ^a -- ¬a beta -- ^b -- ¬b gama -- ^g -- ¬g delta -- ^d -- ¬d épsilon -- ^e -- ¬e zeta -- ^z -- ¬z eta -- ^@ -- ¬@ theta -- ^ô -- ¬ô iota -- ^i -- ¬i capa -- ^k -- ¬k lambda -- ^l -- ¬l mi -- ^m -- ¬m ni -- ^n -- ¬n csi -- ^x -- ¬x omikron -- ^o -- ¬o pi -- ^p -- ¬p rô -- ^r -- ¬r sigma -- ^s -- ¬s Tau -- ^t -- ¬t Upsilon -- ^u -- ¬u Fi -- ^f -- ¬f Chi -- ^ç -- ¬ç Psi -- ^y -- ¬y ômega -- ^w -- ¬w